João Gaspar da Silva mergulha Universidade Kimpa Vita em “mar de vergonha”

Uíge, 20/04 (Wizi-Kongo) – Através da luta pelo poder, o reitor da Universidade Kimpa Vita, João Francisco de Sousa Gaspar da Silva, mergulhou a instituição afecta à Sétima Região Académica de Angola (Uíge e Kuanza Norte), em um mar de vergonha, colocando tudo ao benefício de si mesmo, de seus familiares e amigos, deixando a sua sorte os professores e estudantes, e ao mesmo tempo pondo em causa a reputação dos nomes das respectivas instituições provinciais, em particular.

Sob forma de ludibriar a entidade empregadora, no caso, o Ministério do Ensino Superior, Ciências e Tecnologia, da opinião pública, da sociedade e dos governos provinciais do Uíge e Kuanza Norte, recentemente, isto é, no dia 12 do mês em curso, João Gaspar da Silva, vitimou 17 professores, ou seja, expulsou por seu entender 17 docentes universitários, dos quais 14 do Uíge e 3 do Kuanza Norte, alegando motivos de possuírem diplomas falsos, tendo ainda suspendido outros três professores de algumas regalías.

Entre os docentes expulsos por João Gaspar da Silva, constam nomes de Larazo Xixima, Nzau Luyeye Gaspar, André Nhonga, Nsumbu Ngau, Nanikondua Zuza, Elves Luzingu, Lukembessa Mavakala, Makubikwa Matumona, Panda Kudakama, Kikufi Sunda, Makuntima Pedro, Matembele Malukilua e Jabor Solo, cujo despacho por ele assinado ressalta a frase em destaque, que “ o presente despacho entra em vigor após a sua publicação”.

Porém, a expulsão dos professores fragilizou mais uma vez a Kimpa Vita que ficou com uma média de 30 disciplinas sem cobertura. A expulsão destes professores apanhou de surpresa o ministério de tutela e INARESS, sendo assim, os seus afastamentos e o alegado motivo de possuírem diplomas falsos, é uma mentira infundada pelo próprio reitor da Universidade Kimpa Vita, que, por si, formou uma “gang” (mesmo não sendo uma comédia ou filme) composta por Oliveira Mbuana Meyitusala, Guerra Nfumu Mavinga, Augusto Ntima Lunganga, Kokhy Sefo Maria Barros e mais dois outros elementos que faltam por citar, cujos dados a equipa do Wizi-Kongo não teve acesso nos dias que fez as entrevistas e pesquisas.

Um dos outros motivos da expulsão dos professores é o afastamento destes do concurso público que está ser realizado na mesma universidade, para permitir com isso João da Silva inserir os seus familiares que por nepotismo trouxe consigo de Luanda. Assim, as contas de salário destes professores expulsos já se encontram cativadas.

Quer com isso dizer, avançaram hoje, sábado, nesta cidade (Uíge), os entrevistados do Wizi-Kongo, que preferiram anonimato, que o motivo da existência dessa gang por parte do reitor é por sentir-se inseguro quanto a sua continuidade nos destinos da Kimpa Vita, já que avizinham-se as eleições para o “cadeirão número um” desta instituição, onde o actual reitor não possui essenciais requisitos para o efeito. Para isso, vai fazendo-se de João Lourenço “em arrumar a casa” para dar a entender ao ministério, governos provinciais, opinião pública e a alguns estudantes, de estar a trabalhar melhor e para o bem da referida instituição, quando no fundo é apenas uma finta para resgatar mais um mandato.

Na sua era, continuaram os entrevistados, a universidade Kimpa Vita banhou-se de desvios de fundos, nepotismo, bajulação, difamação e corrupção, actos estes maléficos protagonizados pelo próprio reitor, João Francisco de Sousa Gaspar da Silva, como na nomeação a cargos de chefia e de direcção, na reitoria, bem como nas Unidades Orgânicas, entre outros, os seus filhos, netos, amigos, cunhados, sobrinhos, sogros, afilhados, bisnetos e genros, num total de 38 elementos, dos quais nove casais.

Destes 38 elementos pertencentes a João da Silva, explicaram os entrevistados, auferem salários avultados, sendo todos fazerem parte do quadro administrativo, porque não possuem nível académico por lei orientado, ou seja, por terem certificados falsos de ensino médio, apenas, que muito deles antes de serem indicados pelos actuais cargos que exercem, eram vendedores de roulottes e de casas de bebidas, numa altura em que a Universidade Kimpa Vita carece de professores, o que não seria necessário enquadrar 38 elementos administrativos, entre estes nenhum professor.

“Nota-se uma perseguição dos professores com diplomas vindos da República Democrática do Congo (RDC), que João da Silva leva acabo desde a sua chegada no cadeirão da reitoria da Kimpa Vita, pois, tão logo chegou começou com acções cruéis que visam comprometer a originalidade dos diplomas destes docentes, mesmo eles fazendo parte do quadro efectivo e ao mesmo tempo serem os pilares fundamentais da existência da Kimpa Vita, como instituição de ensino superior que hoje é”, argumentaram.

Estes docentes que ele vai marginalizando, que não se esqueça, João da Silva, que os mesmo professores que hoje ele considera de terem diplomas falsos chegaram de elaborar um dos melhores modelos que serviu para as demais universidade de Angola, este projectos de curso a nível nacional participaram representantes de todas as universidades públicas de Angola, bem como de instituições do ensino universitário privado do país, onde a proposta do Kimpa Vita mereceu destaque e de despacho com letras garrafais do então presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos.

Para isso, se fossem professores banais, como ele pensa, estes docentes não seriam capazes de elaborarem um projecto tão ambicioso e que convenceu o país, em geral. Só não quer perceber as manobras de João da Silva quem não quer, elucidaram outros entrevistados, “como pode ele se dar ao luxo de expulsar os professores sem antes apresentar uma prova proveniente do INARESS ou do próprio Ministério do Ensino Superior. Como pode ele no mês de Outubro do ano transacto ter convencido a Procuradoria-Geral da República no Uíge e, este órgão de justiça por sua vez convocar os professores e encaminhá-los no mesmo instante para comarca, onde 24 horas depois foram soltos? Como pode isso se explicar?

Como atestou, por causa das brincadeiras de João da Silva desde a sua chegada na Kimpa Vita, a instituição vai perdendo aos poucos a sua pujança como tinha na anterior direcção, com isso, o número de aluno baixou e instalou-se um clima de incerteza, uns tidos como filhos e outros como enteados, deixando com isso os alunos pensarem duas ou três vezes antes de estudar na Universidade, colocando assim o nome da instituição pública em maus lençóis, quer a nível das duas províncias, quer a do próprio ministério de tutela.

Entretanto, a Universidade Kimpa Vita é constituída por quatro unidades orgânicas, nomeadamente, Faculdade de Direito, Faculdade de Economia, Escola Superior Politécnica do Uíge e Escola Superior Politécnica do Kuanza Norte.

 

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