Por Moniz Francisco
Presidente do Santa Rita de Cássia diz que inquérito da Federação carece de dados
Doze dias após a tragédia no Estádio 4 de Janeiro no Uíge, que provocou a morte de de 28 pessoas, no jogo de estreia do Girabola “Zap” 2017, entre as equipas de Santa Rita de Cássia do Uíge e Recreativo do Libolo do Kwanza Sul, os familiares das vítimas clamam por justiça.
O presidente do clube do Uíge que o inquérito carece de dados.
Depois do incidente, o Chefe de Estado José Eduardo dos Santos pediu um inquérito para apurar as causas da tragédia que, segundo o Governo deixou apenas 17 mortos.
Maria Isabel, que perdeu um filho de 17 anos, e Paulo Mateus, que viu morrer dois irmãos de 14 e 18 anos, acusam a polícia de serem os presumíveis autores da tragédia.
“Eu não estive no campo, mas ouvi dizer pelas pessoas que estavam lá que a própria polícia é que utilizou um produto químico que matou, não caiu portão nenhum, batiam nas crianças, estavam a maltratar as pessoas”, denunciou Maria Isabel.
Mateus Paulo acrescentou que “até agora não dizem nada porque sabem que é a própria polícia que fez isso, por isso estão calados, nem água vem nem vai, porque as pessoas que morreram não são seus familiares” e pediu que se “faça justiça” à morte dos seus irmãos.
Nzolani Pedro, presidente do clube da Santa Rita de Cássia, do Uíge, disse à VOA que o “relatório da FAF também carece de alguns dados” pelo facto de a tragédia ocorrer fora do estádio”.
Por isso, Pedro Nzolonzi manifesta-se expectante quanto ao “relatório do inquérito que o Governo está realizar”.
Refira-se que em solidariedade com as famílias das vítimas, a CASA-CE pretende realizar uma manifestação em breve.
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