“REITORIA PALITA OS DENTES” E DEIXA UNIDADES ORGÂNICAS DA KIMPA VITA À BEIRA DA FALÊNCIA

Por Alfredo Dikwiza|Jornalista

Uíge, 23/04 (Wizi-Kongo) – Um grito de socorro soa das três unidades orgânicas que compõem a universidade Kimpa Vita, nomeadamente, faculdade de Direito, de Economia e do Instituto Politécnico do Uíge, que veem-se à beira da falência, por estarem a receber uma cota muito ínfima, não superior a um milhão e meio de kwanzas mês, enquanto o banquete todo fica reservado para a reitoria, numa espécie de bem servido e a palitar os dentes de contento.

O Ministério do Ensino Superior, tem disponibilizado ao Kimpa Vita uma verba que varia entre os 25/30 milhões de kwanzas, por cada mês. Entretanto, este valor é distribuído uma cota por cada unidade orgânica, concretamente, numa quantia que tem rondado aos “um milhão e trezentos mil kwanzas ou um milhão e quintos mil kwanzas”, os 20 milhões e tal que sobram, ficam reservados apenas para reitoria, soube, hoje, terça-feira, Wizi-Kongo, de fontes seguras das três unidades orgânicas da Kimpa Vita.

As unidades orgânicas por serem o motor principal no funcionamento da universidade, recebendo estes míseros valores e sabendo que todo “caxo” fica encaixado na reitoria, deparam-se na posição de contramão, ou seja, com o dinheiro que recebem, não conseguem suprir as despesas que cada unidade comporta, a exemplo, na compra de tinteiros, lâmpadas, giz, apagadores e não só.

“Recebemos valores muito baixo da reitoria e não seria assim, porque, é aqui nas unidades orgânicas onde é o viveiro da Kimpa Vita e, nota que, estamos a enfrentar sérios problemas como na falta de tinteiros para as impressoras funcionarem, resmas de folhas A4, apagadores, lâmpadas, giz, uma vez que as empresas fornecedoras destes bens, de tanto não serem pagas, têm vindo a rejeitar na continuidade de fornecer novos meios”, observaram.

Questionados se estão diante de uma gestão danosa ou nepotismo, a fonte reservou-se adiantar pormenores sobre isso e, aconselhou a unidade orçamental (reitoria), saber dar de “Deus” para Deus” e de “Cesar para Cesar” e, deste modo, equilibrar as balanças no real funcionamento da universidade que todos almejam, antes que o conselho de membros não partem para uma possível destituição do actual reitor.

Apesar dessas unidades orgânicas recorrem-se a dinheiros de fundos próprios que são adquiridos através dos emolumentos pagos pelos estudantes nos actos das defesas, na venda de folhas para as provas, ainda assim, não tem sido suficiente para cobrir com as demais despesas.

São reconhecidos os feitos do reitor da Kimpa Vita, Pedro Vita

Se de um lado a distribuição dos valores não têm sido da melhor maneira adequada, do outro lado, os feitos do Professor Catedrático e reitor da Kimpa Vita, Pedro Vita, são reconhecidos, com realce destaque na realização de actividades cientificas, académicas, pedagógicas, apesar de que, é por via destas actividades que têm servido como “esponjas para enxugar o dinheiro das unidades orgânicas”, porque, volta e meia, tem servido de justificação no gasto do dinheiro que recebem do ministério de tutela.

Há caminho de três anos a frente da Kimpa Vita, Pedro Vita, devolveu a universidade no reking nacional das universidades, onde esteve ausente durante três/quatro anos, organização do simpósio internacional, Maio/2023, criação da revista da universidade, implementação de projectos científicos, concretamente, agricultura, tecnológico e social e bolsas de estudos para os docentes.

Numa gentileza do Wizi-Kongo, procurou ouvir o contraditório, mas não obteve sucessos esperados.

 

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