Uíge – O director geral do Instituto Nacional do Café (INCA), João Ferreira Neto, admitiu sexta-feira, nesta cidade, que a produção do café no país tem estado a conhecer um aumento significativo desde o ano passado em que a cifra de produção atingiu sete mil 950 toneladas do grão.
Em declarações à Angop, o responsável que efectuou uma visita de trabalho de 24 horas à província do Uíge para avaliar o funcionamento do sector, revelou que o facto deve-se ao bom preço comercializado no mercado interno (500 a 600 kz o kg de café comercial e 250 a 300 o de café mabuba) e do financiamento do sector em anos passados.
Anunciou igualmente o aumento do valor do financiamento e o número de produtores, assim como da modalidade dos viveiros a serem instalados na província, com vista a dinamização da produção em grande escala do café.
Exemplificou que o ano passado foram contabilizados em termos de produção 7.950 toneladas produzidas, augurando um aumento de mais de dez mil toneladas eainda este ano, apesar da estiagem em algumas áreas de produção do café que poderá a afectar o tamanho do grão.
“Este ano teremos uma produção superior a mais de dez toneladas que o ano passado. Com o preço do café no mercado interno também constata-se que muitas zonas de produção abandonadas começam a ser recuperadas”, disse. .
Acrescenta que a entrada em produção nos próximos três anos das plantas que estão a ser colocadas no terreno, vai igualmente dinamizar a produção do café no país.
“Há uma nova visão no Ministério da Agricultura para o relançamento da produção do café, com base na intensificação da produção de mudas. Nesta altura que o país uma crise económica, é necessário que se aumente a produção do café”, afirmou Ferreira Neto.
Declarou existir no país um clima “ bom” para a produção do café, devido aos preços que estão a ser praticados no mercado.
Nesta senda, disse que foram já gizadas políticas para o relançamento da produção do café que assenta em potenciar, em parceria com o sector privado, o fomento e a criação de vários viveiros de produção de mudas de café, palmares e de cacau.
Reconheceu que durante muito tempo procurou-se trabalhar na recuperação das áreas de café abandonadas para a renovação do cafezal, o que não permitia uma produção em grande escala, daí a necessidade da colocação de novo para o incremento da produção.
“Estamos com alguma dificuldade na aquisição de sacos de polietileno onde depois conseguiremos colocar as mudas. Nesta altura temos as plantas nos alfobres e precisamos com alguma urgência que surja algum financiamento para aquisição desses sacos ”, frisou.
Referiu estar em curso contactos com a banca visando financiar o sector cafeícola.
Defendeu a necessidade de se dinamizar a produção do café na província do Uíge, que em tempos idos foi a maior potência em termos de produção.
Durante a sua permanência no Uíge, João Ferreira Neto manteve encontros separados com o vice-governador para o sector económico e o director local do INCA, Carlos Mendes Samba e Vasco Gonçalves, respectivamente, com quem abordou questões ligadas a produção do café.
Acompanhado de técnicos do INCA, o responsável visitou também algumas zonas de produção de viveiros e encontrou-se com produtores do café.
Via Angop
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