Mbala Lussunzi Vita: “África não era atrasada no tempo antigo”

 

Doutorado em História com especialidade em sociedades africanas da época contemporânea, pela Universidade de Limierè Lugan 2, em Lion, França, Mbala Lussunzi Vita, é um destacado historiador, professor universitário e investigador com mestrado em pedagogia aplicada, na opção de história e ciência social na Universidade Pedagógica de Kinshasa. É com este diplomado em história e grandes problemas de África que procuramos reflectir alguns problemas do continente. Tem a palavra o docente e quadro do Centro Nacional de Investigação Científica do Ministério da Ciência e Tecnólogia e da Universidade Agostinho Neto.

modtraA inquietação de Joseph Kizerbo , ‘Para quando África?’, continua a ser feita por muitos africanos e não só. O que pensa disso?

Para quando África? Para sempre, sempre e sempre. África, como todas as partes do Planeta Terra, existiu, existe e vai existir eternamente.

Quais são os principais problemas que o continente africano enfrenta?

São vários. Para mim, a causa dos problemas que África tem hoje em dia resulta do seu passado. Podemos ver este passado em três tempos ou períodos. Há um período que chamo africano ou antigo. Um outro tempo que chamo de contacto com a dominação colonial e o terceiro tempo, que considero da independência ou tempo novo. Significa que a própria evolução interna de África, com os vizinhos de fora, originaram uma série de problemas que caracterizam África hoje.

É possível explicar melhor?

No tempo antigo, África não era atrasada. Demonstrou que tomou o comboio da civilização. No tempo antigo, porque haverá um novo, é africano porque cada povo organizava o seu território de acordo com o seu génio e a sua visão. Neste sentido, África conseguiu andar de maneira isolada e depois vai abrir-se. Neste momento, África não era atrasada e não vivia de acordo com a visão dos outros. Aliás, é ali onde África vai se destacar para ser qualificada hoje como o berço da humanidade.

A época da colonização constitui- se no pecado do continente africano e consequentemente o seu retrocesso?

É ali que África mudou de rumo. Porque África foi cativada, condicionada e passou a viver de acordo com a visão do outro. Essa parte muda toda a matriz, toda a cultura e o africano nato perde o controlo sobre o seu destino. No espaço onde estamos e na África do Oeste, sobretudo, este momento começa no século XV. É neste momento que África acaba, já não dirige e o africano não controla e não vive de acordo com o continente.

Hoje, por exemplo, quando se fala de África tem-se uma noção complexa. Quem é ou não africano? Todos nós somos africanos, mas só que em Angola hoje quando se fala do povo angolano ou africano, esse povo não existe sem os povos de origem europeia. Quando se fala de povo angolano hoje não se trata do povo de origem nata. A população africana é diversificada.

Houve uma miscigenação?

Claro. Em toda humanidade hoje não há um francês ou um alemão puro. A própria evolução fez com que quando se fale de África olha-se para esta mistura. É normal em termos de antropologia. É a mesma coisa em termos de cultura e visão política. A partir do século XV, não vou dizer se feliz ou infelizmente, aconteceu um facto na história: o mundo ‘europizou-se’. Estamos a falar português, já faz parte da cultura angolana, mas não nasceu em Angola.

O seu nome! Você é angolano, o que significa que hoje em dia a natureza dos problemas tem dois aspectos: um aspecto local e um outro internacional. África não está fora da própria evolução. Essa evolução fez com que hoje em dia tenhamos uma democracia na visão europeia que se generalizou. Essa democracia tem uma essência, mas matou a visão africana, porque os africanos têm que se adaptar nesta democracia.

Por que é que acha que essa democracia matou a visão africana?

Porque quando a Europa colonizou África não respeitou a visão africana.

Qual era a visão africana?

Vou citar um caso particular: a democracia do povo Kongo de que sou originário. Antes do contacto com o povo europeu, no século XV, a democracia Kongo era participante, inclusive e utilitária. Nenhuma comunidade estava fora ou numa escala inferior. Note que esta democracia Kongo deu provas já no século XI, altura em que tinha organizado um espaço territorial que hoje em dia representa quatro vezes a França. Agora vocês podem fazer contas para ver se eram quantas vezes Portugal, Bélgica ou Holanda.

O território Kongo partiu de Mbanza Kongo e controlava administrativamente um espaço que vai até no Gabão e Luanda onde estamos. No aspecto monetário, o dinheiro que se utilizava neste espaço territorial organizado politicamente pelo Ntotila Kongo – espero que escrevas bem esta palavra – saía da Ilha de Luanda e depois chegava ao Gabão, Sul dos Camarões, Kinshasa. Essa capacidade é o resultado de um visão democrática de implicar todo o povo naquilo que se chama o bem público. Essa visão democrática não está a influenciar a nossa democracia.

É apologista de que se deve encontrar um modelo próprio de democracia em África?

Não. Estou apenas a descrever. Sou historiador, os factos são sagrados, apenas a interpretação é livre. Neste momento, não podemos inventar uma forma democrática para África. Isso não existe. O que estou a pedir, se possível, é integrar os valores da democracia africana na nossa democracia. A democracia hoje em dia não tem cor nem país. Conforme está a ser organizada hoje em dia, a democracia é o respeito das ideias, dos direitos e a participação. Não podemos tirar de um lado para colocar uma democracia africana.

Há sectores que se queixam dos valores democráticos nos países africanos, sobretudo nas transições políticas, respeito dos direitos humanos e governação. Como é que estamos nestes domínios?

Devemos distinguir três coisas: primeiro, o problema são os princípios. Segundo, são os ac-tores que praticam estes princípios. E o terceiro é o contexto e o ambiente. Os princípios são universais. Já em termos de literatura conhecemos a universalidade da negritude. Conhecemos estes grandes autores da democracia, como Montesquieu, Jean Jacques Rosseau e todos outros.

Os princípios são humanos e ali não há problema. Os actores são os que se diferenciam em função do momento e da própria organização do mundo. Neste aspecto da democracia, os problemas africanos não têm nada a ver com os princípios, mas sim com o contexto, os actores e o próprio povo. Torna-se a própria cultura do próprio povo. Vou dar um outro exemplo: como Estados, no início quando começa o poder do próprio Estado, a colonização europeia matou as estruturas políticas dos africanos.

Depois de muito tempo de início de contactos, que eles chamam Descoberta – mas eu chamo contacto, chegada e ocupação de facto – significa que o quadro político africano, de facto, já não tinha nada. De maneira irónica tornou-se tradicional, da periferia ou uma coisa só para evocação ancestral. O Estado africano nasceu não ainda para resolver os problemas africanos, porque na sua essência, definição ou etimologia, ‘política’ vem da palavra grega ‘polís’, comunidade.

A política não tem outra missão senão resolver o problema da comunidade ou cidade. Ali a democracia não tem fronteira. Mas, a maneira de aplicar estes princípios, hoje em dia Angola ou todos países africanos não são organizados em função da visão africana, mas sim da visão europeia. Finalmente estamos na escola europeia. Significa que a pessoa que tem a visão nhaneca, tchokwé, Kongo, mbundu ou ovimbundu não pode organizar.

Todos os países africanos são organizados em função do direito internacional. Mas nós conhecemos a fonte mãe desse direito internacional, é a sociedade francesa. Há uma implicação, mas não podemos chorar porque não vamos tirar África do contexto. Hoje devemos nos apropriar da própria democracia. Devemos é adaptá-la em função das nossas necessidades africanas.

Como é que seria um modelo de democracia africana tendo como base as nossas necessidades?

Eu não falaria de um modelo africano. Seria o respeito à aplicação do próprio princípio mãe da democracia, ou seja o respeito da lei. Por exemplo, uma sociedade de competência, onde a gente não quer ver a origem, religião. Um pouco como as democracias ocidentais. Apesar de que isso faz parte da própria natureza do homem, mas há um nível mais avançado dos princípios básicos da democracia. Há a divisão de poderes, respeito, transparência e outros mecanismos de respeito. Os direitos humanos resultam do respeito dos princípios democráticos.

Por mim, meu irmão jornalista, não vou preconizar uma democracia africana. Acho que não faz sentido. Mas, nesta democracia que é uma marca humanitária, nós africanos devemos meter alguns aspectos nossos. Por exemplo, se você ver a economia de mercado, a sociologia urbana, o africano em geral é diferente do europeu. O africano não esquece completamente os irmãos ou os filhos do irmão. Numa língua como a minha, o kikongo, não temos primos, porque, se me disseres primo, eu não sei.

Toda a pessoa que tenha sangue do meu pai não é tio, é meu pai. Para distinguir vou dizer pai pequeno e pai grande. Neste aspecto fico atento com a visão da Igreja Católica. Eles dizem que em termos da visão da família, a visão africana é mais humana. Neste aspecto, devemos juntar o respeito dos princípios, mas também sendo africano vamos levar a nossa inclinação ao humanismo e à solidariedade.

“O africano não esquece completamente os irmãos”

Desde a independência da Libéria, que foi o primeiro país em África….

Esse também é um outro problema. A Libéria tomou a sua independência perante quem?

A independência de Libéria é um caso de estudo?

Sim, é um caso. Eu como historiador não posso dizer que a Libéria foi o primeiro país a se tornar independente. Essa independência foi negociada? A luta foi com foi feita por quem?

Mas é o que a história diz. Não concorda?

É um trabalho que também deveríamos fazer. Há a história em África e a história de África. Há a história em Angola e a história de Angola. Vou-te dar um exemplo: Angola não lutou contra Portugal. A independência de Angola era os angolanos confundidos, porque na gente que estava a lutar havia também europeus, portugueses, americanos, brasileiros que estavam connosco. Lutamos contra a ideologia colonial que Portugal estava a encarar. Quando você me diz que a Libéria foi o primeiro país a se tornar independente, vou perguntar: esta independência foi contra que povo? É um outro debate.

Vou insistir: desde a independência da Libéria, que é tido como o primeiro país independente no continente, até aos dias de hoje com a da Eritreia e o Sudão do Sul, porque continuamos a viver os mesmos problemas do passado, como os conflitos étnicos e as guerras?

Neste aspecto, não vou falar do homem africano. Isso faz parte da nossa humanidade. Nós, os historiadores, dizemos que ‘quem não quer entender a história fica a repetir o passado, às vezes de maneira idiota’. É o facto de que num momento dado à elite desse povo não consegue encontrar um consenso. A guerra surge porque não há consenso. Mais nada.

A apologia do panafricanismo fracassou?

Depende. Se você tomar o panafricanismo de Kwame Nkrumah ou o de Willian de Bois, deste último era mais um movimento literário e de tomada de consciência. Se ver o de Nkrumah era no sentido de formar estados de confederação. Para mim, haverá um tempo em que uma geração vai retomar este panafricanismo, mas não será no sentido de formar aquilo que se passou durante um momento com os Mobutu de formar um governo africano.

Eu sou historiador, mas penso que haverá uma geração que vai organizar uma África quase na imagem da Europa. O panafricanismo para mim é no sentido de cooperação e de tirar as barreiras. Falou de conflitos étnicos: não vamos mais falar desta palavra ‘étnico’ porque também é um outro debate. Entre Portugal e Angola, em termos de grandeza ou superfície, o nosso país é quase 15 vezes que o território português. Como é que você explica que Portugal tem povos, línguas e um grande espaço como o ovimbundu de Angola, kongo de África, porque os bakongos não estão só no nosso país, tchokwé, nhaneca, tem tribo, etnia e dialecto. Os problemas entre povos, que vocês chamam etnia, surge quando não há aceitação do outro ou quando há manipulação dos outros.

Alguns historiadores que realçam que os problemas terão começado durante a conferência de Berlim?

Sim. No direito internacional, a estrutura dos estados nasceram na conferência de Berlim. Mas quem eram os actores? Foram eles. Só os interesses dos dominadores é que decidiram. Não houve uma tomada dos interesses dos africanos. Mas eu já saí disso, não vamos continuar a acusar porque era um facto da história.

Agora devemos resolver os nossos problemas. No quadro de cada país africano, deve haver a aceitação do outro, mesmo que seja de um outro partido, igreja ou raça. Eu como indivíduo, sou mucongo de Angola, não posso tirar os bakongos que não sejam do nosso país. Não estou pronto para criar um país só com os bakongos da República Democrática do Congo.

A própria evolução demonstra que este é um quadro ultrapassado. Devemos resolver os nossos problemas com consenso, privilegiando os nossos interesses. Aqui vamos entrar na vertente da educação, o que significa que devemos organizar, conceber uma nova visão nova adaptada à escola. Ainda tem uma grande distância entre aquilo que deveria ser e o que é. Em termos de cultura, até hoje muitos angolanos querem nos convencer que é um problema sensível em Angola, que é a das línguas.

Já há um projecto de inserção de línguas nacionais nas escolas públicas?

Graças a Deus. Eu sou mucongo, falo o meu kikongo e cresci em Kinshasa. Falo o meu lingala. Estudei em Kinshasa e em França falo o meu francês. Como angolano, a língua de trabalho da administração é o português. Desde que voltei luto e ainda estou a lutar para comunicar em português. Qual é o problema? Não há. O meu problema não é falar português. Hoje em dia não vou convencer ninguém dizendo que sou angolano, mucongo, professor universitário, investigador, vivo em Luanda mas não falo português.

O português já faz parte da angolanidade. O problema é que o português foi imposto aqui, apagando o kimbundu, kikongo, umbundu. Para dar um conteúdo à nossa independência devemos reabilitar o que foi combatido. Ninguém vai perder. Um dia este projecto, que está a andar graças a Deus, não consiste em correr com o português, mas sim em transformá-lo naquilo que é o francês em Dakar ou inglês no Ghana.

Neste caso, todo o morador de Luanda falaria o Kimbundu dele, como é lingala, songo em Bangui, Uolof em Dakar. Ninguém está a negar que a língua portuguesa não é angolana. A nossa cultura hoje em dia é o português, mas também esse português não pode tomar o lugar do Kimbundu em Luanda, do kikongo no Úige. Eu até não digo língua africana, digo apenas língua e acabou.

Concorda que seja língua materna?

Não. Eu tenho sobrinhos que têm como língua materna o português. Eu digo que a minha língua é o kikongo e a língua de trabalho no meu país é o português. A língua social em Kinshasa onde estudei e cresci é o lingala. Não vou dizer materna. Língua é língua. É um instrumento de comunicação. O problema surge quando uma língua, respeitando o projecto colonial, apagou as línguas locais.

Como houve a independência, para reorganizar o nosso espaço, o Kimbundu deveria regressar como língua de comunicação em Luanda. Ninguém luta contra o português, mas sim contra o espírito colonial que fez do português a única língua. Por mim, acho que Angola não vai ganhar formando um médico, historiador em Luanda que entende só línguas europeias, porque depois do português vem em inglês. Agora virá o mandarim.

Comemorou-se recentemente o aniversário da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos. No preâmbulo deste documento, os seus percursores chamavam a atenção para a luta contra o neocolonialismo. Há resquícios de neocolonialismo em África?

Sim e não.

Justifique?

Ainda devemos definir e dar um conteúdo ao neocolonialismo. Se verificar, esse conteúdo tornouse hoje mais ideológico que na realidade. Quem é o neocolonialista hoje? Os países grandes como a França, Canadá, Inglaterra, Estados Unidos, o capital é que os dirige. É o mesmo que dirige todo o mundo, na China e no Japão. O neocolonialismo era um conceito mais ideológico. É mais um slogan com o avanço da própria ciência, da tecnologia e da economia de mercado. O Dani Costa se for um bom engenheiro e fores a qualquer país do mundo, logo terás a nacionalidade. Estás a perceber? Naquele momento sim, mas hoje não vou perder o meu tempo para combater o neocolonialismo.

O que pensa dos receios dos países ocidentais que pensam que a China deverá recolonizar o continente africano?

Hoje se o país se organizar, com paz e os recursos um ensino competitivo, devemos evitar estes preconceitos e esta visão da ideologia. Hoje em dia qualquer país organiza-se, vai meter no mercado engenheiros, professores e médicos competentes. Vai organizar a sua economia, mas amanhã pode competir com aquele país. O debate já não é quem domina ou não. Quem domina é a pessoa que tem a economia, as finanças e poder. Hoje em dia, um país que temos, pode organizar o seu poder.

O pensamento filosófico africano está retorcido?

Eu sou um historiador, não me vou meter no campo da filosofia. Mas toda a pessoa é filósofa. Eu fiz latim, filosofar é pensar. Quem identifica um problema e procura uma solução é filósofa. Não pode viver sem filosofar.

Temos encarado mal os nossos problemas em África?

Os problemas africanos ainda não identificamos. Passamos muito tempo nas coisas que não nos ajudam a pensar. Devemos formar e organizar a nossa administração por forma a não termos muitas dificuldades. Organizar o nosso ensino de forma a não termos muitas dificuldades. Organizar a nossa economia, porque conhecemos que foi organizada de forma colonial. Conhecemos o mercado e aqui há já um passo marcado. Por mim, o nosso debate pode ser organizado a nível da academia, porque África deve organizar os seus problemas, começando por identificá-los.

Queixa-se muito da justiça em África. Recentemente, o presidente tchadiano Hissiene Habré foi condenado por um tribunal da União da Africana. É um passo importante?

Em termos morais, é um passo importante, uma satisfação, mas na realidade quando Hissene resignou-se eu estava na Faculdade. Estava a seguir isso e você não imagina o que é que ele causou. Se você for ao Tchad não vais ver quais as famílias que já não existem. Conforme eu disse, é um facto da história. O que se passou com Hissene Habré é um facto da história e o mais importante são as lições. Agora compete a todo africano ver isso.

Concorda com os recursos ao Tribunal de Haia, onde são vão os líderes africanos e não os norte-americanos que terão cometido na mesma dimensão?

Eu, como já disse, sou historiador. O meu trabalho não é ainda como jurista ou religioso para condenar. Constatamos que a própria evolução fez com que quando você é fraco, então és fraco. Se és forte, então és forte. Além de chorar, então que nos organizemos de maneira a não sermos tratados dessa maneira. Devemos tirar essa visão sentimental. Não é chorando, nem condenando, comecemos por resolver e não sermos fracos.

Devemos dizer porque em África temos recursos, juventude e continuamos a ser fracos. O problema está ai. Na minha língua diz-se: se você abrir a sua casa, as pessoas que passam não vão olhar? Se você me mostrar a sua nudez, a culpa é minha porque vou ver? É a consequência daquilo que somos. Além de chorar ou condenar, tiramos lições de maneira que amanhã não sermos tratados como fracos.

O meu pai me dizia que, se alguém quer ter fama, vai evitar uma pessoa forte ou que sabe bem falar, porque se eu me encontrar com ele vai ser no soro. Porque esse senhor que sabe bem falar, quando abrir a boca, ele vai procurar a pessoa que é fraca. Por mim, devemos nos coordenar em termos africanos. Não é condenando as pessoa que nos tratam como fracos.

 

Via Opais/ Texto de Dani Costa. Fotos de Daniel Miguel

Comentário

1 Comment

  1. É interessante a abordagem que o Dr. Mbala Lussunzi Vita faz sobre a historiografia Africana. Na verdade, é necessário que todos nós percebemos que está na hora de se desmitificar dos vários estereótipos que a visão eurocêntrica implementou.

    A história Africana chama todos os seus para trabalharem na recuperação do passado histórico deste que foi o continente com a maior civilização e com as técnicas de produção mais evoluída do mundo. A ideia de hoje, não é culpar mais o colono, é sim, fazer a nossa parte enquanto há tempo.

    “Se nos deitarmos, estamos mortos” – Joseph Ki-Zerbo.

    By: Laurindo Kayeki
    … Escritor do Uíje…

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