As razões da auto-exclusão do Mário Pinto de Andrade no MPLA

Foi o Mário Pinto de Andrade quem construiu os alicerces do MPLA que governa hoje, também foi ele, como muitos ignoram, o mentor da FNLA ou ainda, o co-autor do manisfesto da ABAKO – Associação de Bakongo ( ao menos, corrigiu o manifesto antes de o editar na Revista “La Conscience Africaine” ). O nacionalista angolano conduziu a delegação do MPLA de Conacry para Leopoldville nos fins de 1961, onde foi autorizado a instalar a sua delegação para combater o regime colonial em Angola.

Mário Pinto de Andrade vai ajudar A.Neto para afastar Viriato da Cruz na direcção do MPLA ( na altura o seu secretário-geral) que acaba de cometer um erro enorme de auto-racismo, ao propôr o afastamento de mestíços a frentre do movimento (ele próprio foi mestíço).

Na primeira Conferência do MPLA, em Dezembro de 1962, Mario P. de Andrade, que foi no momento, presidente do MPLA, aceita que o seu nome seja incluso numa lista encabeçada por Neto, o que significa seria subordinado por ele, o que vai contestar ao longo do periodo que durou a luta de libertação nacional.

Abandona o MPLA quando mais se precisava dele, no dia 1 ° de Junho de 1963, alegando que o seu nome foi incluso “abusivamente” na constituição da coligação da FDLA que englobava os partidos nacionalistas MDIA, MNE, NGWIZAKO, UNTA, MPLA e NTOBAKO.

Aparece na Frente Leste (na imagem) no momento da Revolta do Leste, apoiando Chipenda em meados de 1968 antes de ser o mentor oculto da revolta activa.

Na Conferência de Reajustamento do MPLA, dita de “Inter-Regional”, Mário P. de Andrade recusa, ou mesmo, não responde ao convite de A. Neto (atravêz do MPLA) que foi lhe endereçado para participar na qualidade do primeiro presidente do MPLA (fonte Casa Comum), onde podia ser recuperado para ocupar cargos importante numa Angola independente, preferiu ocupar num país estrangeiro como Guiné Bissau.

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