PGR AFINA MÁQUINA AOS GESTORES PÚBLICOS ENVOLVIDOS NA CORRUPÇÃO E PECULATO

Por Alfredo Dikwiza|Jeremias Kaboco

Uíge, 25/04 (Wizi-Kongo) – Cerca de 70 processos ligados a corrupção e peculatos por partes de gestores públicos a nível dos 16 municípios que compõem a província do Uíge, estão sendo afinados numa máquina de investigações comandada neste momento pela Procuradoria-Geral da República (PGR), apesar da carência que este sector enfrenta na insuficiência de magistrados e instrutores processuais, capazes de darem respostas mais céleres pretendidas.

Embora sem especificar datas, a fonte confiável que prestou as declarações, hoje, quinta-feira, ao Wizi-Kongo, assegurou que, tão logo se concluam as investigações, aqueles gestores que forem apanhados com indícios reias de corrupção e peculato, poderão imediatamente responder criminalmente pelas infracções cometidas, que tenham lesado o Estado angolano.

Para colmatar a carência de quadros, cinco novos magistrados vieram colocados na província do Uíge, enquanto outros quatro em substituição, elevando, deste modo, para 25 o número de magistrados controlados pela Procuradoria-Geral da República no Uíge e são estes que estão a trabalhar nas investigações de levantamentos dos processos de corrupção e peculatos que envolve gestores públicos a nível da região.

Neste momento, segundo explicou a fonte, estão congestionados cerca de quatro mil processos crimes de 2023 e que transitaram para o ano de 2024, devido a falta de insuficiência de magistrados e instrutores processuais, mas que agora acabaram por entrar na fase de instrução.

“São cerca de quatro mil processos que transitaram do ano passado para 2024, isto é, processos ainda não concluídos e os que foram remetidos para o tribunal representam uma cifra muito reduzida, porque a PGR trabalha com a polícia de investigação criminal e existem determinados municípios que só têm um instrutor e outros dois, número este insuficiente para dar uma resposta rápida pretendida a quantidade de processos existentes”, acrescentou a fonte.

Conclui que, a nível da província do Uíge, o quadro actual de magistrados para o Ministério Público é de uma gota no oceano, incapaz de satisfazer os anseios da população da região em ver estes problemas resolvidos sem demora.

 

 

 

 

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