Empresário questiona critérios de atribuição de autocarros no Uíge.

Estaleiro de empresa de transportes fica situado numa zona que mais parece uma fazenda Fotografia: Mavitidi Mulaza | Edições Novembro | Uíge

António Segunda Amões, presidente do Conselho de Administração do grupo ASAS, considerou que o estado em que foram encontrados, numa fazenda, os autocarros na província do Uíje, denota  “incompetência, desonestidade e falta de asseio”, o que prejudica os esforços do Executivo na melhoria da mobilidade da população.

“O Uíge tem bons e competentes empresários e com condições de parquear os autocarros em locais apropriados, ou seja, em estaleiros, que permitem a devida manutenção e limpeza dos mesmos. O que vimos, com os autocarros em fazenda, são actos de incompetência e falta de asseio por parte dos beneficiários. É uma atitude de desonestidade da entidade responsável dos Transportes na província, que atribuiu os autocarros sem se certificar das condições operacionais dos contemplados”, apontou.

O empresário referiu que, em função das elevadas somas despendidas na aquisição dos autocarros, o Ministério dos Transportes, através da área de Inspecção, deveria de imediato efectuar um inquérito, para se apurar em que estado se encontram os meios distribuídos noutras províncias. “São meios que custaram elevadas somas ao Estado. Abandoná-los numa fazenda, cheia de capim, sujeitos a entrarem cobras, outros répteis e sapos, é motivo mais que suficiente para que a Inspecção do Ministério dos Transportes averigue as condições desses autocarros noutras províncias”, alertou.

O presidente do Grupo ASAS lamenta a “falta de coerência” por parte da directora provincial do Uíge dos Transportes e Telecomunicações, Domingas da Rocha, que procurou reduzir “à insignificância o trabalho da TPA”, que, na sua opinião, “cumpriu com o seu papel no esforço de ‘corrigir o que está bem e melhor o que está mal’,” sem a qual o país continuará com as práticas e procedimentos do passado.

Via JA

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