A selecção de 24 empresas para linha de financiamento no Uíge, é uma farsa.

Por Abelardo Domingos

Uíge, 08/06 (Wizi-Kongo) – Para as candidaturas a uma das linhas de financiamento, 24 empresas sediadas na província do Uíge, assinaram no dia 27 de Maio de 2020, o memorando de entendimento com o Instituto Nacional de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (INAPEM) de acordo com o decreto presidencial N° 98/20 de 09 de Abril, no dia 27 de Maio de 2020.

Segundo a contastação feita pelos empresário locais, o memorando de intendimento com INAPEM, é uma impostura, protagonizada pelos governantes e directores de gabinetes, usando tráfico de influência envolvendo familiares e amigos. No acto da assinatura, não foram publicados os nomes das empresas selecionadas, sabendo que, a maioria são bem conhecidas, informou ao Wizi-Kongo, uma fonte que pediu anonimato.

Um dos responsáveis dos empresários no Uíge, que igualmente recusou identificar-se, contactado pelo Wizi-Kongo, afirmou desconhecer o processo, poís “hoje, aqui na província, as coisas já não são as mesmas, alguns governantes e funcionários do sector público, são também empresários, têm vozes e influências. Como as nossas empresas irão sobreviver? Isso é triste!”

Já director do gabinete para o Desenvolvimento Integrado, Joaquim Gimbi, desmente a versão dos comerciantes do Uíge, afirmando não ter sido verdade, sobre o modelo de selecção das 24 empresas que foram mencionadas, a nível do seu gabinete, a escolha foi aleatória. Exemplificou, para começar, as empresas do sector do comércio que não foram 24 empresas, mas 23 selecionadas, que só estiveram presentes 22 empresas no acto de assinatura simbólica do memorando. Frisou ainda que, durante o processo de selecção dessas empresas, foi avaliado um factor de pressupostos como impostos pagos, segurança social, dívidas com bancos e fuga ao fisco.

“Importa afirmar que, as empresas selecionadas para a candidatura a linha de financiamento, não devem imaginar ou pensar que o facto de terem os nomes na lista, receberão de forma automatíca o credito, antes, serão submetidos as regras e normas do banco financiador. Caso não esteja pronta para submeter as regras estabelecida pelo banco, não receberá, aliás, nós a nosso nível, só seleccionamos com base aos critérios que nos foi imposto”, informou ainda Joaquim Ngimbi.

A linha de financiamento é uma medida criada pelo decreto presidencial já acima referenciado, para apoiar as micros e pequenas empresas que prevê o estancamento dos efeitos negativos causados pela pandemia. Que é uma linha de financiamento do Banco de Desenvolvimento Angolano, BDA, que terá 6 anos de tempo que vai durar o crédito e terá 6 meses de carência ou livre económico. Quanto as outras empresas que precisarem de credito, têm o Programa de Apoio ao Credito ( PAC ). Afirmou o Director Joaquim Gimbi.

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