Manuel Zangala “reu de luxo” em julgamento por desvio de mais de 270 milhões de kwanzas

Imagem adaptada

Por Alfredo Dikwiza / Jeremias Kaboco

Uíge, 06/04 (Wizi-Kongo) – Duzentos e setenta e três milhões, cento e noventa e nove mil e trezentos e cinquenta kwanzas (273.199.350,00) é o valor desviado dos cofres do Estado angolano pelo antigo director do gabinete provincial da educação no Uíge, Manuel Zangala, um “reu de luxo” que começou a ser julgado nesta segunda-feira (05/04), através do tribunal provincial.

Fazendo parte dos gestores públicos que em 2018/2019 foram indiciados dos crimes de peculato e desvio de valores, Manuel Zangala, depois de assistido as condenações de Miguel Kutoca, ex delegado da justiça e direitos humanos, bem como de Adelina Alexandre Pinto, ex administradora municipal do Songo, finalmente, chegou a sua vez e, pesam-lhe, entre outros crimes, o de peculato, de associação criminosa e desvios de somas avultadas em dinheiro.

Mas, destes crimes, Manuel Zangala não cometeu sozinho pois contava com as colaborações de seus comparsas, nomeadamente, Faustino Carolino Pedro e Abel Kissoki, respectivamente, antigo chefe de departamento do património do gabinete provincial da educação e o sócio-gerente de empresa pertencente aos arguidos, que, por sua vez, facilitava a prática de crimes de peculato na qualidade de cúmplices na falsificação de documentos e nas práticas de crimes de participação económica e negócios.

As acusações, segundo acompanhou o Wizi-Kongo, foram apresentadas pelo procurador daquele tribunal provincial, David Dias, que disse, que, o arguido Manuel Zangala fazia uso da sua posição de director do sector da educação para decidir que as empresas deviam ser chamadas a prestar serviços e fornecer bens à instituição que dirigia, “o que pagar, quanto e quando pagar”.

Mesmo em julgamento, Manuel Zanga até ao momento não foi exonerado. Entretanto, há dois anos, tinha sido indicado para interinar no cargo de directora do gabinete provincial da educação no Uíge, Fernanda Mulele André, cuja classe docente, anda na expectativa sobre o tratamento deste caso, uma situação deixada pelos ex governadores provincial, Mpinda Simão e o malogrado Sérgio Rescova, ficando tudo agora na responsabilidade do actual governador, José Carvalho da Rocha, neste cargo no Uíge, há quase sete meses.

PUBLICIDADE

Comentário

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*


Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.