Kimbele e Kuango sem ligação rodoviária

Por Valter Gomes

As autoridades tradicionais do município de Kimbele, no Uíge, querem ver repos-ta a ponte sobre o rio Zaza, para desbloquear a circulação de pessoas e bens entre a localidade e a comuna do Kuango, separadas por 180 quilómetros.

A ponte desabou no dia 8 de Junho do ano passado, quando sobre ela transi-tava um camião que se dirigia à sede de Kimbele, que transportava supostamente um peso superior à sua capacidade.

O regedor da localidade do Kifuemena, na comuna do Kuango, David Teka, que falava ao Jornal de Angola em nome da população, disse que  a circulação de pessoas e bens da comuna do Kuango para a sede do município do Quimbele está complicada, pelo facto de não existirem outras vias de acesso e a população é obrigada a percorrer os 180 quilómetros a pé.

O regedor lamentou a degradação avançada da estrada, que apresenta inúmeros buracos, charcos e ravinas.

“A nossa preocupação assenta na paralisação da circulação de pessoas e bens da comuna para a sede do município, tendo em conta que a região é agrícola”, disse a autoridade tradicional.

Segundo o presidente da associação das autoridades tradicionais do município de Kimbele, João Afonso, a comuna do Kuango, para além de ser agrícola, possui diamantes  nas margens dos rios Kuango e Kuilo.

“Pedimos que o Governo Provincial melhore as condições das vias de acesso, visando a organização e valorização da actividade mineira, para contribuir para o desenvolvimento do país, da província e do município em particular”, sustentou.

João Afonso pediu também o reforço de técnicos de saúde e de fármacos nas unidades sanitárias, para que a população possa receber os primeiros socorros localmente.

“Existem postos e centros de saúde que foram construídos recentemente, mas  não funcionam por falta de técnicos”, disse João Afonso, que solicitou também a instalação de agências bancárias na sede do município, para evitar as dificuldades que os funcionários enfrentam, bem como os comerciantes, autoridades tradicionais e a população, no levantamento e depósito de dinheiro.

Localizado a 260 quilómetros da cidade do Uíge, o município do Kimbele possui 6.860 quilómetros quadrados, três comunas (Icoca, Kuango e Alto Zaza), 16 regedorias, 296 aldeias, 927 autoridades tradicionais e uma população estimada em 136.496 habitantes.

  Apoios para fomento da pesca artesanal

O Governo do Uíge  vai dar mais apoio técnico, material e financeiro às cooperativas, associações e pequenos empreendedores do ramo da aquicultura e da pesca artesanal, com vista o fomento da actividade piscatória na região, informou a vice-governadora provincial para o sector político, económico e social, Catarina Domingos

A responsável que falava durante a cerimónia de apresentação pública do plano de ordenamento de Pescas e Aquicultura 2018/2022, disse que além do apoio técnico e financeiro, o sector das pescas  na província  necessita de uma cadeia de frio e de estruturas para a transformação do pescado.

A par dos apoios, Catarina Domingos destacou a necessidade da valorização dos recursos pesqueiros para promover o desenvolvimento e contribuir na criação de emprego, acrescentado que o Uíge tem  potencialidades hídricas da província, facto que permite a prática da aquicultura. Por sua vez, Nkosi Luyeye, director-geral do Instituto da Pesca Artesanal e Aquicultura, sublinhou que o Plano de Ordenamento de Pescas e Aquicultura 2018/202 aposta no desenvolvimento da indústria da aquicultura e formação de quadros especializados, onde o Estado desempenhará o papel de reforço da capacidade institucional, no domínio da investigação, fiscalização e na prestação da assistência técnica para pesca artesanal.

Via JA

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