POLÍCIA NA PROVÍNCIA DO UIGE REPRIME MANIFESTAÇÃO COM AMEAÇAS VERBAIS

Redação|Wizi-Kongo

Uíge, 19/04 (Wizi-Kongo) – A polícia na província do Uíge reprimiu uma manifestação que ocorreu na manhã deste sábado, 19 de abril de 2025. O protesto, que pretendia concentrar centenas de cidadãos, tinha como objetivo reivindicar melhores condições de vida e o respeito pelos direitos humanos e a exoneração imediata do governador da província do Uíge.

Os manifestantes que nos últimos dias expressam descontentamento com a situação econômica e social da região, exigindo melhorias em áreas como saneamento, saúde, educação e infraestruturas inacabadas e o índice elevado do desemprego.

As autoridades policiais intervieram rapidamente, e sem usar a força para dispersar a concentração dos organizadores que se verificava já no local da concentração. Segundo apurou o repórter do Wizi Kongo destacado para acompanhar o evento, indicam que não houve confrontos entre manifestantes e agentes da polícia, houve sim ameaças e intimidações obrigando os organizadores retirar-se do local.

Daniel Cordeiro , que falou em exclusivo a este portal, condena ação policial, afirmando que a repressão é uma violação dos direitos civis e uma tentativa de silenciar a voz da população.

Em meio à crescente tensão nas ruas da província do Uíge, surgem alegações de que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a mando do secretário do DIP, Virgílio Cordeiro João, teria preparado milícias armadas com instrumentos contundentes, supostamente com o objetivo de incriminar os manifestantes durante os protestos.

Testemunhas afirmam que grupos organizados, supostamente ligados ao MPLA, foram vistos nas proximidades das áreas de protesto, portando objetos que poderiam ser usados para agredir manifestantes.

Acredita-se que essa estratégia visa deslegitimar os protestos, colocando a responsabilidade da violência sobre os cidadãos que se manifestassem pacificamente.

Os organizadores dos protestos expressaram indignação, alegando que a criação de milícias é uma tática de intimidação e uma violação dos direitos humanos. Eles pedem à comunidade internacional que intervenha e monitore a situação.

Até agora, o partido no poder não se pronunciou sobre as acusações de envolvimento em atividades violentas ou de formação de milícias.

Essas alegações aprofundam a crise de confiança entre a população e o governo, exacerbando o clima de tensão e incerteza. A situação no Uíge é um reflexo das crescentes frustrações em todo o país, onde muitos cidadãos clamam por mudanças significativas e respeito pelos direitos fundamentais.

A província do Uíge tem sido palco de várias manifestações nos últimos meses, refletindo o crescente descontentamento da população com a governação do José Carvalho da Rocha que segundo fontes da polícia o mesmo encontra-se no exterior.

A repressão a esses atos levanta questões sobre a liberdade de expressão e o direito de protesto em Angola.

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