Equipas do Uíge no sobe e desce

Por António de Brito

As equipas do Uíge têm dificuldades em permanecer no Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola Zap, nos últimos dois anos. À semelhança da União do Uíge, o cenário repete-se com o Santa
Rita de Cássia.

Em 2014, a União do Uíge dos 30 jogos disputados, somou apenas 21 pontos, ficando em último lugar do campeonato.

Na presente época futebolística, à entrada da 27.ª jornada da prova, a Santa Rita de Cássia tem um registo pior, estando na 16ª e última posição da prova, com16 pontos.

Para travar as constantes subidas e descidas, as formações locais têm de apostar seriamente nos escalões de formação, no dirigismo desportivo e na organização interna.

No Uíge, a escassez de recintos desportivos, e o já diminuto número reduzido de equipas, também tem
contribuído para o fraco desenvolvimento do futebol e descoberta de novos talentos.

Na Santa Rita, os problemas começaram com saída compulsiva do técnico Paulo Saraiva, responsável pela qualificação inédita dos católicos ao escalão principal, no ano passado.

Ignorando o trabalho de Paulo Saraiva, N’solani Pedro, presidente de direcção, contratou o português Jorge Traquíl.

Desconhecendo a realidade do futebol angolano, Jorge Traquíl, enquanto esteve à frente do leme, não venceu qualquer jogo.

Vendo as coisas mal paradas, N’solani Pedro não teve outra alternativa a não ser o afastamento de Jorge Traquil.

Despedido do 1.º de Maio de Benguela, por maus resultados no campeonato, o técnico Hélder Teixeira assumiu o cargo para evitar a despromoção, facto que não veio a suceder: “Estou triste, porque a equipa
falhou o objectivo, que visava a continuidade na primeira divisão. É uma situação lamentável. Fiz de tudo para salvar a equipa da despromoção”, disse, sublinhando que os problemas financeiros
“contribuíram para a má prestação da equipa na competição”.

Pinda Simão, novo governador provincial do Uíge, prometeu apoiar o desporto para que a província regresse aos tempos áureos, depois de ter participado na década de oitenta com duas equipas na primeira divisão, casos do Futebol Clube do Uíge  e  Construtores FC.

 

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