Autora de “A busca da África no candomblé: tradição e poder no Brasil”, visita Nzo Tumbansi

Entre as diversas e variadas figuras do universo acadêmico intelectual do Brasil e Exterior que visitam o Nzo Tumbansi, terreiro de candomblé de tradição kongo angola, também sede do ILABANTU, no município de Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo, Tata Nkisi Katuvanjesi – Walmir Damasceno, recebe dia 14 de novembro, para uma visita de dois dias, a francesa Stefania Capone, Antropóloga, Doutora (PhD) em Etnologia pela University de Paris, Nanterre (França) em 1997 e Mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro (1991). Primeiro lugar nos concursos públicos do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS) em 2000 e 2006, é atualmente diretora de pesquisa da mesma instituição em Paris.

Após ter ensinado durante mais de dez anos na Universidade de Paris, onde criou o Centro de Estudos das Religiões e Culturas Afro-Americanas (CERCAA) e obteve habilitação para dirigir à Diriger des Recherches (HDR -livre-docência) em 2005, foi membro (2013-2014) do Institut Interdisciplinares d Antropologia du Contemporânea (IIAC) na Ecoe des Haute Eudes en Science Social és (EHESS), Paris. A presente, ela é um dos membros fundadores do Centre d’Eudes sur les Science Social és du Religião (EHESS).

De 2009 a 2010, foi Visitinha Scholar na New York University (Estados Unidos). Tem prestado consultorias para a UNESCO (Projeto A Rota do Escravo), para o Meuse du Quais Barney e para várias instituições nacionais e internacionais. Tem colaborado em vários projetos internacionais, como o Oxford Bibliografeis Online (OBO) da Oxford University Press e o programa RELITRANS sobre transnacionalização religiosa, financiado pela Agence Nationale de la Recherche (ANR). É membro da Latin American Studies Association (LASA) e da Associação de Cientistas Sociais da Religião do Mercosul (ACSRM), tendo sido vice-presidente da Association pour la Recherche en Anthropologie Sociale (APRAS) de 2006 a 2007.

Seus livros foram traduzidos em vários idiomas, com destaque para A busca da África no candomblé, publicado na França em 1999 e traduzido em português (Pallas, 2004) e em inglês (Duke University Press, 2010). Tem experiência na área da antropologia, com ênfase em antropologia religiosa, estudos étnicos, culturas afro-americanas, patrimonialização, migração e transnacionalização religiosa.

Para além de dirigente tradicional de terreiro de candomblé, Tata Nkisi Katuvanjesi é membro titular do Núcleo de Estudos Afrobrasileiros(NEAB)da Universidade Federal de São Paulo(UNIFESP), idealizador e fundador do Instituto Latino Americano de Tradições Bantu(ILABANTU), entidade que promove ações possibilitando discussões ampliadas de temas envolvendo povos e comunidades tradicionais de matriz africana, com foco nas culturas tradicionais dos Bantu.

O terreiro, Nzo Tumbansi, que se transformou em importante centro de estudos e pesquisas das culturas dos povos do além atlântico (África central), vem realizando com frequência debates com especialistas das várias vertentes das culturas negras nas ações “Conversa de Terreiro”, “Seminário de Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Bantu” e projeto de maior amplitude e de dimensão internacional, o ECOBANTU, que tem 5ª edição prevista para acontecer em outubro de 2019.

Via http://inzotumbansi.org

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