Governo do Uíge em maus lençóis no mistério de mais de 200 apartamentos desabitados no Kilumosso

Imagem de WKS

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 20/02 (Wizi-Kongo) – Duzentos e cinquenta apartamentos da centralidade Horizonte do Kilumosso, inaugurada pelo presidente de Angola, João Lourenço, há dois anos e seis, encontram-se desabitados sob mistério no olhar atento do governo provincial do Uíge, que o coloca em maus lençóis numa altura em que milhares e milhares de jovens da região procuram concretizar o sonho da casa própria.

Daqui há seis meses, a aludida centralidade completará três anos de existência, na sua primeira fase de construção, que, comporta 1.010 (mil e dez) apartamentos. Dos mil e dez apartamentos, 760 são habitados e outros 250 são os que estão desabitados, por motivos até hoje, nunca esclarecidos, cuja referida centralidade fora inaugurada no dia 10 de Agosto de 2018, pelo presidente da República, João Lourenço.

Apesar da existência de dois departamentos sob testa da gestão das rendas resolúvel e normal para o Kilumosso, estando, concretamente, para renda resolúvel ao cargo do Fundo de Fomento Habitacional (FFH) e a renda normal na responsabilidade do Instituto Nacional de Habitação (INH) e, estando aqueles apartamentos não habitados, coloca, deste modo, o governo provincial em maus lençóis, por ser a entidade superior da região, dada a importância e a procura que se impõe de aquém tanto almeja concretizar o sonho da casa própria e, por este ser, inclusive, um assunto de domínio dos órgãos de justiça do Uíge.

Principalmente os jovens, que, desde muito cedo souberam da existência de apartamentos não habitados no Kilumosso, andam atrás da resposta do governo provincial, que, os possa esclarecer a respeito do mistério existente no desaproveitamento destes apartamentos, por tratar-se de um programa de habitabilidade nacional com objectivo de facilitar as famílias angolanas em conseguirem a casa própria.

A centralidade Horizonte do Kilumosso projectada no geral para serem erguidos quatro mil 550 apartamentos, apenas 1010 encontram-se concluídos, faltando outros 3540 por construir e, dos 760 apartamentos habitados, controlam no total cerca de cinco mil pessoas. Entretanto, nesta primeira fase, existem infra estruturas sociais, como hospital, escolas, centro infantil, jardim-de-infância e quadra.

Nesta primeira fase, aquela centralidade (não construída a betão, blocos ou tijolos), encontra-se dividia em 752 apartamentos, 82 moradias térreas e 176 moradias de dois pisos, perfazendo 1010 no total, bem como 48 lojas. Porém, possui prédios de quatro pisos com oito apartamentos cada, todos os imoveis são do tipo T3, ou seja, três quartos, sala, cozinha e duas casas de banho. No Kilumosso, existe uma estação exclusiva de água com capacidade de armazenamento de três mil e 500 metros cúbicos e outros 275 metros cúbicos de tratamento, e de uma subestação eléctrica.

Recentemente, o portal Wizi-Kongo, solicitou uma entrevista com o director de infra-estruturas do governo provincial do Uíge, Vicente Lima, com finalidade de esclarecer este mistério, mas, sem êxitos, tendo, por sua vez, indicado o portal que mante-se o contacto com os responsáveis do (FFH) Fundo de Fomento Habitacional e (INH) Instituto Nacional de Habitação, que, igualmente, nos contactos mantidos, não houve êxitos.

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