MBÂNZ’A KÔNGO E ANGOLA 2018

Por Patrício Batsikama

Alguns estudantes perguntaram-me porque já não vou a Mbânz’a Kôngo. Na verdade, não faz sentido que passaram 4 anos que não vou à capital da província do Zaire. Agora, a minha família paterna perguntou: “tens ido a Mbânz’a Masina”? Na verdade, trata-se de Mbânz’a Majina, em Mbânz’a Kôngo, terras dos meus trisavôs que, desde Ma Ndwâla, foram assassinados por aproveitarem-se dos seus capitais académicos e culturais para querer o bem-estar do povo. Eu não seguirei o caminho contrário!

Na verdade não faz sentido que já não me desloco para província. Antigamente, a Escola Superior Pedagógico me convidava, com frequência, entre outras instituições. Deixaram de o fazer, por ter recebido “ordem superior”. Foi numa altura que publiquei, como cidadão, um texto de opinião no Jornal Folha 8, e que foi retomado no site do Club-k. É verdade que recebi vários telefonemas encorajando a minha “luta a favor do povo”, embora o palácio de Mbânz’a Kôngo não apreciou o sucedido.

Apresentei, em Agosto/Outubro de 2017 uma comunicação à Maka Quarta-feira sobre Mbânz’a Kôngo. Percebi-me que algumas pessoas que me pareciam amigas, são espiões. Percebi-me quanto criei adversários com posições administrativas no MiniCult, além do Palácio dos Ntôtela. Percebi-me porque alguns dos meus serviços não foram pagos! Percebi-me de tantas outras razões da minha exclusão. Fazer o que, se é meu destino: “Batsîkama! Kadi lekânga ko”. Venho ao mundo para despertar as mentes. É só seguir em frente.

Mbânz’a Kôngo como Património da Humanidade, requer produção. Até agora continuamos expectantes. Aguarda-se, ainda, de um Programa inclusivo. Ainda há muito por fazer… do que perder tempo em saciar os rancores ou dessabores contra fulano ou sicrano.

Para 2018 eu tenho desafio, para Mbânz’a Kôngo. Vou publicar dois livros, … independentemente da “ordem superior”.

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