Liderança aponta para Huambo e dissidentes rumam a Luanda
Em duas conferências de imprensa simultâneas realizadas na segunda-feira, 11, em Luanda, o porta-voz do presidente do partido Lucas Ngonda anunciou a realização doII Congresso Extraordináriode25 a 28 de Junho, na província do Huambo.
Por sua vez, o chamado grupo dos “50%+23 membros do Comité Central” escolheram a cidade de Luanda para se encontrarem de 19 a 21 deste mês.
O porta-voz da FNLA, Jerónimo Makana, assegurou que o congresso não será electivo, mas apenas pretende analisar e reflectir sobre vários assuntos relacionados ao próprio partido, que admitiu estar a sofrer “um grande declínio”.
Sabe-se que durante o conclave Lucas Ngonda pretende reduzir o número dos membros do Comité Central por alegadas razões financeiras e por “indisciplina de alguns membros”
Do lado oposto, Laíz Eduardo, em representação do grupo, disse à VOA que o facto de o Tribunal Constitucional (TC) ter chumbado a providência cautelar intentada por Lucas Ngonda, que pretendia inviabilizar o congresso dos “50%+23”, confere o mandato a este grupo para se reunir de 19 a 21 de Junho em Luanda.
Aquele político acusou o líder da FNLA de pretender fazer do partido “um projecto pessoal”.
Lais Eduardo assegurou que os estatutos do partido permitem a este grupo de membros, expulsos por Lucas Ngonda, convocar um congresso “caso a situação assim o exija”.
A crise de liderança na FNLA remonta ao ano de 2009, dois depois da morte do seu presidente-fundador, Holden Roberto.
Via Voanews
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