Kimbele “galinha de ovos dourados” choca mais de 17 milhões de kwanzas na empresa do director do RH do GPU

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 19/08 (Wizi-Kongo) – Dezassete milhões e 700 mil kwanzas foi a soma, que, a “galinha Kimbele de ovos dourados” chocou para conta da empresa do Director dos Recursos Humanos do Governo Provincial do Uíge, Baptista Pinda, com a finalidade de fornecer imputes agrícolas nas comunas do Kwuango, Icoca e Alto Zaza, em 2019.

A população de duas comunas, entre as três, diz que não viu nada na prática, mesmo tendo todos os pagamentos feitos, apurou o Wizi-Kongo, fonte dos associados locais e dos documentos que teve acesso na sua investigação, cujas notícias de actos semelhantes dos municípios do Púri e Makela do Zombo, serão divulgadas daqui há dias.

Com base no documento que este portal teve acesso, demostra que os valores foram todos pagos em Outubro de 2019. O primeiro pagamento foi de dez milhões e 200 mil kwanzas, seguido de 400 mil kwanzas, depois duzentos e 20 mil kwanzas e seguiu outros dois milhões e oitocentos e 80 mil kwanzas e por último quatro milhões de kwanzas, cabimentados na empresa “KIVUMUBUATI”, registado com número de identificação fiscal: 5301012754, cujo dono é o actual director dos recursos humanos do governo provincial do Uíge, Baptista Pindi.

Os valores, como disse os associados, embora terem sido pagos, não surtiram efeitos concretos, pelos quais fora destinados. Na verdade, o dinheiro fora enjeitado na conta desta empresa sob número: 386286-011. E, deu-se na seguinte ordem. Primeiro, aquisição de imputes agrícola em apoio as associações agrícolas, referência no mês de Outubro de 2019, despesa número 337706, retenção DLI número 3471053192, no valor de 10.200.000,00 (dez milhões e duzentos mil kwanzas).

Para o mesmo fim, noutra aquisição de imputes agrícola para apoio aos pequenos agricultores e associações, referência, igualmente, no mês de Outubro de 2019, despesa número 337709, retenção DLI número 3471051190, no valor de 400.000,00 (quatrocentos mil kwanzas). Também ouve outra aquisição de imputes agrícola para apoio aos pequenos agricultores e associações, referência, igualmente, no mês de Outubro de 2019, na despesa da ordem número 337709, retenção DLI número 3471052196, no valor de 220.000,00 (duzentos e vinte mil kwanzas). Seguiu um pagamento para aquisição de imputes agrícolas, despesa número 343682, retenção DLI número 4197283198, no valor de 2.880.000,00 (dois milhões e oitocentos e oitenta mil kwanzas) e outro pagamento para aquisição de insumos agrícolas, despesa número 343703, retenção DLI número 4197287193, no valor de 4.000.000,00 (quatro milhões de kwanzas).

Adiantam os associados ouvidos que, o dinheiro que essa firma recebeu em Kimbele, província do Uíge, que era destinado para o fornecimento de Kits de imputes agrícolas, nas comunas do Kwango, Alto Zaza e Icoca, não veio acontecer. Mas, contam, que tentou improvisar uns meios que não passam num gasto acima dos cinco milhões de kzs, que, fornecera em alguns associados da comuna do Kwuango, tendo as outras duas comunas recusarem, concretamente, deste improviso.

Desgastados com a situação, avançam ao Wizi-Kongo que a administradora de Kimbele, Rosa Alberto Bongo Fila, foi passando esse dinheiro na empresa KIVUMUBUATI, de Baptista Pindi, por ser ele quem o defendeu durante o mandato do governador Mpinda Simão, para não ser exonerada, enquanto a população foi denunciando dos seus males.

“Aqui em Kimbele, encontram-se dois sobrinhos de Baptista Pindi, sendo um é o secretário municipal da administração de Kimbele, Fernando Caxala e outro é o chefe dos recursos humanos da administração de Kimbele, Afonso Bunga Kissadi”, sublinham.

Depois dos depoimentos dos associados e do documento em posse do Wizi-Kongo, este portal, manteve um contacto com o director dos recursos humanos do governo provincial do Uíge, em respeito do contraditório, mas este, por sua vez, recusou prestar qualquer esclarecimento, tendo apenas assegurado que quem gere a empresa não é ele e, sim, um gerente, que, igualmente, negou de facilitar os contactos com o mesmo gerente.

E, durante o contacto, prometera levar o caso as instâncias judiciárias, caso viesse a publicar a matéria, no caso, essa. Assim, em base dos dados em posse e das declarações dos associados, este portal avança informando essa matéria. Voltando, aos entrevistados, eles, contam que, os dois sobrinhos de Baptista Pindi fazem um duplo papel de gestores da empresa KIVUMUBUATI, além de Makela do Zombo e Milunga, em cada local onde opera a mesma empresa, consta um membro de família de Baptista Pindi para cuidar dos movimentos da empresa, com justificativa de receber dinheiro e que não resulta nas despesas a fim alocadas as verbas.

“Na concepção de tal oportunidade, Baptista Pindi, para injectar a sua empresa em Kimbele, dentro do convénio bipessoal com a administradora municipal de Kimbele, Rosa Alberto Bongo Fila, não houve um documento jurídico orientador que autorizasse a celebração de contrato. A lei diz que a empresa que tiver de receber uma obra avaliada por dez milhões de kwanzas, tinha de passar por um concurso, para que possa estar em corrida com outras empresas também interessadas ao assunto. Mas Baptista Pindi, recebeu um valor inicial de dez milhões de kwanzas e não foi submetido ao concurso público algum”, denunciam.

Admitem que Baptista Pindi teme daqueles administradores competentes com a maior visão de águia e com boas iniciativas, por isso, usou Mpinda Simão, para colocar os fracos, em certo municípios a fim de facilitar o seu pacto funcional da empresa, para salvaguardar a sua empresa, “prejudicou o governador cessante e acabou de trabalhar sem boas iniciativas”, acusam-o.

Avançam que o mesmo influenciou nomeações de pessoas aonde se encontra a sua empresa, em troca de favores com aqueles administradores que ele defendeu durante as propostas e foi fazendo essa troca de favores, para ter sempre serviços a prestar nesta empresa, mesmo não fazendo nada.

Na era Mpinda Simão, Baptista Pindi, como contam os entrevistados, montou uma rede de influenciadores composta por elementos, apenas para citar alguns, como o primeiro secretário municipal do MPLA de Makela do Zombo e do chefe de secretária do comité provincial do MPLA do Uíge, nomeadamente, Joaquim Nvumbi e Divango.

Comentário

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*


Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.