Jeremias Kaboco|Jornalista
Uíge, 30/01 (Wizi-Kongo) – Cansada de esperar há anos pelas promessas do governo provincial e local, quiçá central, na construção e reabilitação de pontes e pontecos na circunscrição de Alto-Cauale, a população local, concretamente, da aldeia 11 de Novembro e do sector do Kizauca/Kauca, entraram em acção com catanas, machados, enxadas e outros instrumentos de trabalho, cortaram árvores e que algumas foram transformadas em tábuas, levaram aos rios e construíram duas pontes.
Para essa iniciativa, o pontapé de saída, aconteceu nos finais do ano transacto/2024, foi alvo o rio Dange, na localidade 11 de Novembro, para facilitar a livre circulação de pessoas e bens, na picada defeituosa que liga a sede da vila/aldeia, vice-versa, soube hoje, quinta-feira, esse portal (Wizi-Kongo), tendo a fonte adiantado que, os trabalhos só teveram êxitos com a participação de toda comunidade, principalmente, os jovens (ver imagens abaixo)

Inspirados na comunidade 11 de Novembro, esse mês (01/2025), os habitantes do sector Kizauca/Kauca, outra circunscrição de Alto-Cauale, localizada do perímetro da estrada gritante (possuída de capim, troncos e buracos) que liga os municípios de Alto-Cauale/Negage, vice-versa, passando pela comuna do Dimuka, localidade de Negage, remendiou as partes da metade da ponte do rio Lulovo.
Destruída no tempo da guerra civil, que envolveu as forças ao serviço da UNITA e do MPLA, vice-versa, ainda conversa alguns pilares e base da mesma, e, um jeito foi encontrado pelos moradores da zona, que culminou em colocar tábuas e troncos para ajustar a passagem de carros e pessoas, bem como outros meios de locomoção.
Caso um dia seja asfaltada essa estrada, de Negage/Kangola ou de Kangola/Negage, as viagens ficariam resumidas em 30 minutos, pois que, já não se passaria na sede do município do Púri, muito menos na comuna da Alfândega (Sanza Pombo), nem na comuna do Caiongo(Alto-Cauale), ou seja, poupariam-se às aproximadamente duas/três horas actuais, de Negage/Kangola, vice-versa.
Tal como no 11 de Novembro, neste sector a efectivação dos trabalhos da reconstrução arcaica da ponte, igualmente, contou com a força de toda comunidade, onde os jovens, obviamente, em maioria, tiveram destaque. Entretanto , quer noutra e uma localidade, os ouvidos deste portal, deixaram claro que, as tábuas usadas poderão não durar por muito tempo, tendo em conta o peso de meios que vão passando nas mesmas.
Outrossim, alegam que, não seria um mal se as autoridades que governam o município lovassem estes gestos e, quiçá, os gratificar em recompensa dos esforços demonstrados nessas empreitadas, que, de certo modo, enquanto durarem as tábuas e troncos aí calçados, facilitará a livre circulação de pessoas e bens.
Para as duas pontes, isto é , do Dange e Lulovo, contabilizou-se aproximadamente 60 tábuas, o que demonstra um real compromisso e amor na contribuição dos esforços que têm sido feitos pelo governo angolano na melhoria de condições de vida da população, em particular do Uíge/Alto-Cauale.
