
Redação| Wizi-Kongo
Uíge, 04/03 (Wizi-Kongo ) – Um desenho de meio corpo em tamanho maior retratando a imagem do fundador do “galo negro”, Jonas Savimbi (morto/2002), que foi estampada na sede do comitê municipal deste partido no Púri, gerou ciúmes e preocupação por parte do MPLA, que, de seguida, não se conteve e convocou as pressas os membros da UNITA obrigando-os a remoção daquela imagem, atitude essa que soou mal no seio dos “maninhos” e uma troca de mimos entre os dois maiores partidos de Angola se instalou.
Ocorrido nos finais de Fevereiro último do ano em curso, depois que a UNITA respondeu o chamado para reunião, estando nela, isto é, na administração municipal do Púri, surpreendente os membros do MPLA, pediram a UNITA que apague aquela imagem do seu líder fundador por os estar a incomodar, outrossim , alegou-se também que o imóvel onde funciona o secretariado da UNITA naquela circunstância, nunca foi atribuída oficialmente aos “maninhos”, na resposta, a UNITA disse “não” e justificou a imagem encontra-se na sua sede sem violar espaço de outrém e, foi o fim da reunião com “caras trancadas uns dos outros”.
Lembra-se que, Jonas Savimbi é o fundador do partido UNITA e, em 2002 morreu em combate no leste do país , concretamente, na província do México, colocando fim de um conflito interno que Angola enfrentava há anos, dando lugar a paz que foi assinada em Abril do mesmo ano. Entretanto, Jonas Savimbi, figura entre os três emblemáticos nacionalista (António Agostinho Neto/MPLA) e “Holden Roberto/FNLA), que lutavam a frente dos seus partidos contra o colonialismo português para o alcance da independência de Angola, que viria acontecer há 11/11/1975, em Luanda, por via do MPLA.
Em particular, os uigenses residentes a nível da região e no geral os angolanos ao se aperceberem do ocorrido no município do Púri, mostraram-se indignados e repudiaram tal comportamento dos membros do partido no poder, que, segundo eles, ouvidos pelo Wizi-Kongo, hoje, terça-feira, aconselharam os dois partidos evitarem-se nas provocações que são recorrentes naquele município, uma vez que, em 2018, houve uma “rixa” entre ambos que resultou em vários feridos.
“Não se pode minimizar esse tipo de comportamentos, ninguém quer mais o retorno da guerra neste país, porque os angolanos estão condenados a viverem em paz, unidos e comprometidos para o desenvolvimento do país é, por outro lado, os políticos saberem viver na diferença, do respeito aos símbolos alheios e não só”, advertiu Osvaldo Pedro, habitante do Uíge, tendo na mesma linhagem, Wilson Eduardo, outro habitante do Uíge, reprovado a todos os níveis aquele comportamento, considerando-o de vergonhoso.
Em 2018, um ano depois das eleições de 2017, os militantes da Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola (JMPLA), braço
direito do partido no poder (MPLA), foram contra o seu principal opositor da oposição (UNITA), em provocações que culminaram em forte ”rixa” naquele município do Púri, que dista a 88 quilómetros a norte da sede da cidade do Uíge.
Naquele dia, sem serem convidados na festa, os militantes da JMPLA, dirigiram-se no espaço escolhido pela UNITA onde estava a decorrer o acto de Massas alusivo ao 46ª aniversário da Liga da Mulher Angolana (LIMA) e começou a realizar uma campanha de limpeza e embelezamento improvisado, como varrer o local, limpar e queimar o lixo, facto que irritou os elementos do “Galo Negro”, que, em seguida, ao tentarem repreende-los os homens dos “camaradas”, proferiram palavras ofensivas que não caíram nada bem a UNITA.
Com isso, a UNITA não se fez de rogado e começou uma forte discussão, que, a posterior culminou em empurrões e depois começaram as rixas com catanas, enxadas, pás e outros instrumentos de trabalho, deixando a vila do Púri em pânico durante 25 minutos.
Só não houve mortes naquela briga, valendo a intervenção urgente da Polícia Nacional (PN) afectos ao comando municipal do Púri, que com todos os mecanismos conseguiu afastar os militantes da JMPLA e deixar os da UNITA no local da actividade e, sete anos depois, os dois envolventes, voltarão a estar no centro da atenções pelas piores razões.
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