Por Nicodemos Paulo
A acumulação de lixo e a morosidade da recolha estão a provocar, na cidade do Uíge, a proliferação de doenças, poluição do ar e desconforto devido ao cheiro nauseabundo, disse ao Jornal de Angola o engenheiro ambiental Mendes Lisboa.
O ambientalista sublinhou que, para se inverter o quadro, é preciso respeitar as regras e critérios básicos previstos na Política Nacional do Ambiente, que passam pela rapidez na recolha, reciclagem e reutilização de resíduos sólidos.
“Lamentavelmente aqui no Uíge é fácil perceber que não estão a ser observadas as medidas previstas pelo Ministério do Ambiente na gestão integral de resíduos. Se tivermos em conta os amontoados de lixo, papéis, vidros, plásticos, até mesmo substâncias tóxicas são atiradas em qualquer lugar. Coloca-se tudo no mesmo contentor e depois queimam, aumentando ainda mais os danos ambientais”, advertiu.
O ambientalista afirmou que grande parte do lixo urbano é papel e plástico, elementos facilmente recicláveis, o que tornaria simples o trabalho das empresas responsáveis pelo saneamento da cidade. “É necessário instruir a população para separar o lixo a partir de casa e colocá-lo em contentores específicos, para possibilitar a reciclagem ou a reutilização”.
O Uíge, de acordo com o ambientalista, precisa de um aterro sanitário,onde os resíduos deveriam ser depositados e tratados, obedecendo os critérios científicos e não incinerá-los a céu aberto, como se faz nos arredores da cidade.
Via J.A
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