FESTIVAL DE RUMBA CONGOLESA PROVA IDENTIDADE ENTRE NACÕES

Lopele esteve em alta com uma incursão aos sons ancestrais © Fotografia por: Arsénio Bravo | Edições Novembro

Por Analtino Santos

Os dois dias de música e convívio na primeira edição do Festival de Rumba Congolesa, que encerrou nas primeiras horas de domingo, provaram a irmandade e identidade musical comum entre Angola e as vizinhas Repúblicas Democrática do Congo e do Congo.

A música “Rumba Identité”, designada o hino do festival, mostra os traços identitários que unem os países que originaram o estilo em Angola e nos Congos, bem como de outros povos do Reino do Kongo.

O evento arrancou sexta-feira, no espaço Juamor, reunindo cidadãos nacionais e dos dois países vizinhos. O lingala e o francês superaram o português e o kikongo nas músicas e nas conversas, mas unificaram todos ao ritmo da Rumba Congolesa e no entendimento da libangá, a exaltação de pessoas notáveis no concerto que retribuem com dinheiro aos músicos.

Na última noite, o músico Eyong Nkumu interpretou “Suco de amor” e “Liboke ya Bolingo”. Guillaume Biomba brindou com “Fetiche” e a cantora Cuisse de Poulet em “Mwana África” foi das mais aplaudidas pela assistência.

Fonde Mbonda, um dos artistas mais populares do  elenco, encerrou o evento. Mignon Thaila, Trezeguet do Sweeg, Dévorant, Fonde Mbonda, Ya Tata, Olicada e Giannelli Mbemba, artistas acompanhados pela Banda Herança, foram os responsáveis da animação ao ritmo da “Music nangay”,  “A nossa música”.

No primeiro dia subiram ao palco Júnior Wenge, Bolase, Abouldan, Julesbo, Vuise de Poulet, Lopele Mbonda, Júnior Fila e Double CD ” Fantomas”. Os organizadores consideram positiva a primeira edição e pretendem lançar o festival em outros pontos de Luanda.

No futuro, segundo a organização, é internacionalizar e transformar o festival com outras actividades culturais. O Festival de Rumba é uma iniciativa do músico Double CD “Fantomas” em parceria com o promotor Blaise Kaba e Júnior Amorim, da Juamor.

A UNESCO, Agência das Nações Unidas para a Cultura, Educação e Ciências, elevou, no dia 14 de Dezembro de 2012, a Rumba Congolesa à lista do património imaterial da humanidade. Um dos nomes vivos mais representativos deste estilo é o angolano Sam Mangwana.

Manuel de Oliveira, do Conjunto São Salvador, entre outros cidadãos provenientes de Angola, participaram na fase embrionária da Rumba Congolesa, que consagra artistas como Kabasele, Franco, Rocheraux,  Papa Noel, Papá Wemba, Koffi Olomidé, Reddy Amisi e muitos que inspiraram Fally Ipupa, Ferry Gola, Heritier e outros da nova vaga da música congolesa.

Via JA

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