População preocupada com lixo nas ruas da cidade do Uíge

 

Uíge – Os citadinos da urbe local manifestaram hoje, terça-feira, nesta cidade, a sua preocupação quanto ao lixo nas ruas da cidade do Uíge, e bairros periféricos, face à lentidão da empresa Tusk-Solucion, pela sua recolha.

Em declarações à Angop, alguns cidadãos manifestaram-se receosos no que concerne a saúde da população com acumulação do lixe, sobretudo, nos mercados locais, onde, sem o devido cuidado de higiene, são vendidos os produtos alimentares, principalmente os produtos perecíveis.

O cidadão Jorge Manuel Panzo esclareceu que o lixo acumulado na rua direita da praça do Candombe Velho constitui um atentado à saúde pública, além de estar a inviabilizar a circulação de pessoas e viaturas.

Adiantou não ser salutar que as pessoas, sobretudo, os vendedores convivem com o lixo. “Se não haver uma intervenção rápida da empresa nova na  recolha de lixo, posteriormente os resíduos sólidos vão impedir a livre circulação de pessoas e carros”, enfatizou.

Outra citadina, Maria Gomes Antunes, frisou que nos últimos dias o lixo aumentou significativamente nas artérias da cidade e bairros periféricos, estando a provocar enormes constrangimentos na convivência, constituindo uma ameaça a saúde da população.

“Não sei se porque tiraram a empresa Engevia que demonstrou um bom trabalho na recolha do lixo e os seus empregados trabalhavam dia e a noite e a cidade estava todos os dias sempre limpa”, rematou.

Já para Domingos António, questionou o que a nova empresa está fazer sobre o saneamento da cidade, quase em todos os mercados e outros pontos da cidade há focos de lixo.

Um dos empregados que preferiu ocular sua identificação, avançou que a empresa possui quatro viaturas de recolha do lixo a circular na cidade do Uíge, a nova empresa controla apenas 28 empregados de limpeza e 14 colectores que carregam o lixo nos quatro carros em condições.

Segundo a fonte,  a nova empresa devia empregar todos trabalhadores da antiga empresa Engevia.

A administradora municipal interina do Uíge, Alzira da Conceição, inou que a Engevia que recolhia o lixo no Uíge rescindiu o seu contrato com o governo local.

Ao falar à Angop,  a responsavel salientou que a nova empresa contratada está na fase da adaptação do trabalho de recolha do lixo, mas voltou a concentrar novos meios, possivelmente a situação vai melhorar.

Enquanto isto, a administradora pediu a participação de todos os citadinos, sem esperar que o governo faça tudo. “Com esforço do governo, administração local, igrejas e a população em geral, só assim a situação poderá melhorar”, enfatizou.

Pediu igualmente o bom senso da população em saber acomodar bem o lixo, evitando depositá-lo em lugares impróprios e reconheceu que se o lixo não for depositado nos devidos lugares vai constituir um problema de saneamento básico, e logo da saúde pública.

Por seu turno, o responsável da empresa Tusk – Solucion, Carlitos Júnior Pembele disse que a maior dificuldade consiste na insuficiência de meios para a recolha do lixo que a empresa tem neste momento,  adiantando que a empresa possui apenas quatro camiões de transporte de lixo, dois basculantes e Bobcat que não são suficientes.

Reconheceu haver acumulação de lixo em algumas artérias da cidade, acrescentando que nos próximos dias a situação vai ser acautelada, porquanto já foi feita a aquisição de 41 novos contentores que actualmente fazem muita falta, após da sua chegada vão ser colocados nas zonas de maior densidade populacional.

Enquanto aos antigos trabalhadores da Engevia, referiu que numa primeira fase o governo obrigou empregá-los, adiantando que 90 por cento dos mesmos foram empregues.

“Logo que as condiçõesfinanceiras sejam melhoradas vai se continuar com o enquadramento de outros antigos trabalhadores que ainda estão de fora”, frisou Carlitos Pembele, acrescentando que serão aumentados igualmente os turnos de recolha do lixo, contra o único turno em funcionamento das 07 as 20 horas.

A empresa Tusk – Solucion chegou na província do Uíge no dia 14 de Abril do ano em curso, em substituição da empresa de Engevia que tinha 34 trabalhadores varredores das ruas e 27 colectores de recolha de lixo para os carros.

Via Angop/Wizi kongo

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