Abel Chivukuvu insatisfeito com elevada taxa de desemprego no Uíge

Imagem do wizi-kongo

Por Alfredo Dikwiza/ Jeremias Kaboco

Uíge, 03/08 (Wizi-Kongo) – A taxa elevada de desemprego que afecta os jovens e não só da província do Uíge, deixou insatisfeito o político Abel Epalanga Chivukuvuku, por contribuir no subdesenvolvimento das famílias locais.

Abel Epalanga Chivukuvuku, que falava em exclusivo ao Wizi-Kongo, dias antes de divulgar o nome do seu partido, nesta sexta-feira, em Luanda, o Partido de Renascimento Angolano – Juntos por Angola (PRA-JA), afirmou ter conhecimento a existência inclusive de números elevados de técnicos superiores em diversas áreas de conhecimento que encontram-se desempregados, sem se esquecer dos técnicos médios, que, são milhares fora do emprego.

Assim, frisou, é difícil as famílias desenvolverem, muito menos a região em geral, porque o emprego é a mola impulsionadora para o crescimento sã de uma determinada comunidade, pois, com isso, a alimentação não faltará na mesa dos citadinos e assim evita-se casos constantes de doenças e mortes. “Caso existisse uma aposta seria para o Uíge, a província têm tudo para marcar passos firmes de desenvolvimento ajulgar pelas suas riquezas naturais que ostenta, começando com o seu solo, rios, lagoa e lagos, bem como diversos tipos de mineiros, mas tudo indica ao contrário, basta notar como as famílias vivem na linha da pobreza, por serem na maioria parte da população desempregada e os que estão empregados, os seus ordenados, com o elevado preço dos produtos da sesta básica, pouco ou nada conseguem fazer com o que recebem, infelizmente”, desabafou, Abel Chivukuvuku.

Segundo ele, os dirigentes que governam Angola, não vivem a verdade que os cidadãos comuns enfrentam a nível do país, porque os mesmos estão sentados nos escritórios a espera de relatórios. Tendo sublinhado que o país é interpretado na base de relatórios e não na verdade que os cidadãos enfrentam no dia-a-dia.

“Longe da vista, longe do coração, os governantes não vivem o que os cidadãos comum vivem, porque os mesmos estão nos escritórios a espera de relatórios, interpretando assim o país na base de relatórios e muitas vezes as autoridades intermédias e locais mentem o que de concreto acontece”, sustentou, Abel Chivukuvuku, tendo acrescentado que os mesmos não querem dizer que não estão capazes ou a trabalhar melhor, dizem apenas tudo estar a correr bem, sem preocupações de nada e nisso o povo vai sofrendo há cada dia que passa.

Como destacou, no seu novo partido, alinha-se no propósito de servir o país, mas entende que há varias fórmulas de afirmação de propósitos, todas elas legítimas, mas algumas não patrióticas, é legítimo que haja pessoas que querem formar partidos para conseguir alguns recursos, mas não é patriótico, é legítimo que haja pessoas que querem formar partidos por vaidade ou querer apenas aparecer, mas não é patriótico, sendo para tal ao seu propósito resumido no conceito de servir Angola e os angolanos, para o efeito, é preciso conhecer, ter uma ideia e uma visão para Angola e uma agenda patriótica.

É isso, argumentou, que “queremos fazer para recolha de contribuição para que deixemos de ser um país com maior número da população pobre, deixamos de ser um país com milhares de crianças fora do sistema de ensino, sem oportunidades de competirem no futuro para as suas vidas, sendo, com isso, ser necessário a efetivação da sensibilidades, mas sobretudo, uma visão sobre de que Angola queremos realizar”.

Como causa de sua luta, Chivukuvuku explicou estar a seguir desafios que deixa de ser um país que não realiza sonho dos jovens e abandonados, estudam e não têm emprego, sem habitação e quando casam ficam em casa dos pais, com isso, este país precisa ser transformado. “Temos imensos recursos naturais, mas o nosso maior problema é a qualidades da governação, que é anti-patriótica e corrupta”,rematou.

Dói e choca-nos, lamentou, mas entende que os países africanos mesmo com tantos recursos naturais, a África encontra-se na cauda no que tange ao desenvolvimento quanto aos demais continentes, mostrando-se indignado com os dirigentes africanos, que admite existir algo biológico neles que não consegue transformar, criar e cuidar uns aos outros.

Segundo ele, aceita este desafio em trazer paradigmas novos que aconteça e surja um país como Angola em que o desenvolvimento e a realização social dos angolanos, seja o elemento fundamental e mostrar ao mundo a sua real imagem. “Não podemos ficar pedintes e olhar situações extremamente vergonhosas, a exemplo da seca e fome que acontece nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe, ocorrendo num país como Angola, que é abundante em riquezas naturais, neste novo mundo o homem é quem domina a natureza e não a natureza a dominar o ser humano.

Nas três provinciais, temos o rio Cunene mas desaproveitado em termos de criar canais para facilitar a distribuição de água as famílias e não só, bem como não existir capacidade de um plano de arborização, isto reflecte provavelmente ser uma síndrome na falta de sensibilidade”, atirou.

Para ele, o seu projecto é nascente, “dissidi eu próprio pela primeira vez criar uma força política, mas haverá procedimentos legais e estatutários a desenvolver e cumprir, para mim a questão mais importante não é títulos, o importante é desenvolver conhecimentos e vocação para servir, propósitos este que é fundamental para o sucesso”.

O périplo de Abel Epalanga Chivukuvuku a nível nacional culminou no Uíge, antes de ir para outra fase, a segunda, no caso, que aconteceu nesta sexta-feira (02/08), onde divulgou o nome do novo partido político, a sigla, bandeira, princípios e valores, ideologia, órgãos de direcção, normas de funcionamento e de disciplina, tarefas e fontes de receitas.

Nascido aos 11 de Novembro de 1957, no Bailundo, província do Huambo, Abel Epalanga Chivukuvuku, desempenhou, entre outros cargos na sua carreira política como o de chefe adjunto das telecomunicações externas da UNITA, de adjunto dos serviços de inteligência militar, diplomata em Portugal, Reino Unido, ONU, nos países do leste Europeu, secretário das relações externas mandatário para as eleições legislativas e presidenciais de 1992, de deputado (UNITA), bem como de presidente da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE).

Comentário

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*


Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.