Morreu no fim da tarde de ontem, dia 09 de julho de 2024, CAMILO AFONSO, historiador, diplomata, docente universitário e homem da cultura. Como homem da cultura, foi delegado provincial da cultura no Cunene, adido cultural da embaixada de Angola em Portugal e director da casa cultural de Angola no Brasil, na cidade de Bahia. Doutorou-se na História, como historiador pesquisou sobre a importância da tradição oral em África e escreveu vários artigos relacionados com o tema, alguns foram publicados no Portal do Uíge e da Cultura Kongo, wizi-kongo.com em que foi um dos iniciadores e colaborador.
Teve uma longa carreira de professor que culminou como docente universitário na Universidade Jean Piaget em Viana. Iniciou com esta profissão na sua terra natal Damba, na escola primária da Missão Católica da Damba, nos meados dos anos 70 e jogou um papel importante na recepção de alunos regressados do ex-Zaire (hoje RDC) em que teve a missão de reciclá-los na língua portuguesa, muitos dos quais servem hoje o estado angolano.
Figura emblemática de Associação dos Naturais e amigos da Damba, ANADAMBA, em que foi um dos impulsionadores da sua reanimação. Presidiu o 1° Colóquio, sobre as origens da Damba em 2014.
Foi filho de aristocratas na Damba, cujo pai pertenceu o clã (ki) Zinga e filho do clã (kanda) Nkosi a Mbunga e irmão do soba-mor da Damba nos anos 40 e 50, do século passado. Nasceu no bairro Kinkosi, na sede da Damba do Uíge, aos 10 de maio de 1956, foi filho de Afonso Landa Saovinga e de Maria Lulemba.
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