Defendidas acções para o apoio a desfavorecidos no Uíge.

Membros da sociedade civil participaram no encontro promovido pelo governo da província Fotografia: Edições Novembro

Por Joaquim Júnior

As entidades visadas devem encaminhar os dados em sua posse às entidades locais para  assegurar a protecção social imediata das pessoas carenciadas.

A exigência foi feita por Guilherme Santos, assessor da direcção local da Família e Promoção da Mulher quando falava sobre o tema “Protecção social”, durante a conferência municipal da sociedade civil, que decorreu na cidade do Uíge.

Para Guilherme Santos, as crianças vítimas de abuso doméstico, abandonadas pelos pais, acusadas de feitiçaria, as submetidas em trabalho infantil, em conflito com a Lei e muitas outras na rua apresentam maior grau de vulnerabilidade.

As ONG na província necessitam de imprimir maior dinamismo aos seus projectos sociais, abrangendo os pais ou encarregados de educação e outros educadores para melhorar as práticas de prevenção, protecção e promoção das famílias mais vulneráveis, disse.

Guilherme Santos sublinhou  a necessidade de melhorarem os conhecimentos sobre a protecção social e acção social, que permitam determinar as famílias em condições de alto risco, violência contra as crianças, bem como o desenvolvimento de campanhas de sensibilização para a mudança de práticas que chocam com a dignidade das crianças.

A conferência foi organizada pela ONG Aliança para o Desenvolvimento da Comuna de Hoji ya Henda, no âmbito do projecto “Acção para uma governação inclusiva e participativa”, financiado pela União Europeia. A conferência abordou  temas como o acesso aos serviços de saúde e educação, assim como sobre o sector privado no desenvolvimento local.

Jeremias Maia, um dos promotores do evento, disse que a conferência teve como objectivo a análise dos principais problemas que afectam a vida socioeconómica das populações, partilhar experiências de boas práticas na resolução de dificuldades e transmitir conhecimentos sobre os instrumentos de protecção das populações mais vulneráveis.

Os participantes na conferência recomendaram  a realização de diagnósticos sobre os impactos ambientais da exploração de recursos naturais no bairro Pedreira da cidade do Uíge, exploração de pedras no município de Quitexe, exploração de madeira em Maquela do Zombo, exploração das minas de Mavoyo e outras áreas.

Decidiram igualmente a realização de acções de formação destinadas às populações locais sobre a extracção dos recursos naturais e o seu impacto no desenvolvimento socioeconómico das comunidades, exercer um amplo trabalho de advocacia para exigir o cumprimento por parte das empresas exploradoras, a sua responsabilidade social nas comunidades e intensificar as acções de sensibilização das entidades locais sobre o valor da intervenção das ONG nos programas e planos públicos a nível local.

Via JA

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