DOMBELE BERNARDO – A fundação da UNTA na primeira pessoa.

Nascido em Fevereiro de 1935 no Uíge, Dombele Bernardo deixou Angola ainda pequeno “teria mais ou menos 4 anos, de acordo com o que a minha mãe dizia. Saímos para Kinshasa. Primeiro passámos por uma localidade em Mbanza-Congo chamada Ngungu (Thysville). O meu pai era comerciante e trabalhava sem estrutura fixa. Tinha mais duas pessoas que transportavam a mercadoria. Em cada paragem, tiravam a mercadoria e fazia a venda por dois ou três dias depois seguia-se caminho”.

Da residência em Mbanza-Congo a família acumulou os rendimentos necessários e seguiu para Léopoldville onde o pai “conseguiu comprar um terreno, fez uma pequena casa e se fixou com uma pequena loja”.

Foi em Léopoldville (actual Kinshasa) que o entrevistado deste mês começou os seus estudos. O ensino geral foi interrompido “no terceiro ano do curso geral. O meu pai faleceu, não tinha mais possibilidades e comecei a trabalhar.” Começaram também os contactos e a vida política activa “Conheci Nguvulu Alphonse, que era um líder do PSC (Partido Socialista Congolês) e eu comecei a militar nesse partido que tinha um programa progressista, socialista e contactos com o Partido Socialista da Alemanha do Leste (RDA) e também com o FDGB, movimento sindical da Alemanha Democrática.”

Quando tinha 23 anos a ligação ao PSC proporcionou a Dombele a sua primeira bolsa de estudos para a então Alemanha Democrática (RDA), onde frequentou um curso de Sindicalismo.

Nessa altura mantinha já contacto com nacionalistas angolanos, a maior parte deles do norte do país.

Na primeira pessoa conta-nos que, ao saber da bolsa atribuída “antes da minha saída, eu encontrei o camarada Luvualu, que era professor em Mbanza-Congo e era também delegado do Sindicato Belga (FGTB) em Léopoldville, em casa do camarada Ndombe Francisco.

E aí disse-lhes que era melhor nós tentarmos analisar a situação para criarmos um movimento sindical”. Dessa ideia surge um pequeno comité provisório que junta, de acordo com o nosso entrevistado e a documentação que carrega consigo, alguns activistas, nomeadamente Ndombe Francisco, Kiesse Fernando, Massala Nsingui Francisco, Emílio Mbidi, Pascoal Luvualu, Mavunza Fernando, Kiala José, Ernesto Ivula, Seke Leonardo, Diasonama, Fuka António, Nsikalango Adolfo, João Batista “Kapitão”, Tony José e o próprio Dombele Mbala Bernardo num encontro a 1 de Fevereiro de 1960 no qual, diz-nos Dombele Bernardo, “se cria a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos a UNTA”, criada no exílio angolano em Léopoldville, no então Congo-Belga, por um grupo de jovens tra-
balhadores imigrantes de diversas profissões.

Um trilho na consciência sindical

Nesses encontros iniciais, recorda Dombele, “nós considerámos que era importante e necessário analisar os programas de todos os partidos, os movimentos que existiam em Angola. A ALIAZO [Aliança dos Originários do Zombo], que mais tarde veio a ser o PDA, o MNA [Movimento Nacional Angolano] que era um movimento com origem em Mbanza-Congo e do qual era membro o Camarada Lengue, e tínhamos ainda a UPA e o MPLA. Nós analisámos os programas de todos os partidos e considerámos que devíamos trabalhar com o MPLA por ser um movimento que tinha um programa Nacional e progressista”.

Este encontro acabou por ganhar contornos que levaram à ideia da existência de uma estrutura organizada “a criação da UNTA que assumiu como objectivos Educar e Unir todos os trabalhadores angolanos, dentro e fora do território angolano, numa única organização sindical, para a sua participação na luta de libertação nacional e orientar os Trabalhadores Angolanos.” Dombele B. acrescenta que o primeiro corpo de direcção tinha Pascoal Luvualu como Secretário-
Geral da Organização.

Com a sua iminente partida para a RDA recebeu orientações claras da UNTA no sentido da divulgação da existência da organização. Assim, durante a sua estada nesse país, Dombele apresentou-se como angolano e fez “contactos com a direcção do sindicato alemão para dar a conhecer a UNTA, e com o Instituto para a formação de quadros, a fim de conseguir bolsas de estudo para a formação de líderes sindicais angolanos”.

A permanência na RDA proporcionou-lhe uma maior aproximação aos movimentos de libertação das ex-colónias portuguesas, a movimentos sindicalistas africanos e aos representantes locais do MPLA.

“Naquela escola havia muitos quadros dos sindicatos dos países socialistas e lá dentro mantínhamos muito contacto. Foi aí que a UNTA intensificou os seus contactos e ampliou os seus conhecimentos com as organizações dos países socialistas. Tivemos também contactos com o sindicato do Ghana e com a Confederação Sindical da Guiné de Sékou Touré.” Esses contactos, acrescenta, “fizeram com que ganhássemos reconhecimento já como movimento sindical, detrabalhadores que queriam participar na luta de libertação do país.

O objectivo era esse, divulgar esse espírito junto dos trabalhadores desses países e assim conseguíamos também obter ajuda material em roupa, medicamentos, etc. Mantínhamos contactos com os camaradas do MPLA que estavam na RDA e também com os camaradas no âmbito das colónias portuguesas” e Dombele Bernardo recorre às lembranças para recordar alguns nomes “o camarada Pinto da Costa, o Chong Fret de S. Tomé e Príncipe; estavam lá também os camaradas da Guiné-Bissau e Moçambique… mas já não me lembro dos nomes”, sublinha sorrindo enquanto afirma que os seus 76 anos já o obrigam a um maior esforço de memória “do MPLA era o camarada Dilolwa que estava a estudar economia em Leipzig”.

De regresso a Léopoldville, apresenta o seu relatório de viagem onde destaca o “estabelecimento de contactos entre a União Central do Comércio da Alemanha Oriental e a UNTA (tornando-se o primeiro sindicato estrangeiro a reconhecer a organização sindical de nacionalistas angolanos), e a obtenção de mais duas bolsas para a formação de dois camaradas da UNTA”. Para a atribuição destas duas bolsas, o Conselho Nacional e a Secretaria-Geral da UNTA indicaram “Pascoal Luvualu e Dombele Bernardo para a educação sindical no Instituto Superior de Comércio da União (RDA)”.

Após a independência do país, o Congo-Léopoldville “não reconheceu de imediato a UNTA”. Assim, o Conselho Sindical Nacional e o Secretariado-Geral Executivo deram a Dombele Bernardo e a Pascoal Luvualu “instruções para coordenar as actividades da UNTA fora do Congo com vista ao seu reconhecimentoe ao estabelecimento de relações de amizade e solidariedade com todos os sindicatos dos países amigos e progressistas”.

Com a eclosão do 4 de Fevereiro de 1961 em Luanda, a direcção da UNTA decidiu dar maior ênfase à sua agenda interna. Foi então lançado um apelo aos activistas no sentido de trabalharem para a mobilização em massa da juventude. A UNTA formou então uma equipe de voluntários e funcionários do sindicato que trabalhava sobretudo ao longo da fronteira entre Angola e o Baixo-Congo (Congo-Léopoldville). De acordo com Dombele Bernardo “o objectivo principal era mobilizar os trabalhadores angolanos para participar na Luta de libertação. Como sindicato nós não podíamos lutar, pegar em armas; a nossa missão era mobilizar os trabalhadores para participar na luta ao lado do MPLA”.

Carta de Bernardo Dombele à Direcção do MPLA sobre Conferência Sindical Panafricana em Casablanca
Carta de Bernardo Dombele à Direcção do MPLA sobre Conferência Sindical Panafricana em Casablanca

Nos trilhos do sindicalismo africano

No contexto dos contactos internacionais, há 50 anos, em Maio de 1961, uma delegação da UNTA visita a China. A imprensa chinesa da época refere as presenças de Pascoal Luvualu e Dombele Bernado que, na primeira pessoa, recorda “Nós, UNTA, tivemos contacto com o Sindicato da China, tivemos vários encontros, recebemos ajuda financeira e material (roupa, medicamentos). Estivemos em Pequim, Xangai, estivemos em três ou quatro províncias. Visitámos fábricasde roupa e fizemos contacto com os trabalhadores e os dirigentes sindicais em cada província por onde passámos que nos explicavam como se organizavam e comofuncionavam. O apoio financeiro da China foi importante para contribuir para manter o quadro permanente e para algumas acções nas fronteiras e para os gastos com a renda e com a estrutura”. A delegação da UNTA, nessa visita à China, enquadrou dirigentes do MPLA. O sindicalista angolano explica “Naquele tempo a UNTA tinha já relacionamento com a China e fomos convidados… o objectivo da visita era de divulgação da actividade da UNTA e explicar a nossa estratégia de acção. Explicámos também a nossa relação com o MPLA. A China queria reforçar esses contactos” para os quais a UNTA constitui também uma ponte.

Os laços com as instituições sindicais internacionais foram a base para o reconhecimento internacional da UNTA. Foi também há 50 anos que a organização sindical angolana participou na 1a Conferência Panafricana de Sindicatos, realizada em Casablanca (Marrocos), em finais de Maio de 1961, durante esta conferência foram lançadas as bases para a criação de uma União Panafricana de Sindicatos que viria a acontecer no ano seguinte em Bamako, no Mali. Dombele Bernardo participou na Conferência de Casablanca: “Na reunião de Casablanca, o objectivo era lançar as bases para a criação da União Sindical Panafricana mas esse objectivo não foi atingido nesse encontro. A reunião foi em Maio de 1961. O objectivo não foi atingido. Naquele tempo havia já organizações sindicais com tendências diferentes, uma era progressista e havia também as que representavam o bloco ocidental e não foi fácil conciliar posições, por isso em Casablanca não conseguimos implantar a organização, apenas lançámos as bases, a ideia para essa criação. Suspendeu-se a reunião e marcou-se outra para Fevereiro de 1962 em Bamako, no Mali, e aí sim é que se conseguiu a criação da Federação Panafricana de Sindicatos.”

A representação das ex-colónias portuguesas no encontro de Casablanca parece não estar muito clara nas recordações do entrevistado desta  edição. A memória parece segura apenas quanto à presença de Angola e da Guiné-Bissau mesmo porque considera que “naquele tempo os países da CONCP não priorizavama criação dos Sindicatos. Mesmo a Guiné-Bissau criou a sua organização com base na experiência de Angola. Em Casablanca, em Maio de 1961 estava eu e o camarada Luís Cabral, do Sindicato da Guiné e Cabo Verde… não havia ainda os dois estados, era só um e o camarada Luís Cabral era membro do Bureau Político e do Comité Central do PAIGC e era Secretário-Geral da União Nacional de Trabalhadores da Guiné e Cabo Verde. Não me lembro se estava uma delegação Moçambicana mas acho que sim”.

Já em 1964 a UNTA decide enviar uma missão para as zonas libertadas durante o primeiro trimestre desse ano. Na delegação, que passou primeiro por Brazzaville, seguiam Francisco Massala Nsingui e Dombele Bernardo. E é ainda em 1964 que o nosso entrevistado é suspenso da UNTA, como nos conta “houve uma contradição entre mim e a direcção da UNTA. A UPA transformou-se em FNLA e eu fiz uma reflexão, que pedia a unidade dos movimentos de libertação Dirigimos uma carta ao MPLA com esse programa que eu fiz e consideraram isso… não como uma traição, mas considerou-se que o momento não era oportunopara aquela ideia. A direcção do MPLA desaprovou o documento.”.

Até 1974 trabalhou para a Agência de Notícias congolesa, em Lubum- bashi e em empresas privadas. Fora da estrutura da UNTA manteve-se no entanto em contacto e em 1974 é-lhe dada uma missão específica “O MPLA já tinha entrado [em Luanda] e eu recebi a missão de fazer o contacto com o Kunzika e de lheentregar uma mensagem do presidente Neto para o Kunzika regressar a Angola. Quando cheguei a casa encontrei já o Simão Toco.

Nessa altura ele não veio.” Dombele Bernardo regressa a Luanda e integra a estrutura do MPLA.

Desde a independência do país, o seu percurso faz-se no caminho da diplomacia angolana tendo servido como embaixador e presentemente desempenha ainda funções como consultor, no Ministério das Relações Exteriores.

RAÍZES E FOLHAS

Participação da UNTA na Conferência Panafricana dos Sindicatos em Casablanca, em finais de Maio de 1961. Vê-se Bernardo Dombele (1.o à esquerda)
Participação da UNTA na Conferência Panafricana dos Sindicatos em Casablanca, em finais de Maio de 1961. Vê-se Bernardo Dombele (1.o à esquerda)

Neste nosso desfolhar de páginas da História que aconteceram há 50 anos, ao longo de 1961, estamos chegados ao mês de Maio. Para trás ficaram os acontecimentos na Baixa de Cassanje, em Janeiro, e a acção armada do 4 de Fevereiro.

A revolta alargada a vastas regiões do norte do País, com início a 15 de Março, continuava a alastrar. Foi também o período de endurecimento da estratégia de Salazar e seus pares e a resposta do poder colonial que se pode resumir na frase “Para Angola, rapidamente e em Força!” estava em vias de materialização.

Dentro do território nacional, como fora dele, em vários areópagos, em África e fora do continente, nas conferências internacionais, desde a ONU às organizações sindicais mundiais, a questão colonial ocupava a ordem de trabalhos daqueles dias. Embora desde as primeiras décadas do sec. XX se registasse um forte mo-
vimento migratório de Angola para o então “Congo Belga” em busca de melhores condições de vida ou fugindo à repressão da administração colonial portuguesa, facto é que, fruto das acções desencadeadas no Norte de Angola, uma informação dá a conhecer a existência de cerca de 60.000 refugiados angolanos no Baixo-Congo. Aldeias geralmente com 150 a 200 habitantes passaram a ter mais de 1.500 refugiados.

Mais tarde, a Cruz Vermelha daria a conhecer o número de 251.000 refugiados em Setembro de 1962. Deste grande número de compatriotas destacam-se aqueles que, já integrados nas organizações políticas e sindicais locais existentes, viriam a constituir as primeiras manifestações de um movimento sindical organizado.

A história do movimento sindical ainda está por investigar e escrever,  e será sem dúvida um trabalho interessante a desafiar o empenho dos nossos estudiosos investigadores. Existem, no entanto, algumas contribuições daqueles que viveram esses momentos de arranque do movimento sindical.

No início do mês de Maio de 1961, Dombele Bernardo, um dos dirigentes máximos da U.N.T.A., participa em Pequim, a convite de várias organizações sindicais e de massas chinesas, numa manifestação de solidariedade para com os povos das  colónias portuguesas, tendo sido reafirmado o apoio às respectivas lutas de libertação nacional.

Na última semana do mês de Maio de 1961, Dombele Bernardo, em nome da U.N.T.A. participa na Conferência Sindical Pan-Africana realizada em Casablanca. Nesta edição trazemos à luz um documento (carta) de Dombele sobre esse evento. Desde a sua formação, embora mantendo a sua vocação de organização sindical, a U.N.T.A. estabeleceu fortes laços de acção complementar com o movimento nacionalista MPLA. Com o desenrolar da luta armada e a criação de novas frentes de combate, a U.N.T.A. intensificou a sua acção no domínio da organização da produção camponesa nas zonas administradas pela guerrilha e adquiriu estatuto de organização de massas.

Tendo em conta o seu percurso e história, a U.N.T.A. continua a ser, ainda hoje, uma referência incontornável do movimento sindical nacional.

Despacho da Agência noticiosa chinesa (hsinhua)
Despacho da Agência noticiosa chinesa (hsinhua)

Tradução do Despacho da Agência noticiosa chinesa Shinhua

“Uma delegação sindical angolana chega a pequim pequim, 4 de maio (hsinhua) – uma delegação da união dos trabalhadores angolanos, composta por 4 membros, chefiada por pascoal luvualu, secretário nacional desta união, chegou hoje a pequim, por avião, a convite da federação dos sindicatos da china.

Desejaram as boas-vindas à delegação no aeroporto de Pequim, Tchou Hsieh-Fan, vice-presidente e Kang Yong-Ho, membro do Secretariado da Federação dos Sindicatos da China. Fim”

Contexto cronológico

ABRIL-MAIO – Revoltas na Damba e regiões vizinhas. Revolta no Kunene, nas minas de Kassinga, e alastrando-se ao Cuvelai.

1 DE MAIO – Queixa do Governo Português ao embaixador americano por causa de contactos entre o Gov. americano e Holden Roberto.

– Chegada do Navio Niassa a Luanda, com o primeiro contingente de militares portugueses.

– Perante o ataque de forças da UPA a Mucaba, a aviação portuguesa larga bombas de napalm na área.

8-12 DE MAIO – Conferência dos Chefes de Estados Africanos e Malgache em Monróvia (Libéria) contando com a participação de cerca de duas dezenas de Esta-
dos Africanos. Por Angola estavam presentes os presidentes do MPLA e da UPA, Mário P. de Andrade e H. Roberto. 12 DE MAIO – Mário de Andrade, Presidente do MPLA, encontra- se com H. Roberto em Monróvia e apresenta a proposta de criação de uma frente unida e a criação da “Frente de Libertação de Angola” (FLA). Documento posteriormente rejeitado por H. Roberto.

13 DE MAIO – Início da ofensiva das forças coloniais portuguesas de forma violenta e indiscriminada com cerca de 6.000 homens no norte de Angola.

19 DE MAIO – H. Roberto critica posição de K. Nkrumah e S. Touré por apoiarem o MPLA.

20 DE MAIO – Começam as negociações entre o Governo Provisório Revolucionário Argelino (GPRA) e o governo Francês em Evian (França) com vista à inde-
pendência da Argélia.

24 DE MAIO – O MPLA informa que estão a ser discutidas as modalidades para a criação duma Frente de Libertação de Angola com a UPA, e saúda a iniciativade Nkrumah para a realização de um encontro de Chefes de Estado Africanos para analisar a situação de Angola.

25 A 31 DE MAIO – Conferência Sindical Pan-Africana realizada em Casablanca. Bernard Dombele participa pela UNTA que na altura já estava em contacto como MPLA.

26 DE MAIO – 40 países apelam ao Conselho de Segurança para que se debruce sobre a situação em Angola. A 20 de Abril de 1961, na sua 15.a Sessão, a Assembleia-Geral da ONU tinha aprovado a Resolução 1603(XV),  que reconhecia o direito de Angola à independência, na base da qual foi criado o ‘Sub-Comitédos Cinco’ para acompanhar a situação em Angola. Pela 1a vez os EUA votavam uma resolução sobre Angola contra Portugal.

28 DE MAIO – Partida de mais um contingente militar de Portugal para Angola.

30 DE MAIO – Nkrumah intervém no Parlamento com um longo discurso sobre Angola, apelando à unidade entre a UPA e a FRAIN.

31 DE MAIO – Forças do exército português, depois de vários combates, atingem a Damba no norte do Uíge.

MAIO – Vários ataques da UPA a Sanza-Pombo, Mucaba, Damba, São-Salvador, Úcua, Santa-Cruz, Macocola, Bungo.

MAIO – Cerca de 60.000 refugiados angolanos estão no Baixo-Congo (Congo-Léopoldville). Mais tarde, em Setembro de 1962, a Cruz Vermelha anuncia-
ria 251.000 refugiados.

MAIO – O Jornalista sueco Sven Öste do jornal Dagens Nyheter, acompanhado do Comandante Tomás Francisco Ferreira, visita áreas do MPLA na fronteira doCongo-Léo com Angola.

MAIO – Dias depois de uma conversa de Falcão com Adriano Moreira, são presos pela PIDE e deportados para Portugal, elementos da Frente Unida de An-
gola (FUA).

MAIO – Criado no Lobito o Comité Secreto Revolucionário do Sul de Angola (CSRSA) por jovens trabalhadores do Porto. Têm ligações com a UPA. Em Maio 63transformam-se na União Nacional dos Africanos do Sul de Angola (UNASA)110506ha50anos-unta-nj172_page4_image4

“No acervo documental da Associação Tchiweka de Documentação existe apenas um exemplar de um Boletim Mensal da UNTA editado em 1961”.

 

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Visita de uma delegação da UNTA e do MPLA à China (Maio 1961).
Visita de uma delegação da UNTA e do MPLA à China (Maio 1961).

 

Fonte: ATD (Ass. Tchiweka de Documentação)

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