Uíge – Desesperados pelo mandato de soltura que tarda há mais de um ano, uma vez terem cumprido as penas prisionais efetivas e pagos as taxas de justiça para serem postos em liberdade, os reclusos da cadeia de Kindoki no município de Negage, província do Uíge, provocaram tumulto na unidade prisional para exigirem soltura imediata, tendo sido necessária a intervenção do Destacamento Especial de Segurança Prisional, (DESP) para se evitar o pior.
Sem vítimas humanas, soube o Club-K junto de uma fonte ligada ao DESP que o dia 16 do corrente mês, foi tremendamente agitado naquela unidade prisional por largas horas de confronto. Mais de 20 encarcerados criaram coragem para entrarem em choque com as forças dos Serviços Prisionais, manifestando direitos de liberdade imediata e clamando por melhores condições de higiene, alimentação, assistência médica e medicamentosa na prisão.
Por outro lado, familiares dos reclusos ouvidos pelo Club K “atiram-se furiosamente” contra o Tribunal Provincial o Uíge, citando o juiz presidente, Jorge Mpindi, a quem atribuem a culpa pelo sucedido e danos psicológicos/morais às famílias e respetivos presos.
Os manifestantes, parentes dos prisioneiros, alegam “desesperadamente” haver recusa em assinar os mandatos de soltura por parte do juiz presidente, Jorge Mpindi, mesmo lhe tendo sido apresentado os requisitos exigidos por lei sobre o cumprimento da pena, como o pagamento da caução de justiça, na maior parte dos casos.
Segundo um manifesto em posse do Club-K, os reclusos apelam ao director da cadeia de Kindoki, melhores condições de hospitalidade em todos os sentidos. “Embora sejamos privados de liberdade, não devemos ser privados de direitos fundamentais consagrados na nossa Constituição. Aqui falta de tudo um pouco, vivemos em condições desumanas inadmissíveis”, lê-se no documento.
De acordo com uma notícia veiculada a 31 do mês de Maio do corrente ano, por este portal, mais de 20 cidadãos angolanos que se encontravam privados de liberdade no estabelecimento prisional de Kindoki teriam sido barbaramente agredidos no dia 22 do mesmo mês, por efetivos do Ministério do Interior, afecto aos Destacamento Especial de Segurança Prisional, (DESP).
A mesma notícia afirmara, citando familiares das vítimas, que os reclusos teriam sido surpreendidos com a “ordem de espancamento” orientada pelo director adjunto da cadeia de Kindoki, intendente Manuel Adolfo Cuba, pelo facto de os presidiários reivindicarem os seus direitos plasmados na lei.
O estabelecimento prisional de Kindoki dista há 37 quilómetros da cidade do Uíge, detendo mais de 600 reclusos por diferentes casos de natureza criminal, entre os quais, detidos e condenados.
Via Club-k
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