Recém-nascida enterrada pela própria mãe resgatada viva 11 horas depois

Aspecto da vila do Kimbele. Imagem de arquivo.

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 20/05 (Wizi-Kongo) – Uma criança recém-nascida enterrada viva pela própria mãe biológica, Cristovânia José, de 20 anos de idade, residente no bairro Kikumbikidi, periferia da vila de Kimbele, 260 quilómetros da província do Uíge, foi resgatada viva pelas autoridades locais, 11 horas depois de estar inteirada, soube hoje, Wizi-Kongo, fonte próximas da família.

Na madrugada desta terça-feira, concretamente, às 03horas de manhã, segundo informou a própria Cristovânia José que tentou tirar a gravidez por medo usando medicamentos tradicionais só, que, a mesma gravidêz não saiu como ela queria, pois já tinha oito (8) meses, em seguida, acabou por dar a luz às escondidas em plena madrugada e decidiu enterrar a criança, cujo sexo não foi revelado no momento da reportagem.

Proveniente da província de Luanda onde residia meses anteriores, a jovem mulher confessou que obrigou-se a fazer este acto reprovável pela sociedade por medo de cuidar sozinha da criança já que o namorado não tinha responsabilizado ela, no caso, na antiga cidade onde vivia, cujo resgate da recém-nascida foi feito às 9horas desta terça-feira, com presença assegurada dos efectivos da polícia nacional.

Apesar de ter ficada 11 horas sepultada, a referida criança foi desenterrada viva e automaticamente encaminhada juntos com a mãe para o hospital municipal local, onde ambos recebem os cuidados médicos.

Entretanto, a descoberta foi feita graças a um grupo de crianças que estavam-se a brincar no capim, tendo elas encontrado sangue no pano ao lado de um buraco, assim, as mesmas crianças ao verem aquilo, correram aos mais velhos e explicaram o facto e quando estes chegaram no local, deu-se conta do enterro de um recém-nascido, que culminou com o seu resgate com vida.

Segundo admitiram os familiares, Cristovânia José já vinha de Luanda com uma gravidez de 5 meses, mas até a ocorrência deste acto, ela não chegou de dizer a ninguém que estava concebida, “ nunca soubemos que a nossa filha estava grávida, desde que vinha de Luanda, estamos surpreendidos e tristes ao mesmo tempo com essa situação comprometedora e vergonhosa para família”, lamentaram.

Depois do ocorrido, o facto deixou abalada a sociedade kimbelense, não apenas os familiares da jovem. Entretanto, as autoridades locais aconselharam às demais mulheres no sentido de evitarem essa prática, porque além de ser crime, a vida de um ser humano é sagrada e não deve ser maltratada desta maneira.

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