PRÁTICA DE SEXO ANAL USADO COMO “VARINHA MÁGICA” NA SOBREVIVÊNCIA ENTRE PRISIONEIROS DO KINDOKI

Por Alfredo Dikwiza|Jornalista

Uíge, 20/04 (Wizi-Kongo) – A troca de comida e outros artigos entre os prisioneiros da comarca do Kidoki, no município de Negage, na província do Uíge, tem preço, que passa por envolvimento sexual anal entre eles, estando na base desta prática o défice alimento dado a estes e que muitas vezes é preparado de água e sal ou com um pouquinho de óleo alimentar.

Essa prática é uma das alternativa encontrada para uns saciarem-se os estímulos sexuais, enquanto outros para ter o que comer e, assim, cenotáfio via acaba sendo usada como “varinha mágica” na sobrevivência entre os prisioneiros controlados nos dois sistemas da prisão local, fechado e aberto, como avança o Wizi-Kongo, na sequência das investigações ai efectuadas num período de dois meses.

No dia 02/04, por volta das 9 horas, nos presos do sistema fechado, aconteceu um caso de género. Entretanto, a prática do sexo anal na comarca do Kidoki, acontece por três factores, “troca de comida ou outros bens”, “aliciação” ou “efeito de drogas”.

Quem tem dinheiro, tem tudo dentro da cela, os guardas colaboram

A colaboração é fundamental, ao contrário, o preso não consegue ter nada dentro da cela, para o efeito, são necessários 20/25 mil kwanzas ou mais que o guarda prisional recebe e ele, por sua vez, encarrega-se a entrar com as coisas até ao mandante, ou, um terceiro, igualmente, entra com as coisas, passando pelo mesmo processo (pago dinheiro).

O dinheiro envolvido neste processo, às vezes é associado entre os presos da mesma staff. Depois da entrega dos valores, entra aquilo por escolha dos reclusos, podendo ser drogas, comida e outros bens de interesse dos mesmos, é, por essa razão, os guardas foram apelidados pelos presos de “pilotos”.

No caso do funge de milho que é fornecido aos presos, é feito muito mol, a exemplo, de papa. Porém, a desconfigurarão dos corpos dos reclusos é um facto e por estarem a ficar magros, aqueles que mais emagrecem, são chamados de “bibi” e, constantemente, são transformados em saco de pancadas.

Respeitando o princípio do contraditório, o Wizi-Kongo preocupou-se em manter contacto com os responsáveis máximos daquela instituição carceraria, mas não obteve êxitos.

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