DE CIDADE MAIS LIMPA DE ANGOLA EM 2018,UÍGE, AGORA SOLTA CHEIRO NAUSEABUNDO

Alfredo Dikwiza/Jornalista

Uíge, 28/06 (Wizi-Kongo) – Em 2018, a cidade do Uíge foi distinguida como a mais limpa de Angola, através de um concurso promovido pelo Ministério do Ambiente, visando a incentivar a limpeza e a preservação do meio ambiente nas cidades do país, mas os tempos mudaram, as empresas e as pessoas também que estavam na gestão da província em 2018, mudaram, agora, Uíge, solta cheiro nauseabundo a todo lado da cidade por conta do lixo assustador acumulado nas ruas e bairros periféricos.

Na gestão do velho Mpinda Simão como governador do Uíge/2018 e como administrador municipal do Uíge, Emílio de Castro/2018, embora tenham, igualmente, passado por um período menos bom em questões do lixo na cidade, mas foram eles os responsáveis que elevaram o nome do Uíge como a cidade mais limpa do país, por conta da posição tomada em envolver iniciativas de gestão de resíduos e pela mobilização da comunidade em torno da limpeza urbana.

Hoje, sob gestão de José Carvalho da Rocha e José Raimundo Teca, o primeiro como governador provincial do Uíge e o segundo como administrador municipal do Uíge, não estão a conseguir cuidar da higiene da cidade do Uíge, numa altura em que a cota financeira actual atribuída a cidade do Uíge, é tão superior em relação a de 2018 (de acordo os dados obtidos pelo Wizi-Kongo), pelo que, tal como aconselhou hoje, sábado nesta cidade, Manuel Artur, que, a dupla de (José), olhem aos arquivos ou conversassem com os gestores de 2018 (Mpinda Simão/Emílio de Castro) para obterem a fórmula de como se cuida uma cidade.

Por enquanto, a cidade caminha a sua sorte, é a imagem que aparece aos olhos dos citadinos sobre o lixo espalhado à toda parte das ruas da urbe, causando sérios problemas de saúde pública e higiene, face a incapacidade em dar uma resposta adequada na recolhe deste resíduo, resultando em amontoados assustadores, que, em alguns casos, acabam por apoderar-se boa parte das ruas, além dos riscos eminentes de proliferação de doenças e cheiros nauseabundos.

No dia 16/06, o portal Wizi-Kongo, fez um ronda em volta da cidade e, constatou, que, poucos são os contentores existentes a nível da cidade do Uíge capazes de conservar o lixo, este é um outro problema, então, como solução, a população é obrigada a jogar o resíduo ao chão, em alguns locais o lixo não é recolhido há semanas/mês, a exemplo, na descaída para o rio Kandombe, depois da paragem de Mukaba.

Na rua que liga a rotunda do Songo/Aeroporto, vice-versa, concretamente, nas mediações do Thombe, o lixo quase engoliu toda a estrada naquele perímetro, obrigando os automobilistas e piões recorrerem a passadeira e, como se vê às imagens, igualmente, neste local, faz semanas que o resíduo não é recolhido, tal como testemunhou uma das vendedoras ai, Graça Mindele, “já não me lembro quando é que o lixo foi recolhido aqui”.

Defronte a longínqua obra da Mediateca do Uíge, até às 8hs, também registava-se um amontoado de lixo maior. Entretanto, do lixo, em lixo, o mesmo vê-se na entrada do Nguengue, Kabonda, antes da entrada do Paco, no desvio das ruas dos Bosses e da antiga unidade das FAA, isto é, no Paco, sem se esquecer do concentrado de resíduo no perímetro do bairro Novo/Kimakungo, praça do Candombe-Velho, Shoprit, Dunga e Mbemba Ngango.

“Quem é que está falhar, afinal de contas, as empresas encarregadas na recolha do lixo, a administração do Uíge ou o governo provincial do Uíge, porque, estamos a ver e a viver nos últimos meses em uma cidade suja e a cheirar muito mal, chegar até a esse ponto deixa muito a deseja quem nos governa”, questionou um dos munícipes, Raúl Hilário.

No coração da cidade, local onde sedeai o governo provincial e demais departamentos províncias de apoio às actividades do Estado, a pronta intervenção na recolha do lixo tem sido diferente, em relação as demais ruas e bairros fora do eixo da urbe do Uíge. Porém, apesar da atenção diferente que se dá na recolha do lixo no coração da cidade, ainda assim, não se deixa de ir ao encontro da história sobre “a manta curta”.