Director dos Recursos Humanos da Polícia Nacional no Uíge protegido de diversos crimes

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Uíge, 06/11 (Wizi-Kongo) – Gaspar Joaquim, que actualmente ostenta a patente de superintendente e Director dos Recursos Humanos do Comando provincial do Uíge, é acusado de envolver-se em práticas indecorosas aliadas ao abuso do poder, cujo órgão do Tribunal Militar da Região Norte protege o mesmo dos diversos crimes cometidos nos anos de 2015 e 2016.

Segundo uma fonte ligada a corporação que o Wizi-Kongo teve acesso hoje, terça-feira, nesta cidade, disse trata-se do primeiro-crime cometido por Gaspar Joaquim de ter disparado com uma pistola a um cidadão nacional de 29 anos, identificado como Joaquim Neves Ferraz, acto acontecido ás 9 horas do dia 13 de Maio de 2016, quando dirigia um veículo de marca Toyota Corola, tendo na ocasião Gaspar Joaquim o ter perseguido numa distância de aproximadamente dez quilómetros e até nas mediações do Nguengue onde ensacou a pistola que levava no cinturão e fez disparos.

Assim, o ex-director da Unidade de Trânsito da região, em seguida mandou descer o proprietário do carro, Joaquim Neves Ferraz e recebeu-lhe o veículo, que, durante um ano ficou privado dentro do espaço da Viação e Trânsito local, situada na rua dos Funcionários, no centro da cidade do Uíge.

Sentindo-se violado dos seus direitos, Joaquim Neves Ferraz deu entrada de uma queixa crime aos Serviços de Investigação Criminal SIC, tendo este órgão encaminhado a queixa para o Tribunal Militar da Região Norte, onde foi lavrado o processo nº 116/2016, que, dias depois o lesado foi chamado para prestar declarações, o que veio acontecer no dia 16 de Maio de 2016, dai para cá nunca mais lhe foi dada nenhuma informação, uma demostração claro do assunto estar engavetado.

Joaquim Neves Ferraz inconformado com o processo solicitou a secretária do referido Tribunal, onde mais tarde lhe foi informado que o seu processo encontrava-se desviado para uma área incerta, assim sendo, o procurador Militar mandou restaurar outro processo com a esperança de pouco tempo ver as coisas resolvidas, e deram outro nº de processo 140/PM/2016, mas que tal como o primeiro processo em nada resultou, ou seja, “nem água vem e nem água vai”.

Segundo a fonte, o juiz presidente do Tribunal Militar da Região Militar Norte, coronel Pinto Gonjo, chamou o lesado, Joaquim Neves Ferraz, e garantiu-lhe 1.500.000,00 (Um Milhão e Quinhentos Mil kwanzas) com objectivo de silenciar o caso, mas proposta esta que não foi aceite pelo lesado.

O segundo crime, terá sido praticado tempo antes, sendo que, enquanto desenrolava o processo anterior, Gaspar Joaquim já tinha sido acusado de outros crimes que seguiam trâmites legais. Passado um tempo, Gaspar Joaquim foi julgado e condenado a dois anos de pena suspensa pelo Tribunal Militar da Região Norte e dentro destes dois anos de pena suspensa, o oficial voltou a cometer outro crime, o de ter disparado Joaquim Neves Ferraz e recebendo-lhe a viatura. Wizi-Kongo tudo fez para manter contacto com o juiz presidente do Tribunal Militar da Região Norte, coronel Pinto Gonjo, mas não obteve sucessos.

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