Uíge – Quatrocentos 81 casos de esquistossomose e filariose linfática foram registados, durante o ano de 2022, na província do Uíge, mais 79 em relação ao ano anterior.
Do total de casos, 449 são de Esquistossomose e 32 de filariose linfática, informou à Angop, nesta segunda-feira, o supervisor provincial de controlo de doenças tropicais negligenciadas, Sousa Ernesto Canduanga.
O responsável, que falou a propósito do Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas, assinalado nesta segunda-feira, marcou os municípios do Uíge e Songo com maior registo de casos dessas doenças.
Sousa Ernesto Canduanga referiu que durante o ano de 2022 foram registados dois mil 50 casos de geohelmintíases, mais 20 em relação ao ano de 2021.
Para conter a tendência de aumento de casos de doenças tropicais negligenciadas na região, as autoridades sanitárias locais estão promovendo, desde o princípio deste mês, campanhas massivas de desparasitação em várias comunidades.
A lavagem das mãos, defecar em latrinas, tratar a água antes de ser consumida, entre outras medidas devem ser adotadas, a fim de evitar a transmissão dessas doenças.
Sobre as doenças
A Schistosomíase, também conhecida como bilharzíase, é uma doença parasitária infecciosa crônica, causada por qualquer um dos tipos de Schistosoma. Enquanto a filariose linfática , também parasitária, é causada por vermes e transmitida através da picada de insetos.
As doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou vetores protozoários, bactérias, vírus e fungos e são consideradas endémicas em populações de baixa renda.
São transmitidos quando a pessoa defeca ao ar livre, falta de acesso à água potável, lavagem das mãos, entre outras causas.
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