Por António Capitão
O Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Florestas do Uíge preparou, este ano, 879 mil hectares, para serem cultivados com diversas culturas, durante a presente campanha agrícola, disse, sexta-feira, naquela província, o director provincial, Eduardo Gomes.
Ao discursar na sessão de abertura da Campanha Provincial da Agricultura, Eduardo Gomes, indicou que, no âmbito do Programa Local de Apoio à Agricultura Familiar (PLAAF), estão a ser cultivados mais 4.800 hectares, uma razão de 300, para cada agricultor, dos 16 municípios que compõem a província do Uíge.
De acordo com o diretor do Gabinete Provincial da Agricultura, Pecuária e Florestas, para potenciar a atividade agrícola no Seio dos Camponeses, a província do Uíge beneficiou o Ministério da Agricultura e Florestas sementes de milho, feijão, arroz, massango, massambala e fertilizantes que vão serão distribuídos aos produtores, nos próximos tempos.
Segundo Eduardo Gomes, a par de sentimentos, a província do Uíge recebeu também instrumentos de trabalho que o Governo local disponibilizou aos camponeses.
Pré-teste das sementes
O agrónomo Domingos dos Santos alerta aos camponeses para que façam um pré-teste das sementes que adquirem em vários mercados informais, antes de serem lançadas para a terra, sobretudo, aquelas adquiridas em mercados informais, para se aferirem a capacidade e qualidade de germinação.
“Quando se começa uma época agrícola, uma das grandes questões que nos debatemos no campo tem a ver com a falta de sentimentos. Recorremos sempre ao mercado informal, onde o produto destinado ao consumo é usado também como semente”, disse.
A agricultora Celestina José da região da antiga Fazenda ”São Jorge” perspectiva um bom ano agrícola e está a preparar mais de cinco hectares de terra para semear e plantar produtos como ginguba milho mandioca e outras culturas sazonais” disse.
Com a enxada e catana às mãos, o agricultor Lucas Panzo se dirige ao território do município de Dange-Quitexe, concretamente na Fazenda ”Kabadi”, no bairro de Quitoque’ onde prevê cultivares produtos de curta e longa duração.
“Quero lançar à terra sementes de milho, mandioca, ginguba e banana. Vamos apostar em plantas para produzir abacate, safu, manga e citrinos. Quanto às sensações, vendemos o que achamos que é excedente, para obtermos aqueles produtos que não temos”, referiu.
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