Lungwuila ganha popularidade no Uíge e desafia cerveja

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Por Alfredo Dikwiza

Uíge – A bebida de fábrico caseiro, Lungwuila ganhou popularidade nos últimos anos, com maior destaque em 2017, e desafia a cerveja no seio dos consumidores. Sem graus de álcool determinados, o lungwuila apresenta sabores variáveis, semi amargo, doce e vice-versa, sendo assim, possui, entre outras, características terapêuticas como lavagem do sistema urinário, aliviá dores da coluna vertebral e causa forte atracção no actor sexual.

O também chamado ” puto sujo”, é preparo na base de suco da cana-de-açúcar,água, água e algumas raízes, com realce para “ndondolondo” que são colocados em um recipiente, onde permanece por menos de 24 horas ou mais antes de ser consumido. Através da mesma mistura, bebendo-o de forma exagerada embriaga o consumidor e em algumas vezes, trás consigo sintomas de dores ligeiras de cabeça e amolece os pés.

Descoberto há tempos, o “puto sujo” ficou ofuscado pelas bebidas modernas, como vinho, cervejas e outras marcas por muitos anos, ficando apenas limitado nas aldeias a nível dos municípios da região, mas a ser produzido em pequenas quantidades.

Com o decorrer do tempo e o custo da vida apertar o borço, os uigenses pararam e concluiram ser o momento de valorizar o que é feito localmente simples e sem riscos para saúde. Assim, nos últimos três anos, principalmente em 2017, o mesmo produto começou a ser vendido e revendido em grandes quantidades nas sedes dos municípios, principalmente na cidade do Uíge, em locais com maior fluxo populacional, praças, barracas, hotéis e muito mais.

O puto sujo, assim apelidado através da sua cor cizenta e amarelada como se apresenta no recipiente, custa um litro a kzs 300 a 400, um preço convidativo e ao alcance de todos, proporcionando com isso pessoas de quase todas as idades comprarem o mesmo produto.

É bom de ser apreciado em conjunto ou individual, fora e no actor das refeições, ao longo da viagem, assim como depois de uma actividade reforçada, servindo de um autêntico calmante ou bálsamo. Fruto do valor que é dado ultimamente, o sumo, outro nome como é chamado, ganhou popularidade e desafia a cerveja, o vinho e outras marcas de bebidas existes, uma vêz que todos os dias entram nas sede dos municípios centenas e centenas de litros, transportados em cupapatas, camiões e outros tipos de meios, saindo dos fornecedores, que boa parte deles, vivem nas aldeias.

Songo, Bembe, Ambuila, Bungo, Damba e Negage, são tidos como os municípios que actualmente multiplicaram a produção, segundo adiantou hoje, terça-feira, ao Wizi-kongo a revendedora do puto sujo, Maria Júlio Lopes “Mana Ia”. ” Hoje, tornei-me num fornecedor muito solicitado por parte de vários comerciante que compram aqui, para irem revender em Luanda, graças a isso, consigo realizar os meus sonhos”, orgulhou-se, Ndozi Mbunga Miguel.

Nota-se na procura que o lungwuila, cada vez mais, vai sendo valorizado, disse o produtor do Bungo, Manuel Fernando, tendo acrescentado que muito dos seus clientes já não demonstram tanto interece nas bebidas modernas, como antes, o mesmo constado em alguns casos, em outras circunscrições a nível da região.

Wizi-Kongo

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