MEDIATECA DO UÍGE CONSUMIDA NA INCERTEZA HÁ ONZE ANOS 

Uíge, 03/03 (Wizi-Kongo) – Há onze (11) anos, que foram completados no mês transacto, a conclusão da tão sonhada mediateca do Uíge, tal como aconteceu em outras paragens do país, nesta província, não teve a mesma realidade, simplesmente, até ao momento foi consumida pela incerteza, pois de 2014/2025, o anda pára, é a tônica dominante e, mesmo assim, encontra-se muito aquém de ser colocada a disposição da população local, principalmente, os académicos.

Ganha é a província, caso fosse já concluída, por tratar-se de uma instituição de fins científicos que congregam um conjunto de condições propícias para o campo académico e não só, infelizmente, o abandono da mesma acaba sendo mais visível, que os sinais para a sua utilização, atirou, hoje, segunda-feira, ao Wizi-Kongo, Manuel Kiala, funcionário público, tendo na ocasião, mostrar a sua insatisfação pelo governo local, actualmente liderado por José Carvalho da Rocha, que demonstra pouco ou nada fazer na conclusão das obras.

Localizada na rua do Café, no bairro Kakuiaia, na entrada da referida mediateca, há anos o seu espaço foi aproveitado como um depósito de lixo, cuja autorização é da administração municipal do Uíge, deixando um sinal claro para todos, que, a obra que tinha com prazo de conclusão em Abril de 2015, depois de um período de 14 meses de construção, não passou apenas de uma ilusão vendida aos cidadãos locais.

Este portal (Wizi-Kongo) evidenciou alguns esforços para juntos das instâncias superiores obter alguns detalhes sobre o abandono da mediateca local, mas não obteve êxito. Entretanto, o lançamento da primeira pedra foi na era do antigo governador do Uíge, Paulo Pombolo, actual secretário-geral do MPLA, de seguida, foi substituído pelo ex ministro da educação, Mpinda Simão, que deu lugar ao malogrado Sérgio Luther Rescova e, este, depois da sua morte, substituído por José Carvalho da Rocha para essa região, porém, no conjunto dos quatro governantes, quer um, quer outro, ninguém conseguiu testemunhar o corte da fita deste ambicioso projecto.

No dia 03/02/2014, no tempo do antigo presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, dava-se o pontapé de saída para o lançamento da primeira pedra da mediateca do Uíge, estiveram presentes Paulo Pombolo, o ex- Secretário para Assuntos Sociais da Presidência da República, Francisco Simão Helena e o Secretário de Estado para as Tecnologias de Informação e Comunicação, Pedro Sebastião Teta e, no mesmo dia, foi tornado público que as obras teriam uma duração de 14 meses, correspondentes há um ano e dois meses, mas, de 2014 até ao presente ano/2025, não se concretizou as promessas dadas. Assim, os donos da instituição (habitantes do Uíge) não param de solicitar explicações e, quiçá verem a conclusão da mesma.

Acredita-se que os valores saído do erário público para essa empreitada da mediateca do Uíge já foram gastos por pessoas gananciosas, porque é inconcebível aceitar que, em outras províncias, apenas para citar duas, Bié e Luanda, foram concluídas nos prazos estabelecidos e colocadas à disposição da população, mas no Uíge, não e, pior de tudo, nunca foi dada um esclarecimento plausível sobre a morosidade que até é visível a olho nú, não querendo acreditar, quem não queira “, renunciou Faustino Miguel, habitante do Uíge.

Em Angola, as mediatecas é uma rede de infraestruturas que refere-se a um centro que abriga, organiza, classifica e disponibiliza aos meios de visualização e consulta. Entretanto, o seu objectivo é incentivar e massificar o uso dos meios informáticos pela população, como meio de pesquisa e fonte de conhecimento.

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