Contributo de Angola para rumba em debate!

Por Analtino Santos

O contributo de angolanos para música congolesa, com especial realce para a rumba, foi o tema de um debate organizado pelo investigador angolano Sebastião Kumpessa, responsável do portal Wizi-Kongo, e o jornalista Raimundo Salvador, em mais uma edição do programa “Conversa à Sombra da Mulemba”, realizado sábado último, no Palanca Vip, em Luanda.

O programa, que começou com uma descrição sobre as várias fases da presença de angolanos no Congo Democrático, contou ainda com a participação de Pascoal Masaka, Soky dya Zenza e Ras Kilunji, que ajudaram a dar mais contribuições ao debate, preparado há um ano pela organização.

Sebastião Kupessa, que há mais de três décadas reside na Suíça, chamou atenção, na sua intervenção, ao contributo de nomes como Ma-nuel de Oliveira e o quarteto São Salvador. O investigador citou ainda outros angolanos, cujos trabalhos foram tidos como referências nos principais sucessos da música congolesa nas suas primeiras gerações.

Para Sebastião Kupessa, este ritmo deveria denominar-se “rumba ango-kongolesa.”

Por sua vez, o técnico de som, Pascoal Masaka, conhecido pela sua afinidade com a música africana, destacou as várias fases do processo migratório e a importância, na época, do aprendizado mútuo entre os artistas.

O compositor Soky dya Zenza, que também é membro da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) mostrou a sua preocupação com a descaracterização da música tradicional. “A substituição do som dos instrumentos usados nas comunidades pelos modernos retira boa parte da originalidade da música”, disse.

Para o deputado Makuta Nkondo, que participou no programa, os angolanos são os pioneiros deste género. Conhecido pelo seu posicionamento em defesa do Reino do Kongo, o deputa-do chamou atenção para a importância de se valorizar mais a criação artística feita antes pelos criadores angolanos, muitos dos quais hoje no anonimato.

Esta edição do programa contou com a animação artística das bandas Supreme e Big Stars.

Comentário

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*


Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.