Vila de Kimbele há 42 anos de torneiras secas

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 06/08 (Wizi-Kongo) – Há 42 anos de independência nacional de Angola, a vila de Kimbele, província do Uíge, vive com torneira secas, sem água potável, tal como era no tempo colonial, que saiam água, uma situação que obrigada as famílias percorrerem 10 quilómetros em busca do líquido indispensável para o consumo humano, nos rios.

Na circunscrição, a falta de água é um sério problema que tira o sono a sua gente. Na era colonial, a sede da vila do Kimbele era a abastecida regularmente de água, depois do país alcançar a sua independência nacional a 11 de Novembro de 1975, o sistema de captação de água em Quimbele deixou de funcionar até nos dias de hoje, nada se vê para colmatar a situação básica das comunidades.

Em 2013, a população cantou, se alegrou e festejou, mas envão foi sua alegria, festejos e cânticos, pois, o anúncio feito pelo administrador Joaquim Nvumbi, naquele ano, que, culminou com a inauguração do centro de captação de água, para sede da vila de Quimbele, que forneceu água turva, imprópria para o consumo a população por alguns dias e por fim parou de trabalhar, deixou aquela comunidade desinludida até os dias de hoje.

Essa informação foi avançada hoje, terça-feira, ao Wizi-Kongo, pelo activista Leo Paxi Kenyatta, tendo admitido que além da falta de água, o município de Kimbele enfrenta problemas ligados às políticas públicas, que chamou de um fracasso, bem como na falta de condições básicas para as comunidades residentes e os visitantes, em diversos sectores sociais.

“Era um projecto totalmente enganador que durou alguns meses e que ficou paralisado até hoje. Estivemos no suposto centro de captação a fim de averiguar a veracidade dos factos que acabamos de encontrar a pura verdade, de captação não tem nada, apenas escombros, nenhum material de canalização lá se encontra. As imagens falam por si”, assegurou, o activista.

Igualmente, salientou, que a população clama por falta de estradas condignas que ligam as comunas do Kwango, Alto Zaza e Icoca. Voltando para água, Leo Paxi disse que as crianças também são obrigadas a transportar recipientes de cinco ou mais litros de água, causas essas que faz com que muitas delas não frequentam a escola porque devem ajudar os progenitores a questões caseiras.

Isto, sustentou, é uma realidade nua e crua que faz crer que Angola continuará a ser um país sem futuro, sem politicas sociais, e que os governantes não pensam as comunidades, tendo, para, isso, apelado a todos os governantes que olhem de maneira urgente em dar solução à situação da água em Quimbele.

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