Administrador municipal de Makela do Zombo implicado no tráfico de combustível

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 30/04 (Wizi-Kongo) – Uma rede de tráfico de combustível por motorizadas, encabeçada pelo administrador titular de Makela do Zombo (província do Uíge), Ntoto André Fuaitoma, encontra-se activa no posto fronteiriço denominado Lunda, juntos a vizinha República Democrática do Congo (RDC), desafiando inclusive o estado de emergência decretado pelo presidente de Angola, João Lourenço.

O combustível sai de Angola (Makela do Zombo) para RDC. Porém, para chegar a vizinha República Democrática do Congo, passa por via do posto fronteiriço da Lunda. Nesta circunscrição é a passagem dos famosos (beta lemba), traficantes de combustível com as motorizadas, pagando ao chefe do posto da Polícia de Guarda Fronteira (PGF), sub-inspector Silas, 1.500Kz, por cada bidon.

Segundo uma fonte que concedeu a entrevista hoje, quinta-feira, ao Wizi-Kongo, sublinhou que o movimento dos traficantes é feito todos os dias, que, nem mesmo o estado de emergência que se cumpre no país, foi tido em conta pelos praticantes, o que coloca de certo modo o risco de milhares e milhares de angolanos, sabendo que os cidadão do outro país, RDC, em seu solo também se regista casos positivos da Covid-19, uma doença que assola o mundo inteiro, por contacto de uma pessoa a outra.

“Em cada dia, são dezenas e dezenas de motorizadas que circulam em direcção a Lunda, com o mesmo objectivo, tráfico de combustível, um movimento que vai ganhando o seu espaço e a estar a perder o controlo das outras autoridades do Estado, porque quando a polícia da ordem pública prende os praticantes, automaticamente são soltos por orientação do administrador municipal, deixando claro que ele faz parte desta máfia”, esclareceu o entrevistado do Wizi-Kongo, que proferiu anonimato.

Outro entrevistado que igualmente não avançou o seu nome disse, “está rede até mesmo o senhor Ntoto Fuitoma, administrador municipal de Maquela do Zombo tem conhecimento, porque quando a polícia da ordem pública prende alguém ligado a essa prática, ele liga para mandar soltar”, tendo continuado “já imaginaram os riscos que estamos a enfrentar?”.

Ambos foram unânimes em admitir que o comando da quarta Unidade da PGF/Uige tem, certamente, conhecimento desta situação, porque estes valores cobrados na Lunda chegam até a este comando e, se não é de seu conhecimento que se crie mecanismos para se apurar ao fundo de onde vão os valores e porque dá facilidade dos mesmos traficantes.

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