Agente da Polícia Nacional que matou sua esposa e suicidou-se foram a enterrar

Por Alfredo Dikwiza

Uíge, 03/10 (Wizi-Kongo) – Os restos mortais do agente da Polícia Nacional que matou a sua esposa e que em seguida também suicidou-se, nesta terça-feira (01), foram a enterrar hoje, quinta-feira (03), no município do Uíge.

Trata-se de um homicídio voluntário e de um suicídio praticado pelo agente da Polícia Nacional, enquadrado na Direção de Viação e Trânsito, Anacleto Domingos, diante da sua esposa, Maria Cusseha Coxe, na madrugada desta terça-feira (01), no bairro Quilala, onde viviam, arredores da cidade do Uíge, tendo Anacleto Domingos deixado 10 crianças, feitos noutras duas relações e Maria Cusseha Coxe, deixou três crianças, também feitos na sua primeira relação.

Entre Anacleto Domingos e Maria Coxe, não tiveram nenhuma criança e viveram mais de dois anos. Segundo esclareceu hoje, quinta-feira, ao Wizi-Kongo, o director provincial do Serviço de Investigação Criminal, Ngola Kina, que o agente matou a sua esposa a tiro de pistola e de seguida, com a mesma pistola, suicidou-se, depois que descobriu que a sua mulher tinha um amante, sendo que dias antes da morte, o casal já se encontrava em desentendimentos.

“O homicídio e o suicídio aconteceu na madrugada desta terça-feira (01), por questões passionais, depois que descobrira que a esposa tinha uma outra relação, daí, primeiro matou a mulher e em seguida tirou a sua própria vida, em volta de casa onde ambos viviam, no bairro Kilala e foi a Polícia Nacional que removeu os restos mortais dos dois para casa mortuária”, avançou, o número um do SIC no Uíge.

A família da malograda, acrescentou, quis que a outra família assumisse as despesas do óbito, tendo isso gerado alguns constrangimentos, mas depois, os órgãos de direito aconselharam-os que cada família costea-se o seu óbito. Julieta Coxe, irmã da malograda disse em declarações ao Wizi-Kongo, no local do óbito, no bairro Katapa, que Maria Coxe e Anacleto Domingos já estavam separados há duas semanas e na segunda-feira, de tarde quando foi para arrumar as suas coisas, o marido a convenceu para dialogar, em casa onde viviam e chegados aí começam a brigar, tendo essa briga terminar em mortes.

A mais nova irmã de Maria Coxe, no caso, Julieta Coxe, contou que o casal já vivia em conflitos atrás de conflito tempo todo, cuja morte da sua irmã deixa um vazio enreparavel no seio da família, pior que isso, o próprio autor também suicidou-se, depois que matou a esposa. Já a amiga da morta, Jóia, disse ser uma dor que choca de que maneira a família e os amigos, bem como a sociedade em geral, pela forma como aconteceu e, reconheceu que ” o marido foi muito orgulhoso por não querer que a mulher a deixasse, além disso ele foi muito ciumento também que fazia com que mesmo nós como amigas não fossemos a casa deles”.

Por sua vez, o sobrinho da falecida, Eduardo Rogério, disse estar com uma dor sem controlo, sobretudo quando imagina do jeito que a sua tia foi morta com dois tiros certeiros, um outro que safou no peito e outro da testa, feito um animal irracional. Por ser transferido o óbito de Anacleto Domingos, do bairro Kilala para a aldeia Kulo, o Wizi-Kongo, não conseguiu chegar junto a família do malogrado, tendo apenas os ter visto na casa mortuária, às 11 horas da manhã, momento em que vinham buscar o corpo para a aldeia e, por ser um momento em que todos se encontravam em choque e a chorar não deu para alguém falar.

Mas, os dados obtidos do malogrado indicam que morreu com 38 anos de idade, tendo deixado 10 filhos, em duas mulheres, que, igualmente, vivia com elas até a data da sua morte e a malograda morreu com 30 anos de idade, tendo deixado três filho, de uma outra relação.

Imagem do Wizi-Kongo
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