MPLA em dias tenebrosos contra governador José Rocha

Jerónimo Nsissa, Activista Social

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 19/08 (Wizi-Kongo) – Elementos afectos ao partido MPLA na província do Uíge, estão nos últimos dias em clima tenebroso contra governador provincial da região, José Carvalho da Rocha e, este por sua vez, encontrar-se sombrio por tudo isso, que, teve origem no afastamento dos bajuladores que detinham alguns poderes de decisão na nomeação dos quadros locais, denuncia o activista Jerónimo Nsissa, durante um áudio que circula nas redes sociais com duração de 16 minutos e 40 segundos.

No áudio que o Wizi-Kongo teve acesso, hoje, quinta-feira, avança que há um grupo que durante muitos anos monopolizou as oportunidades no Uíge, com influências nos governadores cessantes, inclusive na nomeação dos quadro e, hoje, o quadro inverteu-se tudo porque o governador José Carvalho da Rocha pretende apostar em jovens competentes para os cargos nos destinos da província e não necessariamente os bajuladores.

Afirma que, aqueles que ostentavam o poder de fazer as listas para quem deveria ser nomeado de acordo a participação nas actividades do partido, perderam essa mística de serem os tais e, como plano B desta gente, resolveram criar uma frente para combater o governador, chagando, alguns terem dito ao governador, de não gostar deste ou daquele nomeado, enquanto outros, na hora de nomeação, influenciam negativamente, com desculpas de não ser natural do Uíge ou fazer parte do partido, mesmo andando juntos (amigos).

São, como disse, eles que durante muito tempo monopolizaram as oportunidades dos demais, que achavam-se ser os empresários e que na sua maioria tiveram acesso ao crédito jovem, mas que nunca terminaram as obras e são devidamente conhecidos. Entre as obras cita, estão hospitais, centros médicos, escolas e outras infra-estruturas em diversos municípios e comunas, respectivamente. E, observa, caso os órgão de justiça, como SIC, SINSE e a PGR fossem actuantes realmente de ponto de vista de Estado, eles deveriam estar na cadeia por terem lesado o Estado angolano.

Essa prática de combate entre eles e fundamentalmente aos jovens competentes, observa, faz afugentar recorrentemente os quadros do Uíge, pois que ao invés de apostar na competência, pensam que colar a bandeira faz desenvolver o país e, se na verdade, refere, fizessem política, tinham que ler os tempos, uma vez que a imagem do MPLA está fragilizada porque o desenvolvimento que se augurava nos últimos anos, o partido não conseguiu proporcionar para o povo: a “ fome”, “desemprego”, “miséria”, “sofrimento” e “desespero”. E, para conseguir sobreviver nos próximos anos, tinha que se apostar na competência, algo que o actual governador está fazer.

“Não disse de que na JMPLA não existem competentes. Existe sim, competentes e também muitos incompetentes”, assegura e, remata, namoram entre si nas actividades do partido com promessas de nomear as namoradas e por não nomear as namoradas e irmãos, o governador, já não é tido e nem achado. Porém, acrescenta que, os incompetentes são os que asfixiaram os competentes.

Eles, aponta o activista, são o maior perigo para Angola, porque foram treinados para realizar as suas vidas na política, uma prática que não mede os meios para atingirem fins. “Já colaram muitas bandeiras e falar só de política de quotas, não muda o país, a política é discutir os problemas, apontar soluções e apresenta-las aquém tem o poder na decisão socioeconómico da província”, lembra no seu áudio.

Nsissa aconselha

Aquele activista, aconselhou os elementos com comportamentos negros dentro dos camaradas que leiam os tempos, a história do mundo, concretamente, sobre as revoluções da França,1789, dos Estados Unidos da América, 1776, bem como de Benito Mussolini/Itália, Adolf Hitler/Alemanha e António Oliveira Salazar/Portugal, é bom fazer política e ler o mundo, ao contrário do que fazem.

“Se não apostarem em quadros capazes de proporcionar o desenvolvimento socioeconómico, poderão sair da pior maneira possível do poder, porque nenhum povo é burro para sempre, a política não se faz apenas com cargos. Infelizmente”, atira, no Uíge, muitos jovens atingiram orgasmo de cargos e ejaculam-no, há todo custo querem ser nomeados mesmo na incompetência, estando muitos até com certificados de bacharel comprados na Universidade Kimpa Vita, alguns chefes de cargos, possuem documentos de habilitações literárias falsos e, são conhecidos.

Como explicou, o país precisa de jovens competentes para fazerem fasse aos desafios urgentes, cujas soluções, igualmente, devem ser urgentes a curto prazo, tendo acrescentado que, apostar nos jovens competentes, a exemplo do que o governador encontra-se a fazer, é uma boa estratégia porque o vai ajudar para atingir as metas durante a sua governação.

Por conta desta prática, recorda ter escapado da morte por elementos afectos ao SIC, por ter um mandato de captura no comando da polícia do Uíge a fim de ser executado às zero horas, por ter dito de que “Angola está mal” e, acrescenta, chegaram de “vascular a sua ficha no Kituma, local onde trabalhava e levaram toda informação aos órgãos da polícia, cuja perseguição para sua morte continuou até na capital do país, Luanda.

Bajuladores que fazem política para namorar nas actividades do partido

Questionou, “como é possível alguém já licenciado e alguns que nem na faculdade estão, mas vão ao CANFEU, cujo objectivo é fazer política rasteira e aproveitar namorarem entre eles, sem discutir os problemas do país e são este que disputam cargos, ao invés de aproveitar as formações em diversas vertentes e, sim, aprendem a colar bandeira e falar de quotas”.

Quer-se soluções e não perseguições como estão fazê-lo com o actual governador, atira. “Há pouco tempo perdemos um governador, numa morte misteriosa e foi para Uíge a fim de trabalhar, mas ainda existe aquelas expressões: (mukwiza) e a essa altura, sustenta no seu áudio, as cordas de feitiçaria devem estar nas cinturas para serem nomeados.

Fez saber que muitos jovens estão a fugir da província do Uíge, por práticas de criminalidade política, tudo por conta dos cargos. “Tenho informações dos vossos grupos criados no faceboock e no whatsApp onde falam dos planos macabros daquilo que querem fazer ao governador, por acharem que o governador está ser influenciado”, denuncia, e, questiona, “acham que um mais velho deste com uma vasta experiência de governação, que inclusive criou uma universidade, fez condomínio e tudo, é capaz de agir por influências”.

Diz não ser do MPLA e nem simpatia possui com o partido dos camaradas, por odiar as práticas que nele são usados, como as de perseguições. E, elogia, este governador gosta de pessoas competentes, devem é estudar e saberem fazer as coisas, quem assim for, pode aguardar pela nomeação de cargo.

Destituído da educação por ser activista 

No seu áudio, Jerónimo Nsissa, conta ter sido destituído do ministério da educação. “O ex-governador Mpinda Simão, deixou uma orientação para ser entregue a minha guia de transferência, mas nunca quiseram dar e, fui várias vez no Uíge, tanto os meus irmãos, mas sem sucesso, a única coisa que fizeram é inventar coisas de que recebia salário sem trabalhar”.

Lembra que ser antiga a prática de perseguir os jovens no Uíge. Não é de hoje. Mas, é tempo de parar com isso e, avisa, caso isso continue, no próximo programa dos 360 graus, citará os nomes dos conflituosos, bem como irá publicar as mensagens que em si enviam. “Muitos ganham como licenciados na educação e saúde, mas não são e, são pessoas bem conhecidas”, afirma.

Apelou a necessidade de libertar a província, porque mentalidades medíocres não garantem desenvolvimento em nenhuma região e, acrescenta ser triste numa era como essa da globalização, existir exclusões de quadros por não serem naturais do Uíge e outros são excluídos por não serem do partido. Entretanto, como esclareceu, entre o universo dos competentes e não competentes, bem como dos fracos, os fracos, na sua maioria, afugentaram-se no partido.

Como eu, esclarece, existem muitos jovens que querem sair do Uíge, por ser activista, negaram passar-me a guia de transferência na educação, porque existe um grupo de bajuladores que controla quem milita e não no partido, pensando que militar no partido é uma obrigação. Um cidadão, avança, goza de direitos e liberdades consagrados na Constituição da República de Angola, mas no Uíge, quem fala, o SIC e o SINSE, logo entram na perseguição.

Antes de terminar, Nsissa, admitiu que continuará a lutar pela província do Uíge, por ser a terra que o tornou homem, através dos conhecimentos obtidos dos seus professores e não só.

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