Centro de saúde do Bembe em sabotagem, banco do sangue foi desviado

Por Alfredo Dikwiza

Bembe, 18/08 (Wizi-Kongo) – Desvios de ambulâncias e do banco de sangue, cobrança de dinheiro aos pacientes na área da tijologia e outros males, é o registo da sabotagem sofrida no centro médico de saúde da sede do município do Bembe, província do Uíge, informou hoje, domingo, ao Wizi-Kongo, nesta vila, o enfermeiro local, Tandu Kiaku Venâncio (Nóe).

Entre a sabotagem registada no centro médico de saúde da sede do Bembe, contam duas ambulâncias, uma Toyota Hilux (dupla cabina), banco do sangue, cobrança de dinheiro 36 a 50.000, 00, aos pacientes na área de tratamento dse doentes com tuberculose e formação anárquica de jovens locais para área de enfermagem, acto protagonizado pelo antigo director de departamento de saúde no município do Bembe, Diambu António e não só.

Tando Kiaku Venâncio (Nóe), é enfermeiro efectivo no centro municipal de saúde do Bembe, desde 2008/2019. Neste momento sem colocação, porque depois que fiz essas denúncias, por via de uma carta que entregou aos Serviços de Investigação Criminal SIC, em Abril e no partido MPLA, em Maio, no Bembe, foi devolvido de imediato para o departamento provincial de saúde, no Uíge, no dia 26 de Junho de 2019, estando neste momento sem nenhum posto de trabalho colocado, mas que o dinheiro continua ser pago, situação essa que lhe deixa muito preocupado.

“Desde que fiz essas denúncias, ainda não vi nada a funcionar diferente e também estou disponível para dar esclarecimentos sobre isso, em caso de dúvidas. Este assunto já se encontra remetido as instância da justiça no Bembe, concretamente, aos Serviços de Investigação Criminal –SIC e também ao partido no poder MPLA, para tomar o conhecimento do que se passa no centro médico local e poderem “corrigir o que está mal e melhorar o que está bem”, debateu.

Fiz isso, justificou, por ser natural do Bembe, vivo aqui e a minha família também, quero aqui continuar a trabalhar também, mas vendo isso acontecer na minha terra, “não pude ficar com este segredo”, porque desta maneira estaria a contribuir na destruição do município e e de igual modo no sofrimento das famílias que necessitam destes bens à sua disposição. Entre os comportamentos e mal funcionamento dos dirigentes na área de saúde, no Bembe, citou, são, o antigo director municipal da saúde Diambu António, substituído em Dezembro do ano passado, por Maria Antunes, licenciada em enfermagem, desviou ou vendeu uma ambulância e enquadrou 17 aprendizes no centro municipal na cobrança de cartão de militante aos mesmos.

Diambu António, dias depois de desviar a ambulância, os Serviços de Investigação Criminal (SIC-Bembe) seguiram o rasto e chegaram de encontrar a mesma viatura numa das oficinas na cidade do Uíge, mas já transformada, sem as escritas e o símbolo do ministério, mesmo assim, a ambulância foi devolvida ao município do Bembe, embora ter sido devolvida ao município do Bembe, o carro não parou por onde saira (no centro médico de saúde) e sim continuo andar com o chefe de secretaria da administração do Bembe, Afonso, e tempo depois, a ambulância sumiu até os dias de hoje.

Actualmente, Diambu António, encontra-se a trabalhar no município do Uíge e a frequentar o 2º ano no Instituto Superior Politécnico Privado do Uíge (ISPPU), na altura em que ocupava o cargo de director do departamento municipal de saúde do Bembe, era apenas técnico médio. Antes de sair no Bembe, formou-se um grupo de pessoas que estão na testa do posto de saúde do Bembe, apoderando-se em todas as áreas com ocupação de cargos de chefias (dois a três cargos, por cada pessoa).

Entre eles, afirmou, consta nomes de Manuel Veloso, ocupando dois cargos, os de chefe do centro médico do Bembe. Sua formação é de técnico médio em enfermagem, ele, desviou também uma ambulância e é promotor na destruição do centro municipal do Bembe, igualmente é chefe de estatística. A ambulância desviada por Manuel Veloso, neste momento, encontra-se estacionada por detrás da sua casa, no município do Bembe.

Nóe, explicou, que, Orlando António, outro técnico médio em enfermagem, também ocupa três cargos, os de chefe dos recursos humanos, de área do materno infantil e de finanças. Já, Sebastião Ndombaxi, técnico de saúde formado nos laboratórios do Bembe há anos atrás, actualmente, ocupa os cargos de chefe do laboratório, da malária e da secretária na direcção do departamento municipal de saúde. Mecia João, com formação de técnico básico de enfermagem, é chefe na área de tijologia, dos transportes e motoristas.

Este por sua vez, avançou, costuma cobrar 36 a 50.000,00 nos pacientes desta área, inventando um nome de um fármaco (chilolowe” que, ainda que, os pacientes vão a procura nas farmácias locais deste produto, não encontram e por fim acabam voltando para entregarem este valor a Mecia João, mas que não é mostrado nos pacientes, uma fórmula encontrada por ele a fim de conseguir sacar o valor dos doentes.

Este mesmo profissional de saúde do Bembe, é responsável por desviar de uma outra viatura de marca Toyota Hilux (dupla cabina), que é um pertence do departamento municipal de saúde local. Parico Masiakala, apontou, Tandu Kiaku Venâncio, outro com formação de técnico básico, é chefe do Programa Alargado de Vacinação- PAV. Deixando sem cargos três técnico superiores, por não fazerem parte do esquema ai criado, também outros três técnicos médios em enfermagem, formados na Escola de Formação de Técnicos de Saúde do Uíge – EFTS, estes três trabalham no regime de turno e nocturno.

Outros dois, que são técnicos para gestão de farmácias (desde 2016), não têm direito em trabalhar na área académica em que foram formados, por serem acusados da oposição, colocando para a farmácia no centro médico, elementos não formado nesta área de conhecimento. Como esclareceu, em 2018, saíram do município seis (6) técnicos efectivos de saúde, deixando o município com uma carência gritante na falta de técnico de saúde. Igualmente, o centro médico ficou destruído em falta de alguns materiais importantes de trabalho, como estando neste momento a funcionar apenas com duas (2) pinças e uma (1) tesoura, que são utilizadas nos trabalhos de partos e curativos.

Para seu espanto, justificou, Tandu Kiaku Venâncio, um grupo de jovens foram inscritos (de forma empírica) no centro de saúde local para serem formados na área de enfermagem, uma orientação do antigo chefe de saúde do Bembe e antes de frequentarem a formação, tiveram que pagar, cada um, uma cabeça de cabra, duas (2) grades de cerveja e igual número para gasosas, entre eles, constam nomes de Lebinho, Lembido, Caitano, Job, Gilberto, Geronimo, Isabel, Cassul, Mateus, Manucho, Neto do Bunga, Siloy, Bakongo e Jaime.

Bembe, uma vila pertencente a província do Uíge, consta no leque dos 16 que compõe a região, possui uma população que não dispensa o cultivo da mandioca, da ginguba, do milho, do feijão e tanto mais, também em seu solo é possuidor de vários recursos naturais.

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