MPLA na Damba com “patas no ar e sem acção”

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Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 01/03(Wizi-Kongo) – Através dos carros que foram particularizados pelos primeiros secretários e do adjunto, nomeadamente, Abel do Rosário, Sacala Lunguani e Maria Celestino Panda, essa última pertencente a OMA, deixaram com isso o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com patas no ar e sem acção na realização das suas actividades partidárias, como é sua característica.

No caso de Abel do Rosário, disse em declarações ao Wizi-Kongo, hoje, sexta-feira, na vila da Damba, Venâncio Luyeye (nome fictício), que mesmo estando já transferido para outro município, no caso, Milunga, onde exerce as funções de administrador municipal, ainda assim, continua no cargo de secretário municipal do MPLA na Damba, saqueando os bens do partido, com particular destaque ao carro de marca Land Cruiser.

Venâncio Luyeye avançou que a permanência de Abel do Rosário no cargo resulta da conferência municipal do partido por realizar-se (sem data), fazendo com isso,  aproveitar-se desta situação para fazer dos bens do partido, como seus, deixando com isso as actividades paralisadas, por um lado, por falta de carro e por outro lado, por falta de um novo líder nos destinos do município da Damba.

A exemplo de Abel do Rosário, Sacala Lunguani, adjunto secretário do MPLA na Damba, também fêz do carro de partido, como seu bem particular, emitando neste sentido os mesmos passos trilhados pelo seu superior hierárquico, uma atitude que deixa os militantes, amigos e simpatizantes do MPLA tristes e sem rumo.

Quanto a Maria Celestino Panda, primeira secretária municipal da OMA, braço feminino do partido no poder em Angola, igualmente, fez do carro (Hilux) da organização partidárias, como seu bem pessoal, tendo-o inclusive parqueado no quintal de uma das suas irmãs, fazendo com isso o “kinvuka” sem como fazer para cumprir a sua missão, numa altura em que o partido encontra-se empenhado no esclarecimento da população sobre as primeira eleições autárquicas, por realizar em 2020. “Neste momento, nada funciona no kinvuka da Damba, tudo encontra-se parado, porque o primeiro secretário se encontra a labutar noutro município e levou o carro, um bem em prol do partido, o seu adjunto, além de seguir os passos o camarada primeiro no apoderamento do carro, nada consegue fazer a favor do partido e por parte da ala feminina, também é a mesma história que se regista, isto está muito complicado por cá”, desabafou, Venancio Luyeye.

Voltando para Abel do Rosário, que, por sinal foi o antigo administrador da Damba, antes de arrumar para Milunga no mesmo cargo, geriu mal o município , uma gestão resumida em desastre, por não se veslumbrar melhorias desejáveis no seio da família, em todos os sectores. Durante a sua passagem no município da Damba, no cargo de gestor, Abel do Rosário, não foi capaz de visitar as quatro comunas que compõem a Damba, mesmo algumas regedorias próximas da vila, na sede do município, estando apenas limitado a desfrutar das condições ao seu dispor no gabinete e no palácio, esquecendo-se com isso, constatar “in loco” os principais problemas com quem as famílias se debatem no seu dia-a-dia.

Segundo pesquisas feitas pelo Wizi-Kongo, descobriu-se que os administradores da Damba quando são exonerados não têm realizado a sessão de passagem de pastas como é de costume, tudo faz-se de forma verbal, nunhum dossier é transmitdo ao sucessor, o que faz com que o novo administrador quando chega, deve recomeçar no zero, pois os projectos, fundos e tudo e nada lhes são transmitidos.

Situação de gênero, considerada como uma miragem, aconteceu com Sebastião Muanza, que passou a transição de pastas a Maria Fernando Kavungu e, quando Maria Fernando Kavungu foi exonerada, o mesmo fêz com Abel do Rosário, que, este último depois de ser transferido para o município de Milunga, igualmente, não fez a transição de pastas para a nova administradora, Rosa Garcia Pedro.

O município da Damba situa-se há 197 quilómetros a norte da cidade do Uíge, é constituído por 63 mil habitantes (senso de 2014), distribuídos em quatro comunas (Nsosso, Lembua, Pete Kusso e Kamatambo), bem como 313 aldeias.

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