PROCESSO ORGÂNICO DA OMA NO UÍGE SOB SUSPEITA DE MANIPULAÇÃO POLÍTICA 

Wizi Kongo|Redação 

Uíge, 04/12 (Wizi-Kongo) – O processo orgânico da Organização da Mulher Angolana (OMA) na província do Uíge, que opõe Teresa Canda e Maria Morança, está envolto em acusações de favorecimento e uso indevido de recursos partidários.  

Maria Morança, apontada como a candidata preferida de José Carvalho da Rocha, Gertrudes dos Santos Gastão e Virgílio Cordeiro, surge com o apoio declarado da direção do MPLA na província. Este alinhamento político levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade do processo e a igualdade de condições entre as concorrentes.

A questão central da denúncia gira em torno da viatura que transportou Maria Morança ao município de Buengas. Militantes e observadores questionam: de quem é o veículo utilizado?

Segundo relatos, Gertrudes dos Santos Gastão – conhecida como “rainha do anel” e segunda secretária do Comité Provincial do MPLA – teria dispensado a sua viatura pessoal para apoiar diretamente Maria Morança. O gesto é interpretado como sinal inequívoco de parcialidade e de utilização de meios pessoais e institucionais para beneficiar uma candidata específica.

O favorecimento explícito mina a confiança dos militantes na lisura do processo.

Teresa Canda, concorrente direta, enfrenta desvantagens logísticas e políticas.

A imagem da OMA como organização de mobilização feminina corre risco de ser associada a práticas de manipulação e falta de transparência.

O MPLA, ao apoiar abertamente uma candidata, expõe-se a críticas de instrumentalização partidária em processos internos que deveriam ser democráticos.

A assembleia de eleição para a representante máxima da OMA no Uíge está marcada para esta sexta-feira, 5 de Dezembro. O resultado será determinante para o futuro da organização na província, mas as denúncias já lançam uma sombra sobre a credibilidade do processo.

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