BUCO ZAU: O coração do Bairro “indígena” ou “Congolense”

BUCO ZAU: O coração do Bairro “indígena” ou “Congolense

(A projeção, profecias, escatologia e desafio de Simão Toco com Satanás)

Por: Paracleto Mumbela

10/02/2018

INTRODUÇÃO

Atemática que agora vêm sobre o seu conhecimento enquadra-se no âmbito da comemoração do centenário do nascimento do profeta Simão Toco (1918-2018), é o primeiro de uma coleção de 121, referentes aos «ASPECTOS PATRIMONIAL E ENIGMÁTICO DO TOCOISMO» e debruçar-se-á sobre o significado espiritual do Buco Zau que é o coração do bairro “indígena” ou “congolenses”, quiçá, do Tocoismo, por ser o local onde se prestou cultos à Deus e o seu filho Senhor Jesus Cristo nos anos (1957-1991).

É nosso dever neste artigo:

  1. Trazer a ribalta sobre inúmeros acontecimentos proféticos e espirituais que ocorrerão e que ocorrerão futuramente no Buco Zau/Luanda, segundo as profecias do profeta Simão Toco;

  2. Descrever a simbologia do Buco Zau/Luanda;

  3. Despertar a comunidade Tocoista e não só sobre a importância daquela Rua que hoje é tida de abandono por causa do egocentrismo do ser humano e das ciladas do diabo Satanás.

Registando-se a 24 de Fevereiro de 2018, o centenário do nascimento de Simão Toco (1918-2018) e 61 anos desde a denominação do local; é chegada a hora que os Tocoistas devem conhecer os vários significados e simbologia do local.

Ainda nesta localidade iremos reflectir a luta espiritual travada pelos Tocoistas “Ngunga-Ngele” e em particular o profeta Simão Toco contra o mundo e contra as paixões do mundo.

  1. A ORIGEM E SIGNIFICADO DAS EXPRESSÕES BUCO ZAU, “INDÍGENA” E “CONGOLENSE

    1. A etimologia da expressão Buco Zau (coração do Tocoismo)

Ainda continua ser uma enorme dificuldade e responsabilidade maior em assumir o compromisso de trazer a ribalta dados concernente a Rua Buco Zau, local reservado pelos Tocoistas para realização dos cultos e na tradução de alguns termos e frases de Kikongo para o português, (i) por serem palavras e frases muito difíceis porque na sua maioria, alguns nomes eram subtraídos nas montanhas, rios e soberanos2, (ii) por não constar no dicionário de Kikongo e a inexistência do glossário Tocoista3, mas com a nossa persistência temos a plena certeza de que traremos aos leitores a mínima ideia daquilo que é o tema em estudo.

      1. Buco ou Buku

A expressão Buco Zau é a designação atribuída pelo profeta Simão Toco aos 19 de Maio de 1957, local ou Rua existente no coração do bairro “indígena” ou “congolense”, o famoso local dos cultos dos Tocoistas. A palavra “Buco” é de origem Kikongo, na língua Fioti “mbuku” ou “buku”, que na língua portuguesa significa “centro”, “local” ou “lugar”. A mesma palavra transportando-a em Kikongo de Nsona Mbata (Kitandu), quer dizer “kitini”, “tini” ou “kitiemina”, que na tradução livre significa “metade”, “porção” ou “raios”. Já na língua Kikongo (universal) falado no norte de Angola, sobretudo, em Makela do Zombo, para Simão Toco (1973:1), Buco, quer dizer “mbuku” ou “nima” pode significar “metade” ou “porção” da escostas (atrás) do Bode com chifres curvados. Para Jean Cuvelier (1972:1), Buco ou “Mbuku” é a designação da tribo Mbukubatike. A tribo que faz fronteira com a regedoria de Mbanza Mpumbu nas subscrições da Regedoria de Mbanza Sadi e Kiluangu que significa “Ntu a mbanza”, ou seja, “cabeça da cidade”: Mbe vo Kongo dia Mbe, Mvila zau zankaka ezi. Até aqui, o desenrolar desta tribo presume ser uma formúla que apresenta uma invocação: Mbukubateke: … Ntu a mbanza…; Mbe vo kongo …; Mvila zau zankaka ezi…; todas as tribos com esta formula são verdadeiros linhagem de pastores, semeadores e lavradores. Porque tal entroncamento de palavras na ideologia dos Antandu (Nsona Mbata) significa homens bravadores de caminho (estrada) onde os filhos de Deus e sacerdotes passam. São os verdadeiros protectores da herança divina deixada pelos profetas ou (filhos dos Levitas). Teologicamente falando, Buco, Buku ou Mabuku, significa livros sagrados ou sagradas escrituras. Simão Lukoki (2018) e Mbala Daniel (2018).

      1. Zau ou Nzau

A palavra Zau é um termo em Kikongo, “Nzau” ou “Nzamba”, que na língua portuguesa significa elefante ou do plural “manzamba” (elefante maior ou muitos elefantes), ao passo que, “Lunzamba” é o seu diminuitivo e que significa pequeno elefante ou elefantezinho. Clanicamente (Luvila) falando, Lunzamba desenrola-se como uma pequena tribo que desmembrou-se de Manzamba, a grande tribo. Jean Cuvelier (1972:15). Nos estudos levados a cabo pela Edições Mumbeliano Tocoista (2015-2017), sobre a regedoria de Lunzamba4, dissemos que, apequena tribo é Namadungu, sendo, Nawembo a grande tribo e o casamento de ambos, resultou na tribo Namadungu Nanfutila Nawembo. Paracleto Mumbela (2015:38). No campo botânico e biológico. Os grandes kikongofonicos defende que Lunzamba é uma espécie de erva (capim) que se reproduz no verão, véspera da plantação e da colheita de jinguba, sendo verdadeiro alimento para os pássaros, mas também é utilizado pelas crianças e adultos como armadilha para a colheita de «Kyusu» um insecto comestível semelhante à mosca, pertencente a ordem díptera (salalé). Para Simão Lukoki (2013-2016), Lunzamba foi uma regedoria localizada no norte de Angola, hoje, Yanga dye Lunzamba, local que foi inundado por Deus, por ser o principal palco de reprodução de maldades bestiais e pecaminosa, a semelhança que houve com a Sodoma e Gomora na época de Noé.

      1. Indígena ou congolense

Na obra «A história do bairro “indígena” ou “congolense” e a sua importância para o Tocoismo 1950-1984», disse que a expressão “indígena” literalmente significa, “originário de determinado país, região ou localidade nativo sem esquecer perder a cultura a que pertencem”. Como substantivo é o nome pejorativo atribuído pelo indivíduo de difícil colonização – neste caso, e ousadamente falando, podemos a firmar que os Tocoistas no geral e em particular os bacongos foram povos mais difíceis da colonização que não deixaram a sua doutrina, hábitos e costumes para seguir o que lhes foi imposto pelo governo português. A passo que, o topónimo “congolense” provém do étimo “makongolens” o prefixo má, primitivamente uma das formas do plural nas línguas bantu, é comum nos nomes da zona norte de Angola (Uige, Zaire ou Mbanza Kongo e Cabinda) e a própria República Democrática do Congo, e, neste caso, “congolense” ou “makongolonses” é uma expressão aportuguesada, pluralidade dos nativos do Kongo é o nome atribuído ao bairro que albergou os Tocoistas oriundos na altura no Kongo Ex- Belga. Como os portugueses moldavam a pronúncia da toponímia dos vários Tocoistas oriundos do Kongo ex-Belga na altura e não só, eliminando algumas palavras, só que, não alteravam o significado do vocábulo, de Kongolenses passou-se para o “congolense” uma vez que se referia a Tocoistas oriundos do Kongo ex-Belga. Outra versão para a origem do nome refere que o mesmo deriva de A´kongo nome dado pelos portugueses aos seguidores do profeta Simão Toco que foram repatriados do Kongo ex- Belga a semelhança que houve em Léopoldville, quando foram lhes atribuído o nome de Nzambi a Mapapu (Deus de Asas), Nzambi a Lubondo, Os profetas, Nzambi a Makulungulu (Deus de descalço5), na altura caracterizada como nomes pejorativos. Jornal “A província de Angola”, edição Janeiro de 1951. Alberto Ndandu (1951:12), Vuaituma Sebastião (1984:5) e Pedro Mumbela (1984:12).

Até aqui, a partir dos acervos da igreja, dos depoimentos dos anciãos “Ngunga-Nguele” e dos trabalhos de campo efectuado – o discurso não difere, o bairro “indígena” actual “congolense” foi fundada, aos 16 de Fevereiro de 19506, pelos Tocoistas “Ngunga Ngele” repatriado do Congo ex- Belga7, composto pelos “12 mais velhos”, o primeiro grosso constituído pelos Tocoistas que deram entrada em Luanda, e fixado a residência no local que hoje esta construído o estádio Desportivo da cidadela, tido na altura como o principal centro de acolhimento dos Tocoistas expulsos do Kongo Ex- Belga, atrás do Colonato do vale do Loge e mais tarde a missão de Ntaya, tornando assim uns dos locais mais conhecidos dos patrimónios Tocoista; o mesmo ocupa uma área de aproximadamente 1,2 km2 (?), e nela foi construída três fileiras de blocos que corresponde a 34 blocos aproximadamente para 1.5008 Tocoistas na altura (1950-1957), antes e depois das deportações. Vuaituma Sebastião (1984:2 e 2017), Mbala Daniel (2017), Vumambu David (1988:12) e António Jorge da Silva Sebastião (1957:19). Actualmente de acordo com os dados de censo (2014), o bairro conta com mais de 21.122 habitantes Tocoistas e não Tocoistas, apesar de muitos terem tido abandonado o bairro por vários motivos.

O topônimo Buco Zau, neste caso, significa o “centro”, “local” ou “lugar” onde é cortejado o elefante pelos caçadores em porções ou metades. Para os Tocoistas, é o centro ou lugar escolhido para ministrar a palavra de Deus. Neste caso, Buco é o local ou espaço e Zau palavra de Deus que raiou nos corações dos homens. Paracleto Mumbela (2018:24). Buco Zau (em Kikongo: Mbuku Nzau) é o nome dado ao principal “Centro de cultos dos Tocoistas”, onde se realizavam os diversos cultos conhecidos de cultos Dominicais. É o primeiro local dos cultos visados pelos Tocoistas de 1957-1991 até ao desmembramento da igreja e a construção de diversos templos das distintas direcções10. Como se sabe é chamado de Buco Zau “local dos cultos”, sua principal característica é que o tabernáculo era na residência do profeta Simão Toco, devido a necessidades do povo que acabava de implantar a igreja em Luanda durante o êxodo do Congo ex-Belga até a entrada na terra prometida (Angola).

    1. A localização geográfica da Rua Buco Zau

A Rua do Buco Zau esta localizada no coração do bairro “indígena” ou “congolense” entre o bloco 1 a bloco 14 e o bloco 7 a bloco 8; limita-se ao norte pelo bairro da Terra Nova por intermédio da Rua Amizanga Lino; à Oeste o bairro Rangel por intermédio da Avenida Brasil; à Leste a estrada de Catete e ao Sul pelo município de Ingombota, por intermédio do bairro Vila Alice. De acordo com a história oral dos Tocoistas, é no marco desta Rua onde estava posicionada a árvore Nkondo ou imbondeiro local onde segundo os anciãos da igreja, Simão Toco vinha comer farinha museque em 1936-1937 no intervalo (recreio) enquanto aluno da missão Episcopal Metodista.

    1. Significado de Buco Zau (coração do bairro “indígena” ou “congolense”)

Após a sua projecção e construção pelo topógrafo e engenheiro Guilherme Guerra, adjuvado pelo Simão Mputu recebera de Simão Toco instruções através da carta datada aos 25 de Setembro de 1956, de como seria o marco da Rua Buco Zau, lembrando que foi naquele espaço onde possuía árvore de nome Nkondo (imbondeiro) onde vinha comer farinha museke (Ngo ngwenha) na altura da sua passagem como estudante da missão Episcopal de Luanda (1933-1937). (ver imagens fotográficas da época 1950-1984).

Sendo o local que era reservado para os cultos, ela tem o seguinte significado:

  1. Em 1957, este local que nos anos 1935-1937, já tinha sido projectado e planificado pelo profeta Simão Toco, ganha uma vivacidade espiritual, pois, os anciãos da igreja interpretando a mensagem profeta e escatológica de Simão Toco compreende que o mesmo serviria de cultos de adoração a Deus e permanecia temporária do corpo do profeta entre dia 1 a 7 de Janeiro de 1984, passa a sua sepultura para a missão de Ntaya a 10 de Janeiro de 1984;

  2. Local onde se registou a configuração dos corpos celestiais (anjos) para corpos humanos é o caso de Ntima, Luvuvamu, Mansongi e Nsambu, segundo dizem os anciãos;

  3. Faz parte da geografia da cidade santa que será erguida no norte de Angola;

  4. Local onde se ergueu o tabernáculo do Senhor que sérvio de ligação (raio) entre Deus e os filhos de Deus;

  5. Aterra que se implantou a árvore que serviu de raiz da igreja em Luanda;

  6. Local que presenciou o profeta Simão Toco a ser humilhado, quanto às prisões sofridas e a invasão da sua residência;

  7. É o local que possuí o famoso “Buraco” local onde travou o dialogo com Deus a quanto do saqueamento da sua residência.

    1. O “buraco” o motivo e o significado simbólico: A teofania

Buraco é o nome atribuído ao maior acontecimento misterioso ocorrido no bairro “indígena” ou “congolense” na Rua Buco Zau no bloco 07 durante 14 meses (1976-1977) da ausência do profeta Simão Toco, onde ninguém sabia do seu paradeiro, salvo o colégio apostólico 12 “mais velhos” que juntamente planificavam o que há advir, nesta ausência Mayamona elege o Mvuama Garcia para que lhe representasse nos cultos dominicais. O que fez do que agendou na sua presença ausente. Constituí mistério de domínio ancianica.

Duma forma resumida apraz-nos fazer uma pequena análise, uma vez que é de extrema importância para entendermos o mistério de Mayamona em relação a Deus. Pedro Mumbela deixou bem clara duas maneiras que o Mayamona conversava com o seu Deus: (i) a forma secreta. Aqui de forma secreta, podemos dizer que nem todos os encontros que o Toco teve com Deus chegou ao domínio pública, é só nós olharmos o encontro com Deus no rio Vululu na regedoria de Konzo11; o encontro com Deus na Ilha do Cabo – Luanda12; o encontro do Bembe em 194213; o encontro com Jesus no rio Kalina em Léopoldville em 1947; os encontros no vale do Loge14; o encontro com Deus e Jesus no Sul de Angola, etc na sua maioria foram encontros secretos; (ii) a forma pública: Aqui enquadramos o encontro de Catete15, cujo alarido se vê até em obras literárias.

Por isso, em nossa opinião o dilema de “buraco” enquadra-se na última teofania de Mayamona com Deus, onde recebe o poder de governar a Nova Jerusalém.

    1. A sacralidade e desacralidade

A par das pessoas cheias de espirito santo que a Rua do Buco Zau agrumelou nos cultos, estamos a falar do profeta Simão Toco e todos os Tocoistas no geral, a terra onde a mesma foi projectada, o tabernáculo e os cultos dominicais sacralizam a rua. A firmam o anciãos entrevistado que foi o local cujo à presença angelical se encarnaram na forma humana para proteger a igreja de Cristo.

A dessacralização da Rua Buco Zau em geral bairro “indígena” ou “congolense” é o resultado da divisão da igreja em distintas direções e do abandono dos locais dos cultos pelas mesmas. Este acto fez com que a Rua fosse invadida por não Tocoistas em consequências o estreitamento da mesma, hoje em dia tudo se pratica até a venda e o fabrico de bebidas alcoólicas, vulgo, caporrotos e kimbombo (bebidas de fabrico caseiro).

  1. PRINCIPAIS EVIDÊNCIAS SOBRE BUCO ZAU

As principais evidências sobre o bairro indígena ou congolense, e do marco do Buco Zau em particular datam desde 06.12.1928, altura que foi projectado para a sua construção e que se revelam ser um lugar reservado por Deus para colher os Tocoistas, no geral “indígenas” ou “congolenses”.

Daí em diante foi se registando outras evidências como podemos enumerar:

  1. A descida dos anjos naquela localidade tomando a forma humana, para auxiliar o profeta na missão profética;

  2. O local que fez a canalização (buraco) espiritual que se estendeu para todos os cantos do mundo;

  3. Buco Zau situa-se a escassos quilômetros da antiga Cacimba cito no antigo bairro indígena, denominado pelo profeta de Yanga dye Lunzamba, o fulcro da história do Tocoismo e do desenlace futuro da humanidade. Local onde se travou inúmeras lutas espirituais;

  4. Buco Zau encontra-se localizada próximo da estrada (estrada de Catete) que dá acesso a Catete, local onde Simão Toco encontrou-se com Deus;

  5. Palco de registo de varias prisões, maltratos e deportações dos filhos de Deus;

  6. Local onde foi registado o último culto da despedida do profeta Simão Toco a seu povo;

  7. É o local onde foi abatido o elefante (Nzamba) pelos caçadores;

  8. É o local onde foi exposto (velório) o Elefante (Simão Toco) abatido;

  9. A última evidência é espiritual: Se o Buco Zau é o local onde foi morto o Elefante (Simão Toko), logo a missão de Ntaya é o cemitério onde foi sepultado o mesmo Elefante.

    1. Sua relevância para o Tocoísmo.

Buco Zau reveste-se de grande importância para a Igreja de Cristo professada pelos Tocoístas e o Tocoísmo, por ser:

  1. O local de paragem temporária do povo eleito. Aí vamos encontrar os seguintes elementos do sistema simbólico do Buco Zau:

  • Os locais sagrados do Tocoísmo ligados ao lugar onde ele passou adolescência (Missão Episcopal);

  • A localidade da implantação da igreja de Cristo no coração de Angola;

  • É por causa do Buco Zau que o Tocoísmo e a Igreja de Cristo actualmente travam uma das mais terríveis e renhida batalha espiritual de grande proporção e com intervenção divina, cujas profecias foram reveladas no Buco Zau, sendo Luanda é onde surgiu o objecto de Abominação;

  1. O local onde se desenrola lutas espirituais há mais de 61 anos, pois, o espiritismo satânico recorre reiteradas vezes há inúmeros estratagemas, mas sem sucesso, a fim de destruir a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo ou impedir o inevitável progresso do Tocoísmo e o cumprimento da sua missão, que é o alcance do Reino de Cristo e a sua implantação no mundo nos finais dos tempos;

  1. O local, cujo, simbologia e sacralidade fazem parte do um riquíssimo Património Cultural do Tocoísmo.

Apesar de sermos um pouco exaustivo na abordagem deste artigo, pensamos termos trazido os principais aspectos que mergulham em torno do Buco Zau, não obstante não ser um trabalho acabado, encontrarmos dificuldades em uniformizar a periodização dos factos mais estruturantes ocorrido nesta localidade. Mas tudo que caracterizamos, são coisas que devem ser intendidas espiritualmente porque encerram uma analise antropológica e histórica; todo aquele que quiser criticar deve fazê-lo no campo cientifico e não na defesa da “teologia sistemática Tocoista” onde se enquadra a luta contra o Tocoismo verdadeiro.

Bem haja, o Buco Zau e o centenário do profeta Simão Toco.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ABRANCHES, Henriques, Sobre os Basolongo – Arqueologia da tradição oral, (1991), Fina petróleos de Angola

ÁLVARO, António Neves, O Tocoismo perante os desafios da globalização, (2013), Nova Esperança Tocoista, Luanda

CUVELIER, Jean, Nkutama a mvila za makanda, 4º édition, (1972), Diocèse de Matadi

MUMBELA, Paracleto, (2018), A história do bairro indígena ou congolense e a sua importância para o Tocoismo, 1ª Volume, Edições Mumbeliano Tocoista, Luanda

MUMBELA, Paracleto, (2015), A vida e a identidade espiritual de Simão Gonçalves Toco, Edições Mumbeliano Tocoista, Luanda

1 Estão em curso à elaboração os seguintes artigos: Centro do vale do Loge, Rua Mayengue, Rua 11 em Benguela, Rua I do Palanca.

2 O caso da comuna do Béu, o vale do Loge, o Kibokolo, Mbanza Mlaza, Mbanza Konzo, Mbanza Kiwembo, Kimbata e Makela, são nomes que advém dos nomes dos soberanos, rios e Clãs

3 Face a este trabalho que estamos a realizar é urgente começarmos com a compilação do glossário Tocoista

4 Consulte a broxura sobre Lunzamba, das Edições Mumbeliano Tocoista

5 Vuaituma Sebastião (1984:6) e Jornal de Angola “A província de Angola”, edição 1954. Para José Gonçalves (1967:678), o Tocoismo “é a designação pela qual se tornou conhecido entre os europeus e africanos de outras religiões, derivando do nome de seu profeta-revelador”. As outras designações segundo este autor são: Ebundu dia Mfumueto Yiso Klisto (Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo), Nzambi a M’papa (Deus Novo). Silva Cunha (1959:29) acresce mais os seguintes nomes: Ntongosa, Nkielo ou M´Banda, que significam “passar a noite sem dormir, a rezar e a cantar”. Na opinião deste autor, M’papa ou Mapapa significa “Deus Novo, espírito Novo; o que voa e indica que os adeptos da seita podem libertar-se da terra e voar”.

6 Para muitos anciãos, os Tocoistas deram entrada em Luanda aos 09 de Fevereiro de 1950, mais nós decidimos seguir a data que esta documentada. Pedro Mumbela (1975:12), Vuaituma Sebastião (1984:5) e Vumambu David (1971:21)

7 Vuaituma Sebastião, 1986:5

8 Na lista que nos foi fornecido pelo representante geral da INSJCM – Vumambu David, entre 1950-1952, deram entrada em Luanda 349 Tocoistas, já nos estudos efectuado pelo António Jorge da Silva Sebastião, comandante interino da PSP em 1957, totaliza 195 Tocoistas depois da maioria serem deportados para Sul Angola, sem contarmos com os falecidos. Percebe-se que o numero é muito reduzido com o colonato do vale do Loge, pelo que segundo António Ferrão (1957) e Albano Cunha (1959) podemos observar que o número Total dos Tocoistas no vale do Loge rondava a cima de 500 num total de 100 famílias.

9 Comandante, interino da PIDE-DGS – em Luanda

10 Vide o templo da Direcção dos anciaos e conselheiros, templo da Direcção dos 12 mais velhos e templo da Direcçao Central Universal.

11 A primeira manifestação de Deus oficialmente conhecida no Tocoísmo teve lugar no deserto de Konzo no rio chamado Vululu, aos 01 de Janeiro de 1926, nesta manifestação Deus revelou ao Diácono da Missão Baptista, Senhor Quiala Maurício Bonga, quem era o menino que levava para a Missão de Kibokolo, pois, quando a chuva começou a cair de forma torrencial nas imediações do rio Vululu, após terem orado, o Diácono ouviu uma voz vinda do céu do meio das nuvens que dizia: «Maurício, Maurício, Maurício, assim que levas esta criança, a partir de hoje e para sempre, já não apanharás sequer uma gota de água da chuva no teu corpo», abençoando-o por ter levado o menino Simão Toco. A promessa de Deus cumpriu-se neste Diácono até a data da sua morte, pois, desde aquele momento as águas da chuva deixaram de molhá-lo. Pedro Mumbela (1955:15); Santos Agostinho (1999).

  • Razão da manifestação de Deus no Konzo dia Vululu

      • Abençoar e purificar as terras do Zombo, já que os primeiros moradores de Lunzamba havia de pecar;

      • Consolar o Simão Toco visto que acabava por perder os seus pais em 1924-1925;

      • Prepara-lo para enfrentar os missionários visto que muitos deles viam com a missão de abafar o seu poder e ser ideologizado na doutrina da BMS assim como sucedeu com o Miguel Nekaka;

      • Trancafiar os poderes ocultos dos missionários e libertar espiritualmente os nativos de Kibokolo – porque naquela altura os missionários e outros oportunistas escondiam as almas das pessoas mortas no rio Lussenguele;

      • Para melhor saber líder com outras crianças da missão de Kibokolo;

      • Revelação aos homens de que SIMÃO TOCO é realmente o verdadeiro FILHO DE YAVE, ao lado de JESUS CRISTO;

      • A manifestação do Konzo dia Vululu, acontece para preparar o Simão Toco, espiritualmente de como deveria lidar com os missionários, que vinham com o interesse de ofuscar de todas as formas o propósito de Deus em África;

      • Cumprimento das profecias dos três pastorinhos anunciado há 09 anos em Fátima/Portugal pelos Videntes como sendo o CRISTO;

      • Como não bastasse era o comprimento das profecias do Profeta Simão Kimbangu, ao quanto do seu anuncio que no norte de Angola sairia outro Simão mais forte que Ele e que não seria degolado pelos homens.

12 Ao olhar atentamente na trajectória de Simão Toco, veremos que cada lugar que fosse transferido não faltou a intervenção directo de Deus. Assim que os Missionários o elegeram para prosseguir os seus estudos em Luanda, e aí regista-se em 1935 a segunda presença de Deus para o preparar de como deveria ser a sua estadia em Luanda. Em Luanda, Simão Toco esteve desaparecido na Missão Metodista durante uma semana, permanecendo na Ilha do Cabo (hoje ilha de Luanda), privado de alimentos e de tudo, o que causou um grande susto aos superiores da Missão. Quando foi achado no 8º dia, este responde de que “encontrava-me a conversar com o meu Pai (Deus) ”. Os factos aí desenrolados até a presente data ainda constituem matéria reservada, o mesmo esta conservada na arca divina dos Tocoistas.

  • A razão do seu encontro na Ilha do Cabo – Luanda

  • Seminarização espiritual de como poderia lidar com os missionários de Luanda;

  • Alistamento e a projecção da busca da bênção dos negros em Portugal, acto evidenciado em 1963 aquando da sua partida em Portugal, por isso que ele tivera dito que convinha que eu vá a Portugal só assim que tereis a paz que tanto procuram;

  • Este encontro culmina em Toco o mistério sobre o «dilema dos buracos», acontecimento que volta registar-se em Simão Toco em 1976/1977 quando desaparece das vistas de todos. Aqui bem sabemos que ele encontrava-se a tratar das coisas do porvir do mundo e das moradias dos Tocoistas na cidade Santa;

  • Simão Toco é submetido a um processo de preparação divina, mas também recebe um seminário que lhe ajudará a profetizar e a traçar agenda do mundo e em particular Angola, como vidência a profecia de que António Agostinho Neto “seria o futuro presidente de Angola”, e alistamento das 12 tribos do Zombo que deveria ser selecionado para a Relembrança da igreja de Cristo (25.07.1949). Pedro Mumbela (1955:17); Araújo Daniel Nfinda (1957:12).

13 Após do culmino dos seus estudos em Luanda Toco é transferido na missão do Bembe em substituto do professor Silva, estando na missão do Bembe como funcionário, aí registou-se várias manifestações divinas em Simão Toco, mas vamos apenas retratar o que houve na localidade de Tadi dye Nsinga Nzambi em 1942, na região de Mabaya já no final da sua estadia. Em 1942, Simão Toco se encontra com Deus, orientando-o para que dê-se início ao trabalho que lhe havia incumbido no mundo, mas para tal, devia dirigir-se à cidade de Léopoldville, onde encontrava-se um povo que escolhera para consigo implantarem a Igreja de Cristo no mundo. Em outra ocasião, diz-lhe: “Simão, Simão, Simão Vai apascentar as ovelhas perdidas por causa do capim fresco e do gozo deste mundo”. Apocalipse 3:2 e S. Mateus 10:6. A semelhança do que houve em 1935 na Ilha do Cabo em Luanda, os inúmeros factos aí desenrolados ainda constituem matéria reservada da Igreja. Após este encontro, Toco pede seis meses de férias acumuladas ao longo dos anos e de Julho à Dezembro deste ano e dirige-se a Sadi Novo, Matadi e Léopoldville conforme o chamado de Deus. No seu regresso em Janeiro de 1943 e escreve a extensa carta aberta aos Missionários, onde auto-desvincula-se da Missão Baptista do/Bembe.

  • O porque do encontro de Deus na missão de Bembe

  • Neste encontro, Deus indica-lhe o povo que elegera para cumprimento do seu propósito no mundo e que se encontravam refugiados em Léopoldville, aguardando pelo enviado que havia de vir;

  • O primeiro facto a destacar sobre este encontro, é que a manifestação do Bembe marca uma nova etapa, uma era de viragem em Simão Toco, que passa de aluno para mestre e de apenas crente para líder de um movimento messiânico no mundo. De 1943 até 1984, vamos assistir um Simão Toco dono de si e líder convicto no que faz e orienta; um grande mestre que tudo sabe, nada teme, não vacila e nem recua no que faz e manda fazer;

  • De 1943 à 1949, por orientação divina, Toco dedica-se exclusivamente as actividades religiosas, abdicando de tudo: do país (Angola), do emprego, da carreira, da família e de tudo: um verdadeiro Missionário ao serviço de Cristo;

  • Antes de partir o, Toco cria o hino, “Mfingi tatu, mfingi tatu; mfingi o meso mafwa, mfingi tatu mwene o nkento o vatanga, mwene o nkento vatidingi, mwene ediambu dia mpila eyai, dia mfingi tatu”, isto é, «os três ratinhos cegos». Ainda mais cria um outro hino oficial da Igreja «Oh Mfumu Yisu vava kevutuka– Quando dos céus Jesus voltar» e ensina aos seus alunos, amigos e irmãos do Bembe, dizendo: Quando Cristo voltar aqui no Bembe com o seu povo, é com este hino que lhes recebereis.

14 Aparição de Jesus Cristo no vale do Loge acontece aos 09 de Julho de 1950, num domingo, Simão Lukoki (2014a:2015c) reata o sucedido: “A parição de Jesus Cristo no vale do Loge, aconteceu que primeiro como se fosse uma visão, no monte Zione, quando rezávamos na igreja num domingo cantamos o hino, Yisu Kuna Zioni Kukekalanga, ou seja Jesus é nos céus que habita, quando se entoava este hino os que estavam habitado viram um sinal ou clarão no monte mais tarde apareceu na visão de todos nós que estávamos no vale do Loge e na quele culto, o mesmo estava acompanhado de um hostes de anjos, desta vez estava trajado de uma túnica e cinturão de cor vermelha (…), com efeito o ancião António Mbotevanga, saio correndo em direção a montanha a fim de o abraçar só que não teve sucesso o intento do ancião, dai nosso senhor Jesus Cristo desapareceu na visão de todos. Esta é a aparição de Cristo no vale do Loge”. Após o seu aparecimento no vale do Loge, Simão Toco achou melhor coroa-lo no monte Zioni, ancião Simão Lukoki novamente nos conta o sucedido: “Houve um tempo passando uma semana depois de aparição de Jesus Cristo no monte Zioni, Dirigente decidiu organizar uma digressão a fim de irmos coroar o Senhor Jesus Cristo, só que foi um acto solenemente espiritual, fomos muita gente, mais neste encontro não se encontramos com o Jesus Cristo, foi somente rituais realizados, levamos connosco a pomada, o perfume e outros materiais que não posso mencionar cabe a missão dos sacerdotes. Não é porque fomos au encontro de Cristo: Jesus não apareceu. Na altura antes do espirito de Cristo começar a revelar-se em Simão Massanza, habitava primeiro em Simão Toco, quando o mesmo dissera que vocês não conhecem somente é os Brancos que me conhecem, mais Jesus que procuram esta nas minhas costelas, estas palavras foram proferidas no culto, esperam os dias seguirem vos mesmo verão com as próprias, e disse Cristo não foi flechado nas costelas? Todos responderam. Sim! Agora quando em 1973, foi operado ao seu regresso em Portugal quando mostrou a cicatrizes da operação os do vale do Loge recorda do sucedido, muitos não sabiam que Simão Toco é Cristo, Sim, talvez porque nasceu numa mãe negra, mais Cristo também nasceu.

15 Simão Gonçalves Toco sobre o encontro com Deus em Catete, nas cartas datadas aos 31.10.1971, que deve ser confrontada com as epístolas de 08.11.1971 e a de 09.08.1955 nos revela o seguinte: Aos 17 de Abril de 1950, com a determinação do Estado para os sobas do norte irem para o Sul da Província conhecerem e visitarem o Colonato de Caconda em Waba. Eu também do Loge fui avisado e fomos para lá 08 pessoas. 4 Sobas, eu e 3 rapazes. Saímos do norte para Lucala, de Lucala para Luanda, de Luanda para Catete onde permanecemos 3 dias. No último dia, fomos jantar no Hotel daquela Vila e dormimos numa casita que possuía um motor de electricidade segundo creio. Mas tenho a certeza que durante a noite não dormimos, digo, não podíamos dormir por causa dos mosquitos aos milhares embora terem-nos emprestado o mosquiteiro, não podíamos dormir. As 04 horas de madrugada falei com o soba que era também protestante de nome Quiala da Damba, para sairmos para fora tomar o ar, mas respondeu-me que estava cansado, não quis sair. Falei aos outros também não quiseram sair e eu sai sozinho e ao chegar para fora, senti necessidade de evacuar e afastei-me um pouco da casita que estava no meio do capim. Afastei-me a uma distância de 08 a 10 metros perto de um arbusto e comecei a desabotoar, quis sentar, surgiu atrás um vulto que me chamou – “Simão”, eu respondi, Senhor. Meus irmãos senhores Jacob, Fausto, Augusto, Mariano. Façam-me o favor de darem-me atenção no que vou contar-vos. Não é mentira, mas é uma coisa real que me aconteceu aos 17 de Abril de 1950 na Vila de Catete 60 km de Luanda. Levantei-me e abotoei-me, não consegui mais evacuar e vi logo um clarão e vi a cara do homem que me chamou e ajoelhar-me diante dele. Era mestiço aparentando ter uns 35 anos de idade. Mas o que sucedeu, perdi o medo e tive muita coragem em vê-lo. Ele perguntou-me: “Simão, conheces-me?”. Eu respondi. “Sim senhor, conhece-o, és o senhor Jesus Cristo”. É claro, respondi-lhe assim porque quem é este mulato ou mestiço, mesmo que fosse meu amigo, naquela hora vinha ter comigo no meio de capim? Eu vou fazer desenho do antigo Catete em 1950 que tinha apenas poucas casas. Ele riu-se e disse: “Sou o Cristo? Não acertaste, mas, mas eu sou… Ora eu sei tudo o que está se passando neste mundo. Vós que estais nesta casita sois 8, não é verdade? Mas diga aos teus irmãos ou amigos, embora têm credos diferentes, protestantes, católicos e L’arme du Salut, (Exercito de Salvação), todas as vezes que comerdes, deveis orar cada um a sua maneira de orar e ouvindo todas as orações boas e más. Mas tu Simão, não esqueças em toda a tua vida o que te vou dizer: Porei dentro de ti uma coisa que tu não saberás, nem tão pouco o mundo todo saberá”. Deu-me a sua mão direita e despediu-se de mim, e desapareceu no mesmo lugar, o clarão desapareceu e tornou outra vez escura. Voltei para casita e era 05 horas quase amanhecer. E eu disse aos meus amigos o caso da oração, mas não lhes informei o que me tinha acontecido, porque o mundo gosta acreditar vendo. Se o soba saísse para fora comigo, seria minha testemunha ocular, de modo que, meus irmãos, não sei o que é aquilo que ele pôs em mim, não sei e o mundo também não sabe e nem saberá. Estou guardando até hoje aquelas belas palavras que os meus ouvidos ouviram. Na carta datada aos 08 de Novembro de 1971, Simão Toco descreve o que lá se realizou, “Continuando a viagem com o Senhor Administrador que acompanhou-nos para Caconda, visitamos Caconda. Estivemos em Waba metade do dia. Almoçamos lá e tive conversas com alguns nativos, mas acharam uma grande diferença entre nós os oitos e perguntaram-nos se éramos Protestantes ou Católicos, pelo que respondi de que estávamos misturados. Conversaram connosco, todos os 8, mas gostaram de conversar mais comigo, perguntando-me se eu também era Católico ou Protestante e respondia sempre que era apenas uma pessoa que amava a Deus, mas não era Protestante, nem Católico. Ficaram muitos admirados. Como uma pessoa adora Deus sem ser Protestante ou Católico? Por essa razão, comecei a explicar-lhes, que, deles, o mais alto era protestante, os rapazes também eram Protestantes, os três sobas eram Católicos e um dos rapazes era do Exército de Salvação. Conversavam com todos, mas gostavam conversar mais comigo. Despedimo-nos com eles e um deles de nome Hime, perguntou-me o nome e dei-lhe o endereço e disse-lhe que se quisesse, voltaria outra vez para Caconda e ficaram cheios de saudades comigo principalmente. Estivemos em Caconda uma semana e voltamos para as nossas terras no mesmo ano e o serviço de Deus espalhou-se na maior parte do norte…”.

Fonte: Edições Mumbeliano Tocoista

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