Aviões não tripulados vigiam as fronteiras no Uíge.

Por Joaquim Junior

Dois aviões não tripulados de fabrico russo, com capacidade para captar e enviar informações em tempo real, a uma distância de até 150 quilómetros, vigiam desde sexta-feira a orla fronteiriça da província do Uíge.

A apresentação dos equipamento aconteceu no aeroporto da cidade do Uíge, testemunhada pelo governador do Uíge, Pinda Simão, que acompanhou os ensaios técnicos.

O chefe do departamento de Vigilância do Comando da Polícia de Guarda Fronteiras, Nelson Francisco, esclareceu que os aviões que vão operar nos municípios fronteiriços de Maquela do Zombo, Milunga e Kimbele, têm autonomia para mais de cinco horas de voo, podem voar a uma altitude de sete mil metros e a uma velocidade de 120 quilómetros por hora.

Segundo o especialista, as aeronaves comportam ainda duas baterias carregáveis, quatro câmaras de vigilância, que desempenham múltiplas funções; rastreamento e um armazenamento de dados de alta potência.

No caso de falhas na transmissão das informações, os aparelhos comportam chips internos para armazenar os dados captados, mesmo em caso de abate. “O equipamento foi preparado para guardar informações e regressar até a base sem dificuldades”, disse.

Outro equipamento apresentado para auxiliar o trabalho da polícia fronteiriça é o sistema de vídeo vigilância, com capacidade para observar 200 alvos, detentor de uma câmara óptica electrónica. O complexo é fixado numa viatura, e comporta telas para visualizar imagens.

O governador do Uíge considerou os equipamentos como um investimento valioso para garantir a segurança da província, em particular, e do país, em geral. “Qualquer país para se desenvolver deve ter a segurança como factor que influencia na criação da riqueza”, afirmou.

Pinda Simão disse ainda que os instrumentos vão permitir uma fiscalização mais profunda e oportuna, permitindo oferecer informações pertinentes aos serviços de Guarda Fronteira.

A província do Uíge partilha uma fronteira terrestre de 442 quilómetros com a República Democrática do Congo (RDC).

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