Por Valter Gomes
As autoridades sanitárias da província do Uíge criaram nos municípios de Milunga, Quimbele, Maquela do Zombo e Bembe, regiões fronteiriças com a República Democrática do Congo (RDC), equipas médicas de resposta rápida, para detectar os casos suspeitos de varíola dos macacos, doença que assola alguns países vizinhos.
A chefe do Departamento Provincial do Uíge de Saúde Pública informou que as equipas estão instaladas nos postos fronteiriços com maior fluxo de pessoas. As equipas, avançou, estão a ser auxiliadas por agentes da Polícia de Guarda Fronteira, autoridades tradicionais e religiosas.
Lindeza Chaves assegurou, no entanto, que não há, até ao momento, o registo de casos suspeitos de varíola dos macacos na província, lembrando que as acções de sensibilização prosseguem junto das comunidades, mercados e templos religiosos, no sentido de passar informações sobre as formas de prevenir a doença e como proceder, em caso de contrair a mesma.
“Activamos a vigilância epidemiológica, criamos as equipas de resposta rápida tal como trabalhamos no tempo da Covid-19. Estamos em estreita colaboração com as administrações municipais e as direcções da Saúde, para estarmos todos engajados nas acções que visam impedir a penetração do vírus da varíola dos macacos no território do Uíge”, disse. A médica lembrou, ainda, que a varíola dos macacos é uma doença causada pelo vírus monkeypox. “É transmitida de animal para os humanos, por contacto directo ou indirecto com o sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de humanos e animais infectados”.
O período de incubação, esclareceu, pode variar entre 5 e 21 dias, para que a doença se manifeste, apresentando, entre outros sintomas, febres, dores de cabeça, musculares, arrepios, inflamação dos gânglios e erupções cutâneas.
A chefe do Departamento Provincial da Saúde Pública do Uíge destacou algumas medidas de prevenção, como evitar o contacto com pessoas infectadas, lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou desinfectá-las com álcool gel. Em caso de sintomas ou contaminação, alertou, a pessoa deve dirigir-se à unidade de saúde mais próxima, evitar tocar nas feridas, boca ou nos olhos para reduzir o risco de outras infecções.
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