Projectos para juventude em pesadelo no Uíge

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 04/12(Wizi-Kongo) – Mediateca, casa da juventude e pavilhão polidesportivo, apenas para citar estes três, são projectos que visavam ser erguidos para o benefício dos juvens, mas desde 2012 que começaram a torna-los ao público até hoje (2019), nem água vai e nem água vêm, todos estão em via de terminar em pesadelo, no Uíge.

Inicialmente, o primeiro projecto, entre estes três a ser executado foi o pavilhão polidesportivo, que seria moderno (coberto), a semelhança o da vizinha província de Malanje, com capacidade para albergar 1.500 espectadores, destinado para as modalidades de sala, concretamente, andebol, basquetebol, hóquei e patins e outras, cujas obras teriam arranque em 2013.

Até certo ponto as obras tiveram mesmo seu início, mas apesar de terem começado estavam longe de ser aquele pavilhão polidesportivo moderno (coberto), muito menos para sua capacidade projectada, e, pouco tempo depois a obra foi abandonada até hoje, e mesmo que fosse concluída não teria sequer um pedaço de aproximação com o da vizinha província de Malanje e, sim, estava sendo improvisado.

Em caso de dúvida, deslocar-se ao local e com seus olhos ver, cuja localização é no bairro Katapa, três quilómetros da cidade do Uíge. Um pavilhão, caso concluído, traria mais valia para os agentes desportivos e público em geral, bem como para o próprio governo, pois, passaria a ser o primeiro e único pavilhão na região de tutela do governo provincial local.

Depois seguiu a casa da juventude, igualmente, situada no mesmo bairro, no caso, Katapa, próximo do SIAC. Em setembro de 2017, depois de uma visita de campo efetuada pelo antigo governador, Paulo Pombolo, para constatar o andamento das obras, no fim da sua visita, o agora secretário geral do MPLA, dava garantias de a casa da juventude ser entregue aos jovens em Dezembro do mesmo ano.

A mesma teria espaços para salas de formação técnico-proficional,­­­ anfiteatro, gabinetes administrativos, ginasio, psina, restaurante, biblioteca e outras dependencias.

“Vê, daqui perto, se consegue notar a imponente infraestrutura já erguida e coberta, pesembora se consegue também notar pelo tempo em que encontra-se sem ser usada estar já a perder seu real valor”, disse hoje, quarta-feira, ao Wizi-Kongo, um jovem (Arnaldo Lopes) encontrado a passar perto do imóvel, tendo em seguida avançar “embora dizem que os jovens são imediatistas eu digo o contrário que não, antes pelo contrário, porque é muita falta de respeito que temos notado, quase todos os projectos destinados aos jovens nunca não certo e os que tentam dar certo, os beneficiários são escolhidos”.

Sem falar do seu começo (…), olhando apenas de 2017 atura em que foi dada garantias para sua entrega até hoje, 2019, (…), observou, outro entrevistado que não quis ser identificado, a mesma casa da juventude não beneficia os destinatários, tendo acrescentado que a julgar pelos espaços de como foi erguida, a casa da juventude, uma vez concluída, facilitaria de que maneira a opção dos jovens na ocupação de seus tempos livres e, com isso, outros tantos jovens de certo modo alcançariam-no seu primeiro emprego.

Em 03 de Fevereiro de 2014, uma notícia nova e boa acabava surgir na região, dava conta do lançamento da primeira pedra, como se diz, para a construção da mediatica, um eco forte nos ouvidos dos jovens se fez sentir, efeito este sentido também pelos encarregados de educação, professores, investigadores e tantos outros, dada a sua importância, o assunto ganhou popularidade e foi manchete nos órgãos de difusão máxima locais e a nível nacional, bem como nas demais redes sociais.

Era o começo de um sonho bom, perto de tornar-se em realidade, pois, facilitaria muito a vida dos homens comprometidos com a formação em diversos quadrantes. Mas como a alegria do pobre dura pouco, três anos depois, isto é, em 2017, aquelas obras estavam paralisadas. No mesmo ano, 2017, foi anunciada a sua retomada, pois, estavam sem ir a frente e nem atrás desde Novembro de 2015, por motivos legados na falta de financiamento. Neste mesmo ano, 2017, foi anunciado que as razões que estiveram na base das obras paralisarem já tinham sido ultrapassadas.

Em seguida, o assunto que se encontrava morto ou engavetado foi ressuscitado e novas expectativas se fizeram renascer, que nem o sol nascente, mas de 2017 até 2019, a juventude uigense quanto a mediática, aliás, a semelhança das outras infraestruturas, nem água viu passar e nem água veio para eles.

“Sempre que passo aqui, faz-me lembrar o jogo da seleção sénior masculino angolana, os Palancas Negras, diante dos malianos, em 2010, no estádio 11 de Novembro (4-4), no CAN que o país organizou, num fatídico resultado que causou sequelas e adiou a alegria de milhares de apoiantes e aqueles que a confiavam, porque tudo estava a bom caminho e no fim ouve aquela traição a pátria, o mesmo digo estar aontecer com essa mediática do Uíge, isso é matar o sonho dos jovens, é atrasar o progresso da província e do país no geral, depois querem reclamar que os jovens estão a roubar e a vadiar”, finalizou um dos professores do ISCED, que pediu para não citar o seu nome na peça.

A mediateca do Uíge há quatro anos paralisado, situa-se na rua Café, uma localização ao alcance de todos e fácil de se chegar para quem estiver a sair dos demais bairros periféricos ou mesmo do centro da cidade, e, é um projecto do governo angolano, que alberga espaços e equipamentos para pesquisa de documentos, livros, além de programas informáticos, registos de videos, audeos, fotografias e tanto mais. Iria contar com mais de 300 computadores e um acervo de oito mil livros ao físico.

Cujos futuros funcionários já teriam sido selecionado e enviados na formação fora desta cidade, desde 2015.

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