Uíge tem mais licenciados para o mercado de trabalho

Novos licenciados dizem estar prontos para ajudar a melhorar o processo de ensino Fotografia: Mavitidi Mulaza | Edições Novembro

Por Valter Gomes

Pelo menos 652 licenciados em Língua Portuguesa, Química, Matemática, Física, Biologia, Psicologia, Pedagogia, Geografia, História, Inglês e Francês foram ontem colocados à disposição do mercado de trabalho no Uíge, pelo Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED).

Entre os formados constam os primeiros licenciados nas especialidades de ensino Pré-escolar, ensino especial e primário.
O acto de outorga de diplomas e certificados foi presenciado pelo governador provincial do Uíge, Pinda Simão, que reiterou o compromisso do Governo em continuar a prestar atenção especial ao sector da Educação, criando mecanismos que facilitam o acesso ao emprego dos quadros formados, para o engrandecimento da província e do país em geral.

O governador, convidado para encerrar a actividade, afirmou ser este um momento sublime e de reconforto para o mercado de trabalho na província e no país, visto que representa o fruto de um conjunto de investimentos que o Governo tem feito no domínio da formação de quadros a nível superior.
Pinda Simão recomendou aos licenciados a exercerem uma docência exemplar virada na melhoria da qualidade do processo de ensino e aprendizagem, utilizando os conhecimentos adquiridos e aumentando a produção científica.

“Esperamos que sejam os melhores professores que o país almeja, promovendo o mérito e a qualidade do ensino”, frisou. O governante defende mais trabalhos científicos, pesquisas, publicações de livros, revistas e outros materiais que possam contribuir na melhoria do processo de ensino no país.
O director-geral do ISCED do Uíge, Domingos Quimpolo Nzau, considerou o acto de extrema importância, pelo facto de a instituição lançar ao mercado de trabalho o maior número de licenciados desde a sua fundação.

Ressaltou ainda o facto de terem sido formados os primeiros licenciados em ensino Pré-escolar, ensino especial e primário. Para ele estas especializações faziam muita falta na melhoria do processo de ensino e aprendizagem na província. Apontou a contínua formação dos quadros como prioridade, levando o ISCED do Uíge aos patamares das melhores instituições do ensino superior no país.

Numa mensagem, os licenciados pediram ao Governo maior abertura de oportunidades de emprego, para que cada um possa dar o seu contributo no engrandecimento do país, de acordo com os conhecimentos adquiridos. O acto foi presenciado por membros do Governo, académicos, familiares dos finalistas e autoridades tradicionais.

Instituto politécnico  precisa de salas de aula

O Instituto Médio Politécnico Manuel Quarta Punza, na cidade do Uíge, necessita de mais 12 salas de aula, laboratórios, oficinas e de outros serviços de ensino e de atendimento público. O director do Instituto Politécnico, António Sequeira, disse ao Jornal de Angola que a instituição, com 16 salas de aula, 15 laboratórios e oficinas, já não tem espaço suficiente para os alunos que procuram formação profissional naquela instituição.

António Sequeira afirmou que, por insuficiência de espaço, muitos candidatos que procuraram pela instituição ficaram de fora, visto que o número de alunos existentes na instituição ultrapassa a capacidade da mesma, dali a necessidade do Governo construir novas salas para atender condignamente a demanda dos jovens que procuram pela formação profissional.

“Por ser o único Instituto Politécnico na província, todos os anos o número de alunos cresce. Recebemos alunos de todos os municípios e províncias vizinhas do Cuanza-Norte, Malanje e Zaire. Pedimos encarecidamente às instâncias superiores para que possam velar pelo aumento da capacidade da instituição, que dispõe de espaço suficiente para serem erguidas novas salas de aula”.

O director avançou, também, que o Instituto regista neste momento insuficiência de professores. Estimou precisarem de pelo menos 140 novos professores, para cobrir o défice que se verifica nas áreas técnicas, mormente na engenharia de construção civil, desenho projectista e energias renováveis.

António Sequeira apontou como grande aposta da Instituição a formação de qualidade dos alunos, para que possam prestar serviço condigno no mercado de trabalho. “Os nossos alunos são submetidos às aulas teóricas nas salas e o estágio prático nas instituições públicas e privadas. Temos colaboração com várias direcções provinciais e ali encaminhamos os nossos formandos em fase de estágio. Temos sido bem-sucedidos, as empresas que recebem os jovens formados aqui não se arrependem de nada”, afirmou.

O responsável deu a conhecer que desde a sua criação, em 2010, a instituição já colocou à disposição do mercado de trabalho 1.147 profissionais e no presente ano lectivo estão matriculados 1.850 alunos, em dois períodos, manhã e tarde, que estão a frequentar os cursos de informática, construção civil, electricidade, máquinas e motores, desenho projectista e energias renováveis, cuja formação está assegurada por 97 professores.

Via JA

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