MUNÍCIPES DO BUNGO CONSOMEM ÁGUA IMPRÓPRIA

Alfredo Dikwiza|Jornalista 

Uíge, 01/05 (Wizi-Kongo )- Os munícipes do Bungo, 78 quilómetros a norte da cidade do Uíge, consomem água imprópria recolhida em várias nascente em volta da sede da vila, por conta da inexistência de um sistema de tratamento e distribuição do precioso líquido.

Quase todas as nascentes de onde a população busca a água, têm a ligação direita com a sede do município e bairros arredores do Bungo, fazendo com que, quando as chuvas abatem, abaixo atinge o lençol de água, acima levam toda sujidade para esses locais de onde os moradores sem outras alternativas, vão recolher a água para todos os efeitos, para isso, no hospital municipal local, as dores de barriga, febre tifóide e diarreias são as principais doenças que nela dão entrada.

Um improviso por parte da administração local há tempos foi dado a esses locais com a construção de tanques de água acima dos lençóis de água, concretamente, no curso desses rios, os quais chamam de “represas de água” parecendo um gesto louvável que custou fundos do erário público, mas que na prática em nada abona a melhoria da situação daquele precioso líquido, começou por dizer ao Wizi-Kongo, um dos funcionários públicos local (preferindo anonimato).

Na sede do Bungo , existem dois tanques aéreos de água deixados pelo colono português, que naquele tempo serviam de armazenamento do precioso líquido depois de captado numa das nascente de água localizado por detrás do antigo matadouro, isto é, no bairro 4 de Fevereiro, arredores da sede da vila e, posteriormente, distribuía a água para os munícipes, mas nos dias de hoje, aquele sistema de captação já se encontra obsoleto.

De 2002/2025, nestes 23 anos de paz, apenas em 2006 o município do Bungo tentou dar sinais com implementação de um programa de sistema de água, por via da empresa JBP, que teria construído aproximadamente 10 tanques subterrâneo, com igual número de chafariz, contando no seu abastecimento com camião cisterna da administração local, mas também que em nada deu, dado ao submisso tempo depois do referido camião cisterna, pois que, o projecto não era sustento na construção de um sistema de captação de água.

Dois rios, Diu e Longe, aproximadamente, 2 e 5 quilómetros de distância à sede da vila, oferecem condições ideias para um deles, principalmente, o Longe, albergar nem que for uma mini-hídrica, mas aquém nota-se estar para materialização e, quando a isso, a água impróprio é transformada em própria para os habitantes locais, cujo ponto sobre estado de consumo de água dos bunguenses deve estar anotado na agenda do actual administrador municipal, Salambiacu Manuel Kubanza.

Ele, nos meados do mês de Abril/2025, em companhia da sua staff da aludida administração, deixou o gabinete e em visita de campo, olhou de perto as represas, que são tidas como responsáveis pelo fornecimento de água aos bairros periféricos da vila do Bungo, certamente, pelo que viu no terreno é preocupante, pelo que, o município agora encontra-se sob sua gestão e, tanto que, há tempo a população do Bungo aguarda por um projecto real que forneça água ideal para consumo.

Enquanto visitava esses locais, teve tempo de falar com um entre outro munícipe para umas considerações básicas, mas no final, aproveitou a ocasião para apelar a população no sentindo de manter a limpeza nos locais onde têm retirado a água, no sentido de se evitar a cólera, que já fez vítimas mortais em algumas províncias do país, mas que na verdade, por mais que se faça limpeza por cima e o lençol de água estiver contaminado, na mesma aquelas famílias continuarão ser contamidas por várias doenças devido a água imprópria que consomem.

O município do Bungo possui 61 aldeias e 12 regedorias e faz fronteira com municípios como Púri, Negage, Uíge, Mucaba e Nsosso, respectivamente.

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